Mundial Interclubes
1951
Copa Mercosul
Campeão da Copa do Brasil em maio e, assim, garantido na Copa Libertadores de 1999, o Palmeiras foi um dos 20 times convidados (os critérios utilizados foram a importância e a tradição) para a disputa da primeira edição da Copa Mercosul e encarou o torneio continental como um teste de luxo.
Integrante do Grupo B da competição, o Verdão estreou vencendo o Independiente-ARG, já a equipe com o maior número de títulos da Libertadores, por 2 a 1 no Morumbi. Em seguida, o clube foi ao Uruguai e atropelou o Nacional-URU por 5 a 0 e, pela última rodada do primeiro turno, visitou a Universidad de Chile-CHI e voltou de Santiago com um triunfo por 2 a 1.
No returno, o Alviverde derrotou o Independiente novamente, desta vez por 3 a 0 e na Argentina. Na sequência, atuando no Palestra, bateu o Nacional por 3 a 1, a Universidad de Chile por 1 a 0 e, desta forma, avançou à fase seguinte com 100% de aproveitamento.
Nas quartas de final, o rival foi o Boca Juniors-ARG, que dispunha de jogadores como Abbondanzieri, Ibarra, Samuel, Palermo e os irmãos Schelotto e despontava como uma geração dourada sob o comando do técnico Carlos Bianchi. No primeiro confronto, no Palestra, 3 a 1 Verdão. Na Argentina, no estádio La Bombonera, 1 a 1 e vaga na semi.
No dia 10 de novembro, o Olimpia-PAR veio a São Paulo e conheceu de perto o talento de Alex, que marcou dois gols e comandou a vitória alviverde por 2 a 0. No Paraguai, apesar da vantagem do empate, o Palmeiras mostrou superioridade e ganhou por 1 a 0.
Na final, assim como nas decisões da Copa do Brasil de meses atrás e de 1996, o oponente foi o Cruzeiro. A equipe mineira, embora tenha perdido o título nacional para o Verdão na mesma temporada, havia eliminado o Alviverde nas quartas de final do Brasileiro semanas antes. Ou seja, era um clássico de tirar o fôlego.
No primeiro embate, em Belo Horizonte-MG, 2 a 1 para o clube celeste. Na volta, no dia 26 de dezembro (sim, um dia depois do Natal), o Verdão deu o troco: 3 a 1, com gols de Cléber, Oséas e Paulo Nunes – à época, o saldo de gols não valia como critério de desempate. Por fim, na terceira e derradeira partida, novamente no Palestra, emoções à flor da pele. Equilíbrio. Velloso viu sua trave balançar duas vezes. Júnior Baiano fez o mesmo com Dida. Até que, aos 16 minutos do segundo tempo, Júnior Baiano soltou outra bomba de falta, o arqueiro rival soltou e Chiqui Arce, bem colocado, balançou as redes: 1 a 0 no placar e festa no chiqueiro!
No ano seguinte teria mais, teria a Libertadores. E o Palmeiras, novamente duelando com adversários de tradição, levaria a melhor e terminaria como o campeão, como o melhor das Américas.
Campanha:
13 jogos (11 vitórias, 1 empate e 1 derrota)
28 gols marcados
8 gols sofridos
Jogo decisivo:
29/12/1998
Copa Mercosul de 1998 (Final – 3º jogo)
Palmeiras 1 x 0 Cruzeiro
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Público: 29.450 pessoas
Juiz: Luciano Augusto Teotônio Almeida (DF)
Cartões amarelos: Tiago, Zinho e Pedrinho (Palmeiras); Marcelo Djian, João Carlos e Marcelo Ramos (Cruzeiro)
Cartão vermelho: Marcelo Ramos (Cruzeiro)
Palmeiras: Velloso; Arce, Júnior Baiano, Roque Júnior e Júnior; Tiago, Rogério, Alex (Almir) e Zinho (Agnaldo); Paulo Nunes e Oséas (Pedrinho). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Cruzeiro: Dida; Gustavo, Marcelo Djian, João Carlos e Gilberto (Caio); Ricardinho, Marcos Paulo e Valdo; Müller (Alex Alves), Marcelo Ramos e Fábio Júnior. Técnico: Levir Culpi
Gol: Arce (16’ do 2º T-PAL)
Conmebol Libertadores – 2021
Campeão de 2020, o Palmeiras defendeu seu título em 2021 e se consolidou como o melhor time brasileiro na CONMEBOL Libertadores. O Verdão demonstrou toda a sua tradição no torneio de maneira incontestável: para conquistar o tricampeonato, o Maior Campeão do Brasil superou em seguida três equipes que já venceram a competição continental, São Paulo, Atlético-MG e Flamengo.
Desde o início da campanha o time já deixou claro que não seria facilmente derrotado. Depois de abrir 2 a 0 contra o Universitario-PER fora de casa, o Palmeiras ficou com um jogador a menos quando Alan Empereur foi expulso e acabou cedendo o empate. Nos acréscimos, porém, Renan fez o terceiro gol alviverde e tornou-se o terceiro atleta mais jovem a marcar pelo Verdão na Libertadores, aos 18 anos, 11 meses e 2 dias, atrás apenas de Gabriel Veron e Gabriel Jesus.
O duelo contra Independiente del Valle-EQU também foi uma partida com muitos gols, mas desta vez todos marcados pelo lado palestrino. No Allianz Parque, o time de Abel Ferreira superou o campeão da Copa Sul-Americana de 2019 por 5 a 0. Rony (duas vezes), Luiz Adriano, Patrick de Paula e Danilo Barbosa balançaram as redes.
Destaque da equipe na Libertadores de 2020, Rony manteve o ritmo na fase de grupos do torneio em 2021. Na vitória por 2 a 1 diante do Defensa y Justicia-ARG, o camisa 7 marcou duas vezes, anotando quatro gols em três jogos disputados. As duas assistências vieram de sua dupla de ataque, Luiz Adriano.
A classificação antecipada para as oitavas de final veio na altitude de Quito, a 2,8 mil metros acima do nível do mar, contra um adversário que nunca havia perdido como mandante em torneios continentais. Com pênalti convertido por Raphael Veiga, o Verdão venceu o Independiente del Valle-EQU por 1 a 0 e chegou à marca de 12 jogos sem perder como visitante na competição sul-americana, igualando o recorde alcançado pelo River Plate-ARG de 2018 a 2019.
Com o time já garantido nas oitavas, o técnico Abel Ferreira promoveu um rodízio no time titular e deu descanso aos atletas mais desgastados. Em duelo movimentado no Allianz Parque, o Palmeiras buscou o empate três vezes, mas acabou superado por 4 a 3 pelo Defensa y Justicia-ARG com um gol nos acréscimos.
O Verdão fechou a fase de grupos com a maior goleada do time na Era Allianz Parque. Matías Viña, Zé Rafael, Willian, Gustavo Gómez e Rony (duas vezes) marcaram os gols do triunfo por 6 a 0 contra o Universitario-PER.
Nas oitavas de final, o clube se tornou dono, de forma isolada, da maior sequência invicta como visitante da história da Libertadores, com 13 jogos (marca que foi ampliada para 15 partidas até o fim da competição). Na ida, o Palmeiras superou a Universidad Católica-CHI, em Santiago-CHI, por 1 a 0, com gol de pênalti batido por Raphael Veiga. Na volta, Marcos Rocha marcou e o placar de 1 a 0 não refletiu a superioridade alviverde diante do adversário: foram 18 finalizações contra apenas nove da equipe chilena.
O rival das quartas de final foi um velho conhecido que até então provocava más lembranças no torneio sul-americano. O São Paulo, que eliminou o Palmeiras nas edições de 1994, 2005 e 2006, entrou no caminho alviverde mais uma vez. Disposto a quebrar essa escrita, o Verdão buscou um importante empate por 1 a 1 no primeiro jogo no Morumbi, após sair em desvantagem no placar. Patrick de Paula foi o autor do gol palestrino.
A volta no Allianz Parque foi um dos jogos mais inesquecíveis do clube na história da Libertadores. Sem dar a menor chance para o rival tricolor, o Palmeiras se impôs e conquistou a classificação com um incontestável 3 a 0 com sabor de vingança. Raphael Veiga abriu o placar no início do primeiro tempo, Dudu ampliou na segunda etapa e Patrick de Paula, mais uma vez, fechou a conta.
Na semifinal, o Verdão tinha pela frente o elenco estrelado do Atlético-MG, líder do Campeonato Brasileiro. Em um duelo equilibrado, o técnico Abel Ferreira superou o atleticano Cuca mais uma vez, assim como na final da Libertadores de 2020 (na época, Cuca estava à frente do Santos). Apostando na importância do gol fora de casa, o Alviverde fez um jogo seguro no Allianz Parque, impedindo que os adversários tivessem liberdade para atacar.
Depois do 0 a 0 na ida, o time precisava de um empate com gols no Mineirão para garantir a vaga na final. Seguindo à risca o plano do treinador português, a equipe não se abalou mesmo depois que Vargas abriu o placar aos seis do segundo tempo. Mantendo a “cabeça fria e o coração quente”, o Palmeiras não deixou de acreditar na classificação em momento algum e, aos 22, logo após a entrada de Gabriel Veron, o jovem atacante ganhou de Nathan Silva em um lance de velocidade e rolou para Dudu colocar o Verdão na decisão.
Enquanto a maioria dos comentaristas esportivos e os torcedores rivais duvidavam das chances alviverdes de sair com a taça e viam o Flamengo como favorito, o clube chegou na final disputada em jogo único determinado a defender o seu título e provar sua tradição na CONMEBOL Libertadores. Mesmo em menor número, os palmeirenses incentivaram do início ao fim da partida e calaram os rubro-negros no Estádio Centenário.
Sempre decisivo, Raphael Veiga recebeu cruzamento de Mayke para abrir o placar logo aos cinco minutos do primeiro tempo. O Verdão controlou bem o jogo no primeiro tempo e só sofreu o empate aos 26 da segunda etapa, com gol de Gabriel Barbosa. Na prorrogação, o Palmeiras pressionou no ataque e não deixou o Flamengo jogar até o momento em que Deyverson marcou o gol do tricampeonato da Libertadores para o clube e fez a festa alviverde em Montevidéu-URU.
Com o triunfo diante do Flamengo, o Palmeiras entrou para o grupo dos times brasileiros com mais títulos de Libertadores, junto de Grêmio, Santos e São Paulo, todos com três taças. Além disso, o Alviverde se tornou o clube do país com mais finais disputadas (seis, ao lado do São Paulo – o Verdão disputou as de 1961, 1968, 1999, 2000, 2020 e 2021). O Maior Campeão do Brasil fechou a edição de 2021 como a equipe nacional com mais participações no torneio (21, assim como São Paulo e Grêmio), mais jogos (210), mais vitórias (117), mais vitórias como visitante (44), mais gols (392), mais gols como mandante (233) e mais gols como visitante (156 tentos).
Campanha
13 jogos (9 vitórias, 3 empates e 1 derrota)
29 gols marcados
10 gols sofridos
Jogo decisivo:
Palmeiras 2×1 Flamengo
Conmebol Libertadores (Final – jogo único)
Data: 27/11/2021
Estádio: Centenário. Montevidéu-URU
Árbitro: Nestor Pitana (ARG)
Cartões amarelos: Piquerez, Gustavo Gómez, Abel Ferreira e Felipe Melo (PAL); Rodrigo Caio, Gabriel e De Arrascaeta (FLA).
Gols: Raphael Veiga (5’ do 1ºT-PAL), Gabriel (26’ do 2ºT-FLA) e Deyverson (3’ do 2ºT da prorrogação-PAL)
Palmeiras: Weverton; Mayke (Gabriel Menino), Luan, Gustavo Gómez e Piquerez (Felipe Melo); Danilo (Patrick de Paula), Zé Rafael (Danilo Barbosa), Raphael Veiga (Deyverson) e Gustavo Scarpa; Dudu (Wesley) e Rony. Técnico: Abel Ferreira.
Flamengo: Diego Alves; Isla (Matheuzinho), Rodrigo Caio, David Luiz e Filipe Luís (Renê); Willian Arão, Andreas (Pedro), Everton Ribeiro (Michael) e De Arrascaeta (Vitinho); Bruno Henrique (Kenedy) e Gabriel Barbosa. Técnico: Renato Gaúcho.
Conmebol Libertadores – 2020
Superação. Nenhuma outra palavra é tão precisa quanto essa para definir a campanha que garantiu ao Palmeiras o bicampeonato da Conmebol Libertadores. Em uma temporada atípica, marcada pelo combate à pandemia da Covid-19, o Maior Campeão do Brasil teve de enfrentar diferentes percalços para repetir a façanha alcançada em 1999 e conquistar o mais importante troféu do continente, diante do Santos, no Maracanã.
Com uma mescla entre atletas experientes e jovens formados em suas categorias de base, o Verdão estreou na competição no dia 4 de março, diante do Tigre-ARG, em Victoria. O triunfo por 2 a 0, com gols de Luiz Adriano e Willian, fez o clube manter uma escrita: desde 1979, o Alviverde não é derrotado na primeira rodada do torneio.
Uma semana depois, nosso adversário foi o Guaraní-PAR, time responsável pela eliminação do Corinthians na fase prévia. Com direito a um show de Luiz Adriano, autor de três gols, o Palmeiras venceu por 3 a 1 e assumiu a liderança isolada do Grupo B.
Nenhum palestrino poderia imaginar, contudo, que aquela seria a única partida da equipe na Libertadores com a presença da torcida no Allianz Parque. No dia 12 de março, em meio ao agravamento da pandemia do novo coronavírus na América do Sul, a Conmebol suspendeu a competição por tempo indeterminado.
Para que o torneio voltasse a ser disputado, após mais de seis meses de interrupção, a entidade elaborou um rigoroso protocolo de saúde para os jogadores e integrantes das comissões técnicas e determinou a realização de todos os jogos com portões fechados. Além disso, ficou decidido que a edição 2020 invadiria o primeiro mês de 2021.
O Verdão retomou sua caminhada rumo à Glória Eterna no dia 16 de setembro, na temida altitude de La Paz, onde nenhum clube brasileiro ganhava desde 1983. Com gols de Willian e Gabriel Menino, o Alviverde acabou com o tabu ao bater o Bolívar por 2 a 1.
A classificação para as oitavas de final, que ficara bem encaminhada depois do empate sem gols ante o Guaraní em Assunção, foi sacramentada com a vitória por 5 a 0 sobre o Bolívar, no Allianz Parque – Willian, Wesley, Viña, Raphael Veiga e Rony balançaram as redes. Desde a goleada por 7 a 0 contra o El Nacional-EQU em 1995, no Palestra Italia, o Palmeiras não vencia por cinco ou mais gols de diferença um duelo pela principal competição do continente.
Outro triunfo por 5 a 0, desta vez diante do Tigre-ARG, assegurou ao Maior Campeão do Brasil a melhor campanha geral da fase de grupos pelo terceiro ano seguido, com 16 pontos conquistados em 18 possíveis. Os gols palmeirenses foram anotados por Raphael Veiga, Gustavo Gómez, Zé Rafael, Gabriel Veron e Rony.
Nas oitavas de final, já sob o comando do português Abel Ferreira, o Verdão encarou o Delfín-EQU. Em meio a um surto de Covid-19 no elenco e sem contar com o capitão Felipe Melo e o atacante Wesley, ambos machucados, o Alviverde se fortaleceu ainda mais e levou a melhor na partida de ida, em Manta, por 3 a 1, com gols de Gabriel Menino, Rony e Zé Rafael. No jogo de volta, nova goleada por 5 a 0, na arena, ratificou a vaga palestrina nas quartas de final. Destaque para o atacante Gabriel Veron, autor de dois golaços – Patrick de Paula, Willian e Danilo completaram o placar.
Nas quartas, o Palmeiras eliminou o perigoso Libertad-PAR. No primeiro duelo, no Estádio Defensores del Chaco, o Verdão suportou a pressão do adversário e trouxe para São Paulo um valioso empate por 1 a 1 – Gustavo Gómez fez valer a “Lei do Ex” e, de cabeça, marcou contra o clube que o revelou para o futebol. Já no segundo embate, o Alviverde se impôs desde o primeiro minuto e venceu por 3 a 0, com gols de Gustavo Scarpa, Rony e Gabriel Menino.
Para chegar à decisão, porém, o Alviverde teria pela frente um osso duro de roer: o River Plate-ARG, finalista em três das cinco edições anteriores da Libertadores (sagrou-se campeão em 2015 e 2018 e foi vice em 2019). No duelo de ida, em Buenos Aires, o Palmeiras obteve uma das maiores vitórias de um clube brasileiro na história da competição ao superar o time argentino por 3 a 0, repetindo o placar da histórica semifinal de 1999 realizada no Estádio Palestra Italia. Rony, Luiz Adriano e Viña fizeram os gols alviverdes.
Mas se enganou quem imaginava que a nossa classificação para a final já estava garantida. Na partida de volta, a equipe comandada pelo técnico Marcelo Gallardo mostrou por que conquistou tantos títulos nos últimos anos e abriu 2 a 0 ainda no primeiro tempo. A pressão argentina persistiu na etapa final, transformando o confronto em um dos maiores dramas já vivenciados pela torcida que canta e vibra. Porém, com uma atuação espetacular do goleiro Weverton e a intervenção do VAR, que anulou corretamente um gol e um pênalti apontado para a equipe portenha, o Alviverde segurou o placar suficiente para avançar à decisão.
Na final, realizada em jogo único, Palmeiras e Santos disputaram o primeiro clássico paulista da história do Maracanã. E assim como nas decisões do Mundial de 1951 e da Taça Brasil de 1967, o estádio carioca serviu de palco para a festa palmeirense. O Verdão ganhou por 1 a 0, com gol de Breno Lopes nos acréscimos, e pintou a América de verde pela segunda vez.
Campanha
13 jogos (10 vitórias, 2 empates e 1 derrota)
33 gols marcados
6 gols sofridos
Jogo decisivo:
Palmeiras 1×0 Santos
Conmebol Libertadores (Final – jogo único)
Data: 30/01/2021
Estádio: Maracanã. Rio de Janeiro-RJ
Árbitro: Patricio Loustau (ARG)
Cartões amarelos: Gustavo Gómez, Matias Viña e Marcos Rocha (PAL); Diego Pituca, Soteldo, Alison e Lucas Veríssimo (SAN).
Cartão vermelho: Cuca.
Gols: Breno Lopes (53’ do 2ºT-PAL)
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Matías Viña; Danilo, Raphael Veiga (Alan Empereur), Zé Rafael (Patrick de Paula) e Gabriel Menino (Breno Lopes); Rony (Felipe Melo) e Luiz Adriano. Técnico: Abel Ferreira.
Santos: Jonh; Pará (Bruno Marques), Lucas Veríssimo, Luan Peres e Felipe Jonatan (Wellington); Alison, D. Pituca e Sandry (Lucas Braga); Marinho, Kaio Jorge (Madson) e Solteldo. Técnico: Cuca.
Copa Libertadores da América
O Palmeiras chegou ao final do século 20 já consagrado como maior vencedor do país. Primeiro campeão mundial da história do futebol, soberano em títulos brasileiros com oito conquistas contra seis do segundo colocado Santos, dono de dezenas de troféus em âmbito estadual, interestadual, nacional e internacional, faltava ao clube apenas uma taça: a da Libertadores.
A espera foi longa. O Verdão bateu na trave ao ser vice-campeão em 1961 (ano em que se tornou o primeiro time do país a disputar uma final continental) e 1968. Nas décadas seguintes, apesar de ter sido o clube brasileiro que mais vezes participou da competição, o título ainda era um tabu.Mas tudo acabou em 1999. Naquele ano, o Verdão faturou, finalmente, o único título que faltava em sua galeria. Naquele ano, a triunfante parceria com a multinacional Parmalat atingia seu ponto máximo, finalizando com chave de ouro um projeto inovador iniciado sete anos antes. Naquele ano, nascia São Marcos, iluminado guardião do gol alviverde e último jogador da história a vestir apenas a camisa do Palmeiras durante toda a carreira.
O título da Libertadores começou a ganhar forma um ano antes, quando o Verdão garantiu sua participação no torneio ao conquistar a Copa do Brasil e passar por uma espécie de vestibular continental atropelando todos os adversários e erguendo a taça da Copa Mercosul. E para dar ainda mais poder de fogo ao elenco comandado por Luiz Felipe Scolari, os experientes e ídolos Evair e César Sampaio e o veloz Euller se juntaram a craques como Velloso, Arce, Junior Baiano, Cléber, Junior, Alex, Zinho, Paulo Nunes e Oséas.
À época, o regulamento era diferente do atual – os grupos eram formados por times dos mesmos países. O Palmeiras estava no grupo 3, ao lado do arquirrival Corinthians e dos paraguaios Cerro Porteño e Olimpia. Outra chave complicada era a 2, com os argentinos Vélez Sarsfield e River Plate e os colombianos Deportivo Cali e Once Caldas. A estreia palestrina ocorreu no dia 27 de fevereiro, contra o Corinthians – foi o primeiro dérbi da história válido pela Libertadores. O Alviverde, campeão da Copa do Brasil na temporada anterior, ganhou por 1 a 0, com gol do paraguaio Arce, aos 12 minutos do segundo tempo. No duelo seguinte, uma goleada: Palmeiras 5 a 2 no Cerro Porteño em pleno Estádio Defensores Del Chaco, em Assunção-PAR. Os tentos do Verdão, sendo quatro de cabeça, foram de Júnior Baiano (duas vezes), Cléber, Evair e Oséas. Na sequência, foram três resultados adversos e um clima de desconfiança: 4 a 2 para o Olimpia no Paraguai, 1 a 1 com o mesmo Olimpia em São Paulo-SP e derrota para o Corinthians por 2 a 1 – foi justamente ante o arqui-inimigo que o jovem Marcos, após uma lesão do titular Velloso contra o União Barbarense, pelo Paulistão, assumiu a meta.Assim, a classificação só veio na última rodada, com o triunfo de virada sobre o Cerro Porteño por 2 a 1. Júnior Baiano, um dos artilheiros da competição com seis bolas na rede, e Arce, com um chutaço de fora da área, sacramentaram a vaga nos mata-matas.
O Verdão, disputando concomitantemente o Torneio Rio-São Paulo, o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil, avançou como o vice-líder da chave, com dez pontos, dois a menos que o rival Corinthians.Nas oitavas, o adversário foi o Vasco da Gama, que, por ter sido campeão na edição passada, iniciou o certame uma fase à frente. No primeiro jogo, no Estádio Palestra Italia, empate por 1 a 1. No Rio de Janeiro, com show do meia Alex (então com apenas 21 anos), os comandados do técnico Felipão venceram epicamente por 4 a 2. O triunfo trouxe um ânimo sem igual ao elenco, que, na sequência, enfrentaria o Corinthians novamente.
O Palmeiras levou a melhor no primeiro confronto por 2 a 0, com gols de Oséas e Rogério. Mas o nome da partida foi o camisa 12 do Verdão. Marcos simplesmente fechou o gol. Foram várias defesas difíceis e de diversas maneiras. Foi ali, diante de um oponente histórico, que a alcunha de Santo começou a tomar corpo. No segundo encontro, o goleiro não conseguiu conter os corintianos na etapa regulamentar. Troco dos rivais por 2 a 0. No entanto, na decisão por pênaltis, o arqueiro brilhou mais uma vez. Após ver Dinei bater para fora a segunda cobrança, Marcos defendeu o chute de Vampeta e se ajoelhou no gramado agradecendo a Deus. O Verdão estava na semi! O adversário a ser batido seria o River Plate-ARG. No dia 19 de maio, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, o Verdão foi bombardeado. Os argentinos, com nomes como Sorín, Gallardo, Saviola e Angel, testaram de todos os jeitos o já São Marcos, contudo somente uma bola passou. O Alviverde perdeu por 1 a 0 e retornou a São Paulo-SP no lucro. No Palestra Italia, motivado pela classificação heroica na Copa do Brasil (com aquele 4 a 2 sobre o Flamengo), o Palmeiras sobrou. Em outra exibição de gala do canhoto Alex, que anotou dois gols (na vitória por 3 a 0), o Palmeiras, depois de 31 anos, voltava a uma final de Libertadores.
O rival na decisão foi o Deportivo Cali-COL, que havia eliminado o Colo-Colo-CHI nas oitavas, o Bella Vista-URU nas quartas e o Cerro Porteño-PAR nas semis. No dia 02 de junho, na Colômbia, o Verdão, em um jogo acirrado, foi derrotado por 1 a 0. Quatorze dias depois, o Alviverde, que tinha disputado nesse meio tempo as semifinais e a primeira final do Paulista e as semifinais da Copa do Brasil, foi a campo com Marcos; Arce, Júnior Baiano, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio, Rogério, Zinho e Alex; Paulo Nunes e Oséas. Aos 19 minutos do segundo tempo, Evair, de pênalti, abriu o placar. Aos 24, Zapata, também da marca da cal, igualou. Mas Oseás, aos 30, marcou e levou o embate para as penalidades.
Logo na primeira cobrança, Zinho acertou uma bomba no travessão e deixou o Palestra, apinhado de verde e branco, apreensivo. A angústia só amenizou no quarto arremate do Cali, quando Bedoya também encontrou a trave. Na quinta batida palestrina, Euller chutou com classe e deixou o Verdão em vantagem. Aí, todo palmeirense sabe… Zapata finalizou para fora e a América, pela primeira vez, tornou-se alviverde. Festa no chiqueiro!
Campanha
14 jogos (7 vitórias, 2 empates e 5 derrotas)
24 gols marcados
18 gols sofridos
Jogo decisivo:
16/06/1999
Copa Libertadores da América de 1999 (Final – 2o jogo)
Palmeiras (4)2×1(3) Deportivo Cali
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Público: 32.000
Juiz: Ubaldo Aquino (PAR)
Cartões amarelos: Alex (PAL), Betancourt (DCA), Córdoba (DCA), Dudamel (DCA), Hurtado (DCA), Júnior Baiano (DCA), Zapata (DCA) e Zinho (PAL)
Cartão vermelho: Mosquera (34′ do 2oT-DCA) e Evair (49′ do 2oT-PAL)
Palmeiras: Marcos; Arce (Evair), Júnior Baiano, Roque Júnior e Júnior; César Sampaio, Rogério, Zinho e Alex (Euller); Paulo Nunes e Oséas. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Deportivo Cali: Dudamel; Pérez (Gavíria), Mosquera, Yépez e Bedoya; Zapata, Viveros, Betancourt e Candelo (Hurtado); Córdoba (Valencia) e Bonilla. Técnico: José Hernández.
Gols: Evair (20′ do 2oT-PAL), Zapata (25′ do 2oT-DCA) e Oséas (31′ do 2oT-PAL)
Nos penâltis: Dudamel (DCA), Júnior Baiano (PAL), Gavíria (DCA), Roque Júnior (PAL), Yepes (DCA), Rogério (PAL) e Euller (PAL).
Campeonato Paulista – 2020
Disputado por dezesseis clubes divididos em quatro grupos, os times do Campeonato Paulista de 2020 só enfrentavam, na primeira fase, as equipes dos outros grupos, sendo que se classificavam para as etapas eliminatórias os dois primeiros colocados de cada pelotão. Ou seja: todos os times disputavam 12 partidas nesta fase inicial – fórmula essa que já vinha sendo utilizada desde 2011, com a diferença de que, neste ano, as quartas de final e as semifinais seriam disputadas em jogos únicos, e a final em partidas de ida e volta.
O retorno de Vanderlei Luxemburgo ao time palmeirense (na sua quinta passagem pelo clube), em janeiro da temporada de 2020, trouxe novamente a esperança de encerrar o jejum de títulos estaduais, que já durava 12 anos. O último havia sido em 2008 justamente com Luxa no comando e, antes disso, os de 1993, 1994 e 1996, todos também com o treinador carioca. O último Paulista comandado por outro treinador foi em 1976, com o técnico Dudu (Olegário Toloi de Oliveira).
E de fato, Luxemburgo não decepcionou! Após começar o ano já com a conquista de um torneio amistoso (Florida Cup) do qual o Corinthians também havia participado, o Palmeiras de Vanderlei começou o Campeonato Paulista embalado, goleando o Ituano por 4 a 0 no Novelli Junior (gols de Marcos Rocha, Lucas Lima, Zé Rafael e Willian). A partir daí, o time passou a ser um dos protagonistas do torneio, disputando a liderança geral da competição ponto a ponto com o surpreendente Santo André.
Entretanto, no início de março, uma situação atípica paralisou não só o futebol no Brasil, mas praticamente todas as atividades não essenciais em geral: a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que acometeu cerca de 100 mil pessoas no Brasil até o encerramento do campeonato, mudou todo o planejamento dos times para a temporada.
Quando o Paulistão estava em sua 10ª rodada (ou seja, a apenas duas do término da fase de grupos), o torneio foi cessado, permanecendo paralisado por quatro meses! Com o Continental também interrompido e o Brasileiro nem iniciado, o Verdão voltou a entrar em campo pelo Paulista (torneio que foi retomado primeiro) só em 22/07, contra o Corinthians – o jogo anterior havia sido em 14/03, fazendo com que o Alviverde permanecesse longe dos gramados, portanto, por exatos 129 dias, passando a ser o novo recorde da agremiação alviverde sem entrar em campo entre uma partida e outra em todos os seus 105 anos de existência, superando o antigo recorde de 125 dias registrado em 1932 (à época, o futebol foi paralisado devido à Revolução Constitucionalista daquele ano).
Este duelo contra o Corinthians na retomada das atividades era valioso para o rival, já que os times viviam situações distintas na tabela. O Palmeiras estava praticamente assegurado na fase eliminatória, enquanto o Alvinegro ainda brigava para não ser rebaixado, mas mantinha acesa uma ponta de esperança de ir às fases de mata-mata (isso, é claro, apenas no caso de tudo dar certo em uma eventual combinação de resultados daquela rodada, a 11ª, e da próxima, a 12ª).
Se perdesse para o Palmeiras ou até mesmo empatasse naquela 11ª rodada, o Corinthians daria adeus a qualquer chance matemática de disputar as quartas de final. Um fator, no entanto, apimentou a disputa: supostos torcedores palmeirenses teriam invadido a Arena Corinthians (palco do duelo) na madrugada anterior para fazerem pichações provocativas ao Corinthians, com dizeres alusivos à maior goleada por eles sofrida em um Derby “8 a 0 em 1933” e também dizeres de menosprezo ao goleiro adversário “Cássio Frango”; fato este que foi repercutido pela mídia praticamente durante todo o dia, até os momentos que antecederam o clássico, e virou combustível para que os donos da casa usassem o episódio a seu favor.
No jogo, na Arena Corinthians sem público – como passaram a ser os jogos –, o Verdão já entrou em campo classificado devido ao resultado do duelo que havia sido encerrado minutos antes entre Ponte Preta e Novorizontino (2 a 0 para a Macaca).
Desta forma, com a pressão para o lado corintiano, o time da casa de tudo fez para buscar a vitória: e ganhou por 1 a 0, após um gol aos 14 minutos do primeiro tempo, feito pelo zagueiro Gil, que recebeu bola cruzada de escanteio batido por Fagner e cabeceou para chão; o quick da bola e um leve desvio em Felipe Melo (que desde o início desta temporada passou a jogar de zagueiro) confundiram o goleiro Weverton, que acabou deixando a pelota passar. Com isso, o Corinthians segurou o resultado – quase que exclusivamente por méritos do goleiro Cássio, que viveu noite fora de série –, mesmo o Palmeiras tendo reagido ainda no primeiro tempo e tendo sido superior durante todo o segundo tempo. Mas o destino reservaria ao Palmeiras algo muito mais compensador por aquela amarga derrota no Derby. Era para ser assim!
Pressionado após perder o Derby, mesmo classificado, o Palmeiras precisava vencer a equipe do Água Santa na 12ª rodada para honrar a sua torcida e também limpar a imagem maculada que havia ficado na única vez em que as equipes se enfrentaram até então, quando o Verdão sofreu goleada por 4 a 1 para o time de Diadema (então novato na Série A1) no Prudentão, pelo Campeonato Paulista de 2016.
Após um primeiro tempo sem gols, o Alviverde saiu perdendo por 1 a 0 aos 17 minutos do segundo tempo, mas o time alviverde mostrou sua garra de campeão e buscou a virada. Aos 26 veio o gol de empate, com o volante Ramires, de cabeça, e aos 41 o da virada, com Luiz Adriano, que bateu mal o pênalti mas se redimiu ao aproveitar o rebote do goleiro Giovanni. Foi sofrido, mas virou para 2 a 1, com gols de Ramires e Luiz Adriano. O triunfo ajudou a acalmar os ânimos da torcida – qualquer resultado que não fosse uma vitória, àquela altura, faria com que o time pudesse estar sujeito a protestos. Mesmo não apresentando um futebol muito mais “raçudo” do que convincente, críticos tiveram de “engolir” ataques ao Verdão devido o resultado positivo. Além do mais, o momento era de apoio, pois o clube entraria a partir de então em disputas eliminatórias.
Nas fases decisivas, foi tudo muito rápido. Quem jogava na quarta-feira e passava de fase, já estaria decidindo novamente no domingo seguinte (lembrando que as fases eram em jogo único até a semifinal).
Nas quartas de final, como o primeiro colocado enfrentava o segundo de cada grupo, o Palmeiras, líder do grupo B, enfrentou o Santo André, o outro classificado – o Alviverde havia encerrado a primeira fase como líder de seu grupamento e segundo na classificação geral do campeonato, atrás apenas do Red Bull Bragantino. Vale lembrar que os times ainda vivos na competição melhores pontuados na primeira fase tinham o direito de decidir em casa as quartas de final, e assim sucessivamente.
No sufoco, o Palmeiras conseguiu superar o Santo André após partida tensa no Allianz Parque. O time do ABC jogou praticamente a partida toda na retranca. Mesmo a maior parte do tempo no ataque, o Verdão não via seu gol sair e, após os 40 minutos do segundo tempo, a cada instante que se passava, parecia ainda mais que a vaga para a semifinal seria decidida nos pênaltis. Finalmente, porém, veio a redenção aos 42 do segundo tempo, com Felipe Melo, que foi feliz ao conseguir subir para cabecear bola oriunda de escanteio cobrado por Lucas Lima, A bola ainda desviou no zagueiro Rodrigo, do time andreense, e impossibilitou que o goleiro Ivan chegasse.
Surpreendentemente, quando tudo parecia resolvido na bacia das almas, Marcos Rocha, aos 48 minutos, aproveitou rebote do chute de Zé Rafael, após lançamento recebido pelo camisa 8 de Luiz Adriano, e não desperdiçou: dominou e empurrou a redonda para dentro da rede.
Na semifinal, o Palmeiras – melhor pontuado entre os times que chegaram até essa fase – enfrentou a Ponte Preta, novamente no Allianz Parque, e abriu a contagem por 1 a 0, com belo gol de Patrick de Paula, aos 45 minutos do primeiro tempo – o volante chutou com classe de canhota, de fora da área, após longo lançamento de Ramires do meio de campo, e foi certeiro, não dando chance ao arqueiro Ivan, que vinha salvando a Macaca. No segundo tempo, o Alviverde também foi superior, mas o nível do duelo acabou decaindo e a partida esfriou moderadamente. Weverton chegou a fazer boa defesa em uma tentativa de Roger e Gustavo Scarpa carimbou o travessão adversário, mas só ficou nisso. Desta forma, o Verdão foi à final contra o Corinthians, que havia jogado horas antes contra o Mirassol e já estava assegurado na final.
Contra o Corinthians, no jogo de ida, em Itaquera, os times empataram sem gols na quarta-feira à noite (02/08), com destaque para grande atuação do goleiro Weverton, que foi fundamental para que o Palmeiras não chegasse em desvantagem à partida decisiva em sua casa: ele fez duas defesas difíceis no primeiro tempo, sendo a segunda delas um verdadeiro milagre! O lance salvador aconteceu aos 30 minutos de bola rolando. Após o corintiano Luan cruzar e Jô resvalar na bola, Mateus Vital aproveitou a sobra para chutar de pé direito, com força, e ver o camisa 1 do Verdão se esticar completamente para, no tempo perfeito, espalmar a bola com a ponta dos dedos, evitando o que seria um gol certo.
Além disso, não ter perdido para o Corinthians naquele jogo de ida também significava manter sua superioridade numérica em confrontos gerais de Derbys, que até antes daquele clássico era de uma vitória a mais sobre o rival em 373 duelos disputados (131 triunfos do Alviverde e 130 do Alvinegro, além de outros 112 empates).
De camisa verde, calção branco e meião verde, a Sociedade Esportiva Palmeiras foi a campo no sábado (08/08), assim como em 12/06/1993, para enfrentar o rival Corinthians pela partida da final do Campeonato Paulista de 2020. O palco do confronto do jogo de volta, desta vez, foi o Allianz Parque – mesmo palco e mesmo adversário da final do Paulista de 2018, cujo desfecho o torcedor precisava superar o trauma. O time precisava vingar aquele sabor amargo!
Com um primeiro tempo lento, poucas chances foram criadas para ambos os lados. A principal delas, porém, favoreceu o lado palmeirense, com Willian, logo nos minutos iniciais, que obrigou Cássio a fazer boa intervenção. Mas no segundo tempo, logo aos três minutos, Luiz Adriano abriu a contagem de cabeça, após ótimo cruzamento do lateral-esquerdo uruguaio Matías Viña e, com isso, o Alviverde passou a levar vantagem.
Com a maior parte do tempo sob a posse de bola, o time de Luxemburgo não se encolheu diante das movimentações corintianas e seguiu atacando o rival. Nos minutos finais, certa pressão tomou conta do Allianz Parque vazio – um gol, àquela altura, levaria o jogo para os penais, e era tudo o que o Palmeiras não queria.
No entanto, foi exatamente o que aconteceu: Gustavo Gómez – que vinha sendo um dos melhores jogadores em campo durante os 90 minutos –, aos 50 minutos do segundo tempo (ou seja, na última bola do jogo), na tentativa de afastar o perigo a qualquer custo, acabou derrubando Jô na área e, com isso, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira assinalou penalidade máxima, batida e convertida pelo próprio Jô (Weverton ainda tocou na pelota, mas não conseguiu evitar).
A partir daí, o clima de tensão, desespero e pessimismo tomou conta de grande parte da torcida alviverde que não pôde estar no Allianz Parque naquele dia. Cada um dos 18 milhões de palmeirenses espalhados pelo mundo, nesse momento, viram desabar um título que estava a apenas dez segundos de ser conquistado! Enquanto isso, o time corintiano agia em campo como se já tivesse conquistado, como se não houvesse outro desfecho possível para a história.
Foi aí que brilhou a estrela de Weverton, goleiro campeão olímpico pela Seleção Brasileira em 2016, que ajudou o time a decidir nos penais, mostrou o resultado de seu trabalho e esbanjou reflexo, acertando todos os cantos em que os jogadores adversários chutaram. Weverton já começou pegando logo a primeira cobrança do Corinthians, batida por Michel; na primeira do Palmeiras, no entanto, batida por Bruno Henrique, Cássio defendeu. Novamente a tensão estava no ar. Após algumas cobranças com ambos os times convertendo, Weverton defendeu mais uma! Pegou o pênalti de Cantillo.
A partir de então, o Verdão não desperdiçou mais nenhuma, cabendo ao jovem valor da base (promovido ao time principal no início de 2020, ao lado de outros jovens destaques), Patrick de Paula, cobrar o penal derradeiro. Com muita personalidade, o camisa 5, de pé esquerdo, chutou alto, no canto direito, com muita força, sem dar a mínima condição de defesa à Cássio. E assim, da forma mais dramática e cruel de vingar 2018, o Palmeiras sagrou-se o grande campeão paulista de 2020!
Esta foi a 8ª disputa de penalidades de classificação ou obtenção de título entre Palmeiras e Corinthians. Com o triunfo do Alviverde naquele sábado, o retrospecto após esse título ficou novamente equilibrado: 4 a 4. O Verdão superou o rival nos pênaltis em 1999 (quartas da Libertadores), 2000 (semi da Libertadores), 2015 (semi do Paulista e 2020 (final do Paulista); já o rival levou a melhor em 1970 (semi do Torneio Quadrangular de São José dos Campos), 1998 (semifinal do Torneio Maria Quitéria), 2011 (semi do Paulista) e 2018 (final do Paulista). Portanto, de vitórias em competições de fato relevantes em penais o saldo é de 4 a 2 para o Palmeiras.
Levando em conta apenas o período Allianz Parque (reformado e inaugurado com essa configuração em 2014), este foi o terceiro título conquistado no local. Antes disso, em sua casa nova, o Palmeiras sagrou-se campeão da Copa do Brasil de 2015, sob o comando de Marcelo Oliveira, contra o Santos (vitória por 2 a 1 e título nos pênaltis) e do Brasileirão de 2016, no time dirigido por Cuca, contra a Chapecoense (37ª rodada). Entretanto, vale destacar que o troféu do Brasileirão de 2018, cujo título foi conquistado na 37ª rodada do Nacional daquele ano diante do Vasco, no São Januário, fora erguido no Allianz Parque, na última rodada (triunfo por 3 a 1 sobre o Vitória-BA).
Devido às medidas de combate ao novo coronavírus, esta foi a primeira vez na história que o campo do Parque Antarctica, um dos palcos do Derby desde 1917, recebeu o clássico mais tradicional da cidade com portões fechados para a torcida. Esta foi a primeira vez em que o Palmeiras ergueu um troféu sem público nas arquibancadas.
Com a campanha campeã, o Palmeiras foi também o dono da melhor defesa, com apenas sete gols sofridos, sendo seis na primeira fase (parâmetro justo de comparação, pois é quando todos os times jogam o mesmo número de vezes: 12) – algo que se repete, em Paulistas, pela 4ª vez seguida: foi assim também em 2017 (oito gols sofridos), 2018 (outros oito) e 2019 (cinco), sempre levando em conta o número de gols sofridos na primeira fase.
Vale destacar ainda que, dentro de sua casa, o Palmeiras passou ileso no Campeonato Paulista 2020: foram nove jogos, com seis vitórias e três empates, sendo sete jogos no Allianz Parque, com cinco vitórias (Mirassol, Guarani, Água Santa, Santo André e Ponte Preta) e dois empates (Ferroviária e Corinthians); um duelo na Arena da Fonte Luminosa (empate contra o São Paulo); e outro jogo no Pacaembu (vitória sobre o Oeste).
Campanha:
Jogos: 16 (8 vitórias, 6 empates e 2 derrotas)
Gols marcados: 21
Gols sofridos: 7
Jogo decisivo:
Palmeiras 1 (4) x (3) 1 Corinthians
Campeonato Paulista 2020 (Final – 2º jogo)
Data: 08/08/2020
Estádio: Allianz Parque. São Paulo-SP
Público: Portões fechados (pandemia da Covid-19)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Cartões amarelos: Lucas Lima, Patrick de Paula e Rony (PAL); Gabriel, Gil e Cantillo (COR)
Gols: Luiz Adriano (4’ do 2ºT-PAL) e Jô (51′ do 2ºT-COR).
Pênaltis: Raphael Veiga, Gustavo Scarpa, Lucas Lima e Patrick de Paula (PAL); Danilo Avelar, Sidcley e Jô (COR)
Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo, Gustavo Gómez e Viña; Patrick de Paula, Gabriel Menino (Rony, no intervalo) e Ramires (Bruno Henrique, no intervalo); Willian (Lucas Lima, aos 39’/2ºT), Zé Rafael (Raphael Veiga, aos 30’/2ºT) e Luiz Adriano (Gustavo Scarpa, aos 31’/2ºT). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Corinthians: Cássio; Fagner (Michel Macedo, aos 25’/2ºT), Gil, Danilo Avelar e Carlos Augusto (Sidcley, aos 35’/2ºT); Gabriel (Cantillo, aos 13’/2ºT) e Éderson; Ramiro (Araos, 13’/2ºT), Luan e Mateus Vital (Everaldo, no intervalo); Jô. Técnico: Tiago Nunes.
Decisões entre Palmeiras e Corinthians
PALMEIRAS X CORINTHIANS
Decisões de campeonatos, torneios e taças únicas
1919 – Taça Pinoni
1928 – Taça Caridade
1928 – Taça Conde Matarazzo
1930 – Taça Hospital Humberto Primo
1931 – Taça Curso Diário Nacional
1935 – Torneio Inicio
1936 – Campeonato Paulista
1938 – Taça Embaixatriz Logiacomo
1938 – Campeonato Paulista Extra
1940 – Torneio Inauguração do Pacaembu – Taça Cidade de São Paulo
1945 – Taça Antônio Feliciano
1948 – Taça Otto Barcellos
1951 – Torneio Rio-São Paulo
1954 – Taça Cidade de Barretos
1974 – Campeonato Paulista
1978 – Taça Jubileu TV Record
1989 – Taça Darci Reis
1993 – Campeonato Paulista
1993 – Torneio Rio-São Paulo
1994 – Campeonato Brasileiro
2009 – Taça Osvaldo Brandão
2020 – Campeonato Paulista
1926 – Taça Elixir de Cabo Verde Composto
1941 – Taça Duque de Caxias
1973 – Torneio Laudo Natel
1982 – Taça Derby
1984 – Taça Paulo Machado de Carvalho
1995 – Campeonato Paulista
1999 – Campeonato Paulista
2018 – Campeonato Paulista
Troféu Ramón de Carranza
Criado em 1955, o Troféu Ramón de Carranza é um tradicional torneio de verão sediado na cidade de Cádis, na Espanha, e disputado anualmente por quatro equipes. Até a década de 80, era considerado o mais importantes torneio internacional de clubes. Com 1,71m de altura, a taça ficou conhecida popularmente como “a taça das taças”.
O Palmeiras acumula seis edições disputadas (1969, 1974, 1975, 1976, 1981 e 1993). Além de ser o clube que mais vezes representou o Brasil na competição, é também o que mais títulos ganhou, junto com o Vasco, com três conquistas cada.
Na época conhecido mundialmente pelo seu futebol vistoso e vencedor, o Alviverde iniciou sua trajetória no Troféu Ramón de Carranza no ano de 1969, quando foi convidado pela primeira vez a disputar a 15ª edição do torneio. O Palmeiras debutou contra o Atlético de Madrid-ESP e, logo em sua estreia, fez uma partida épica. Depois do empate em 1 a 1 no tempo regulamentar, o jogo foi para os pênaltis. Chicão, o arqueiro alviverde, fez jus à excelente escola de guarda-metas palestrina e, após defender duas cobranças e ver outra ir para fora, levou o Palmeiras à final. No jogo decisivo, diante de 25 mil expectadores, o Verdão bateu o poderoso Real Madrid por 2 a 0, com gols de Zé Carlos e Dé.
A Sociedade Esportiva Palmeiras se tornava a primeira equipe brasileira a conquistar o certame, com a primazia de tê-lo conseguido logo na sua primeira participação. A delegação palmeirense foi recebida com festa, trazendo não só o caneco, mas o orgulho de ter representado o Brasil, mais uma vez, com tanta dignidade em solo estrangeiros.
Cinco anos mais tarde, em 1974, a esquadra de Palestra Italia foi novamente convidada para o torneio. Mas, desta vez, a imprensa europeia era unânime em apontar o Barcelona-ESP, comandado por Rinus Michels, e o Santos, de Pelé, como os postulantes inquestionáveis ao título. Assim como hoje, o Barcelona era muito temido, já que tinha dois dos melhores jogadores da época, os meio-campistas Cruyff e Neeskens, entre outros. A dupla holandesa havia deslumbrado o mundo com um futebol envolvente levando a “Laranja Mecânica” ao vice-campeonato da recém-terminada Copa do Mundo de 1974.
O Palmeiras tinha seis jogadores que disputaram aquela Copa pelo Brasil: Leão, Luís Pereira, Alfredo, Ademir da Guia, Leivinha e César. Leão, Luís Pereira e Leivinha como titulares, enquanto Alfredo, César e Ademir da Guia ficaram na reserva. A Seleção acabou sendo eliminada pela própria Holanda. Mas, contra o Barça, a história foi completamente diferente. O Divino, com seu estilo de jogo hipnótico, que forçava todos (até o adversário) a jogar em seu ritmo, foi o maestro da orquestra alviverde e mostrou a Zagalo – técnico da Seleção Brasileira em 74 – que, com ele em campo, o Brasil poderia ter vencido o fantástico Carrossel Holandês. Cruyff e Neeskens nem viram a bola.
O tão aguardado encontro entre Pelé e Cruyff ficou relegado à disputa do 3º lugar, pois, contrariando todas as apostas, o Santos caiu para o Espanyol-ESP, enquanto o Palmeiras superou os catalães pelo placar de 2 a 0, com gols de Leivinha e Ronaldo. Na decisão, Levinha e Luís Pereira balançaram as redes e, com o jogo terminado em 2 a 1, o Alviverde, que para muitos tinha ido à Espanha apenas para disputar a 3ª posição com o Espanyol, surpreendeu o mundo e se tornou bicampeão do Troféu Ramón de Carranza. Já o Santos de Pelé terminou em 4º lugar, após ser goleado por 4 a 1 pelo mesmo Barcelona que o Palmeiras havia vencido na véspera.
No ano de 1975, o Palmeiras novamente foi à cidade de Cádis, mas, dessa vez, como o atual campeão do torneio, a equipe a ser batida. Os clubes que participaram daquela oportunidade foram Real Madrid (ESP), Real Zaragoza (ESP), Dínamo de Moscou (RUS) e Palmeiras. No primeiro jogo da semifinal, o Verdão enfrentou o Real Zaragoza. Ademir da Guia marcou o único gol palmeirense na vitória por 1 a 0, garantindo a equipe de Palestra Italia na grande final, em que enfrentaria outro espanhol, agora da capital. Novamente, era a forte equipe do Real Madrid liderada por Breitner e Nester – ambos campeões da Copa do Mundo de 74 pela Alemanha – que estava no caminho do Palmeiras. Os espanhóis haviam vencido o Dínamo de Moscou na outra semifinal por 2 a 1.
Comandado por Dino Sani, o Alviverde foi a campo com Leão; Eurico, Luís Pereira, Arouca e João Carlos; Édson (Didi) e Ademir da Guia; Edu, Leivinha (Mario), Itamar e Nei. O Palmeiras inaugurou o placar após bela trama no ataque. Leivinha deixou Edu na cara do gol, que não perdoou: 1 a 0 Verdão. Leivinha partiu do meio de campo para ampliar o marcador com uma bela jogada individual: 2 a 0. Em seguida, o centroavante Itamar, sozinho na pequena área, só teve o trabalho de testar para o fundo das redes: 3 a 0. Os madrilenhos ainda diminuíram com gol de Breitner, mas não foi suficiente para impedir o triunfo alviverde. De forma consecutiva, o Palmeiras quebrou mais uma vez a hegemonia europeia e trouxe a taça para casa.
A partida marcou também o limiar da gloriosa Segunda Academia. O título de 1975 foi determinante para as despedidas de Luís Pereira e Leivinha, que, devido a mais uma campanha vitoriosa em solo hispânico, acabaram sendo negociados com o Atlético de Madrid, pelo qual se tornaram ídolos. Considerado o maior zagueiro da história do Palmeiras, inclusive o beque com o maior número de gols vestindo a camisa alviverde, Luís Pereira foi convidado a trabalhar na equipe colchonera quando encerrou a carreira e, até hoje, mora em Madrid e trabalha no time B do Atlético.
Para Leivinha, o Troféu Ramón de Carranza de 1975 também tem um significado especial. Ao se transferir para o futebol espanhol, o meia conseguiu realizar um grande sonho de seu avô. “Aconteceu tudo muito rápido. Lembro que fomos contratados pelo Atlético já no avião de volta para o Brasil. Assim que chegamos, tivemos que pegar outro vôo para a Espanha para assinar o contrato. O Carranza de 75 foi muito importante na minha vida, porque, quando pequeno, eu tinha feito uma promessa com meu avô, que era espanhol, que um dia eu jogaria na Espanha. Graças a esse título consegui cumprir minha palavra com ele. Até fui lá na terra dele, tirei fotos e dei para ele depois. Ele ficou muito feliz”, declarou.
O retrospecto palmeirense na história do quadrangular europeu é favorável. Em 12 jogos, o Verdão tem sete vitórias, dois empates e três derrotas. O maior goleador do Palmeiras no torneio é Edu Bala, com cinco tentos. E como não poderia faltar nesta lista, Ademir da Guia é o jogador que mais defendeu as cores palestrinas em edições do Troféu Ramón de Carranza, acumulando sete jogos disputados (1969, 1974, 1975 e 1976).
Campeão das Cinco Coroas
No início da década de 1950, o Palmeiras alcançou um feito até então inédito no futebol paulista ao conquistar cinco títulos consecutivos em competições oficiais. Essa sequência impressionante de troféus foi imortalizada pela crônica esportiva e pelos torcedores da época como a campanha das “Cinco Coroas”, em que cada joia representava uma conquista palmeirense.
O primeiro troféu foi a Taça Cidade de São Paulo de 1950, após vitória por 3 a 2 sobre a Portuguesa de Desportos e empate em 2 a 2 contra o São Paulo. O segundo caneco veio no Campeonato Paulista de 1950: com 22 jogos, 13 vitórias, 6 empates, 3 derrotas, 45 gols marcados e 22 gols sofridos, o Verdão não deu chances para os seus tradicionais concorrentes e faturou o título no empate em 1 a 1 com o São Paulo (gol de Aquiles), que ficou eternizado como o Jogo da Lama.
A terceira taça palmeirense foi a conquista do Torneio Rio-São Paulo de 1951. Na decisão, o Palmeiras superou o seu arquirrival Corinthians, impondo-lhe duas derrotas. Na primeira partida, no estádio do Pacaembu, o Verdão venceu por 3 a 2, gols marcados por Liminha, Aquiles e Homero (contra). No segundo encontro, novamente no estádio do Pacaembu, nova vitória alviverde, dessa vez pelo placar de 3 a 1, com gols de Aquiles e Jair Rosa Pinto (2).
O quarto triunfo foi o bicampeonato da Taça Cidade de São Paulo, em 1951, com goleada sobre o Santos por 6 a 2 e vitória sobre o São Paulo por 3 a 2. Já a quinta e mais importante conquista palmeirense foi o Torneio Internacional de Clubes Campeões, também em 1951. Numa campanha fantástica, o Palmeiras superou na primeira fase o Olympique de Nice, da França, e o Estrela Vermelha, da extinta Iugoslávia, perdendo apenas para a Juventus, da Itália. Nas semifinais, em dois jogos, superou o Vasco da Gama, e nas finais, também em duas partidas, faturou a taça com uma vitória por 1 a 0 e um empate em 2 a 2 contra a mesma Juventus de Turim, para delírio de um Maracanã lotado e levando mais de um milhão de pessoas às ruas do Brasil.
Campeoníssimo
Durante o Campeonato Paulista de 1942, o jornal A Gazeta Esportiva, com a anuência da Federação Paulista de Futebol (FPF), colocou em disputa o Troféu Campeoníssimo para apurar qual seria o melhor time da competição entre o Trio de Ferro, formado por Palmeiras, Corinthians e São Paulo.
O clube que tivesse o melhor desempenho nos clássicos de turno e returno dentro do estadual seria aclamado campeão e exaltado como a equipe “Campeoníssima do Futebol Bandeirante”, incluindo a posse de um bronze artístico em forma de jogador de futebol em tamanho real.
Palmeiras, Corinthians e São Paulo também jogavam o seu prestígio e popularidade para obter tal honraria, oferecida pela crônica esportiva nos confrontos diretos entre as equipes. Se os clássicos, por si só, já criam uma grande mobilização, o troféu em disputa gerou um fator a mais para os tradicionais rivais.
A campanha palestrina apontou os seguintes resultados: no primeiro turno, Palmeiras 2×1 São Paulo e Palmeiras 1×1 Corinthians. No segundo turno, Palmeiras 3×1 São Paulo e Palmeiras 1×3 Corinthians. Os concorrentes perderam pontos entre si (no primeiro turno, São Paulo 3×3 Corinthians; no segundo, Corinthians 2×4 São Paulo) e, com isso, o Verdão ficou com a taça.
Campeão do Torneio Início do Campeonato Paulista e do Campeonato Paulista, o troféu Campeoníssimo fechou o ano palmeirense de 1942 com chave de ouro e imortalizou essa alcunha entre torcedores e imprensa, que passaram a associar o termo ao Alviverde Imponente.
Campeão do Século
Nenhum clube brasileiro coleciona tantas glórias e ostenta uma história tão vitoriosa quanto o Palmeiras. São diversas conquistas estaduais, interestaduais, nacionais e internacionais que, inclusive, renderam ao Verdão o título de “Campeão do Século 20” segundo a revista Placar e os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo.
Fundado em 1914, o Palestra Italia levantou sua primeira taça já em 1920, contra o então tetracampeão Paulistano. Treze anos depois, com o Torneio Rio-São Paulo de 1933, tornou-se o primeiro campeão interestadual do Brasil e, de quebra, o primeiro campeão da era profissional do futebol brasileiro.
Em 1951, um ano após a Copa do Mundo, o Brasil sediou o primeiro campeonato internacional de clubes campeões da história. E como não podia deixar de ser, quem levantou o troféu foi o Palmeiras, agora já com o novo nome e com a bandeira verde-amarela estampada no peito.
O início dos campeonatos nacionais no país coincidiu com as Academias de Futebol dos anos 60 e 70. Foram seis títulos brasileiros ao todo (feito igualado apenas pelo Santos de Pelé) e um futebol de classe e toque de bola que encantou o mundo da bola e fez do Palmeiras o primeiro clube a ter a honra de representar a seleção brasileira.
A década de 1990 rendeu mais conquistas de Paulista, Rio-São Paulo e Brasileiro, mas foi coroada mesmo com o título da Copa Libertadores de 1999, o único que faltava na extensa galeria alviverde e que sacramentou o Palmeiras como grande campeão do primeiro século de futebol no Brasil.
Neste novo milênio, agora tendo como palco principal uma arena moderna e imponente, o Verdão segue sua trajetória gloriosa, orgulhando a sua apaixonada torcida e provando, cada vez mais, “que de fato é campeão”.
Campeonato Brasileiro – 1972
Com mudanças em relação ao time da Primeira Academia de Futebol da década de 1960, Ademir da Guia e Leivinha comandaram o primeiro título nacional da segunda era de craques, que, assim como a primeira, encantou até torcedores dos principais rivais. Ademir e César Maluco mantiveram a regularidade, Leivinha chegou comendo a bola e Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo Mostarda, Zeca, Edu Bala e Nei se tornaram unanimidades. Em 30 jogos do Brasileiro, o esquadrão só vivenciou a derrota em quatro oportunidades. Foi a quinta vez que a Sociedade Esportiva Palmeiras conquistou o país.
Na primeira etapa do Campeonato Brasileiro, 26 agremiações foram divididas em quatro grupos de sete ou oito equipes que jogaram todas contra todas em turno único, classificando-se para a segunda fase as quatro mais bem colocadas de cada chave. Com 14 vitórias, 8 empates e apenas 3 derrotas, o Verdão avançou sem maiores dificuldades, caindo no grupo B, junto com São Paulo, América-RJ e Coritiba. O primeiro jogo já quase custou o campeonato – uma derrota por 2 a 0 frente ao São Paulo obrigou os comandados de Oswaldo Brandão a vencerem os outros dois adversários e torcerem por um tropeço do rival. Graças aos 3 a 1 no América-RJ e aos 3 a 0 no Coritiba, aliado a uma derrota são paulina, o Alviverde avançou à semifinal.
Com a vantagem do empate, já que detinha a melhor campanha geral, o Alviverde segurou um 1 a 1 contra o Internacional do zagueiro Figueroa e, na final, nem o ataque comandado por Jairzinho foi capaz de furar a defesa palmeirense – Botafogo e Palmeiras ficaram no 0 a 0 em um Morumbi com quase 60 mil espectadores. O melhor time do torneio confirmou o favoritismo e conquistou seu quinto Brasileiro, sendo o primeiro título no âmbito nacional da Segunda Academia.
Campanha:
Jogos: 30 (16 vitórias, 10 empates e 4 derrotas)
Gols marcados: 46
Gols sofridos: 19
Jogo decisivo:
Palmeiras 0x0 Botafogo
Campeonato Brasileiro – Final
Data: 23/12/1972
Local: Morumbi (São Paulo)
Árbitro: Agomar Martins (RS)
Público/Renda: 58.287/Cr$ 649.445,00
Palmeiras: Leão, Eurico, Luís Pereira, Alfredo Mostarda e Zeca; Dudu (Zé Carlos, 28 do 2°) e Ademir da Guia; Edu Bala (Ronaldo, 25 do 2°), Madurga, Leivinha e Nei. Técnico: Oswaldo Brandão.
Botafogo-RJ: Cao, Waltencir, Brito, Osmar e Marinho Chagas; Nei Conceição e Carlos Roberto; Zequinha, Jairzinho, Fischer e Ademir Vicente (Ferretti, intervalo). Técnico: Sebastião Leônidas.
Campeonato Paulista – 2008
Depois de vencer a Copa dos Campeões de 2000, o Verdão amargou um jejum de títulos que durou até maio de 2008, quando a equipe goleou a Ponte Preta por 5 a 0, no Estádio Palestra Italia, registrando a maior diferença de gols em uma final de Paulistão na era do profissionalismo. Vanderlei Luxemburgo, tricampeão estadual pelo próprio Palmeiras e comandante na última conquista paulista em 1996, foi o responsável por guiar os atletas rumo a mais esta façanha.
As 20 equipes participantes da edição de 2008 se enfrentaram em turno único, sendo que as quatro primeiras avançaram para as semifinais. O clube terminou esta fase com o melhor ataque e com o mesmo número de pontos do líder Guaratinguetá, com destaque para as vitórias diante de Corinthians (1×0) e São Paulo (4×1). Na etapa eliminatória, o adversário foi justamente os são-paulinos, que venceram a primeira partida por 2 a 1 graças a um gol de mão do atacante Adriano; Alex Mineiro descontou. Na semana seguinte, Léo Lima abriu o placar em chute de fora da área e, após bela assistência de Wendel, Valdivia selou a classificação palmeirense para final.
Apenas a Ponte Preta estava no caminho entre o Palmeiras e a taça, porém, nem atuando em seus domínios, os campineiros conseguiram fazer frente ao Palmeiras – no Estádio Moisés Lucarelli, o lateral Leandro cobrou escanteio para Kléber Gladiador, que não perdoou e garantiu a vantagem para o embate de volta. Quase 30 mil palmeirenses lotaram o Palestra Italia e presenciaram os tentos de Ricardo Conceição (contra), Valdivia e Alex Mineiro (três vezes), que sacramentaram a conquista. Coroando a campanha, Alex ainda se tornou o artilheiro isolado da competição, tendo ido às redes em 15 oportunidades.
Campanha:
Jogos: 23 (15 vitórias,4 empates e 4 derrotas)
Gols marcados: 45
Gols sofridos: 18
Jogo decisivo:
Palmeiras 5×0 Ponte Preta
Campeonato Paulista de 2008 (Final – 2º jogo)
04/05/2008
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Público: 27.927
Cartões vermelhos: Deda (PPR) e Diego Souza (PAL)
Árbitro: Cleber Wellington Abade (SP)
Palmeiras: Marcos (Diego Cavalieri); Élder Granja, Gustavo, Henrique e Leandro; Pierre, Martinez, Diego Souza e Valdivia; Kléber (Denílson) e Alex Mineiro (Lenny). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Ponte Preta: Aranha; Eduardo Arroz, César, João Paulo e Vicente; Deda, Ricardo Conceição, Elias (Giuliano) e Renato Cajá; Luís Ricardo e Leandro (Wanderley). Técnico: Sérgio Guedes.
Gols: Ricardo Conceição contra (19’ do 1ºT-PAL), Alex Mineiro (33’ do 1ºT-PAL), Valdivia (27’ do 2ºT-PAL), Alex Mineiro (30’ do 2ºT-PAL) e Alex Mineiro (32’ do 2ºT-PAL).
Campeonato Paulista – 1996
Campanha:
Jogos: 30 (27 vitórias,2 empates e 1 derrota)
Gols marcados: 102
Gols sofridos: 19
Jogo decisivo:
Palmeiras 2×0 Santos
Campeonato Paulista (14ª rodada do 2º turno)
02/06/1996
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Público: 27.000
Árbitro: Oscar Ruiz (COL)
Cartão vermelho: Edinho
Palmeiras: Velloso; Cafu, Sandro Blum, Cléber (Cláudio) e Júnior (Elivélton); Amaral (Marquinhos), Galeano, Djalminha e Rivaldo; Müller e Luizão. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Santos: Edinho; Cláudio, Sandro, Narciso e Marcos Adriano; Gallo, Baiano, Jamelli e Robert (Camanducaia); Macedo (Nando) e Giovanni. Técnico: Orlando Lelé.
Gols: Luizão (6’ do 1ºT-PAL) e Cléber (34’ do 2ºT- PAL).
Campeonato Paulista – 1994
Disputado no Estádio Bruno José Daniel, o jogo era decisivo para ambas as equipes, pois, se de um lado o Alviverde almejava o título, do outro o adversário do ABC paulista lutava contra o rebaixamento. Foi aí que a estrela do artilheiro brilhou – Mazinho cobrou falta e Evair, de cabeça, fez o gol do título. O time cadenciou a partida até o cronômetro chegar à casa dos 40 minutos do segundo tempo, quando uma série de palmeirenses, com o intuito de comemorar o título iminente, começou uma invasão ao gramado. Vários atletas já estavam no vestiário quando o policiamento conseguiu colocar os torcedores em seus devidos lugares. Assim, os cinco minutos finais foram disputados até o trilo final de Renato Marsiglia sacramentar a conquista. No último compromisso do campeonato, o Palmeiras ainda encarou o Corinthians, e Evair e Edílson não deram chances para o rival estragar a festa e garantiram o 2 a 1.
Campanha
Jogos: 30 (20 vitórias, 7 empates e 3 derrotas)
Gols marcados: 63
Gols sofridos: 22
Jogo decisivo:
Palmeiras 1×0 Santo André
Campeonato Paulista de 1994 (29ª rodada)
12/05/1994
Estádio Bruno José Daniel. Santo André-SP
Público: 10.839
Árbitro: Renato Marsiglia (RS)
Palmeiras: Fernández; Cláudio, Tonhão (Alexandre Rosa), Ricardo (Amaral) e Roberto Carlos; César Sampaio, Rincón, Mazinho e Zinho; Edílson e Evair. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Santo André: Sílvio; Marcão, Agnaldo, Correia e Cipó; Candeias, Marcos Paulo (Zinho), Marquinhos, Jorginho e Rizza; Claudinho. Técnico: Jair Picerni.
Gol: Evair (19’ do 1Tº).
Campeonato Paulista – 1993
A parceria firmada com a multinacional Parmalat um ano antes rendeu seu primeiro grande fruto logo diante do maior rival – após contratações de peso, o Verdão formou uma verdadeira seleção e faturou o troféu estadual de 1993 quebrando um tabu de quase 17 anos de sofrimento. Mazinho e Zinho foram adquiridos em 1992, mas Antônio Carlos, Roberto Carlos e Edmundo foram comprados exclusivamente para este Paulistão. Estes craques se juntaram à Velloso, César Sampaio e Evair, formando um time quase imbatível. Pior para o Corinthians. O torneio contou com 30 equipes que disputaram o título por intermédio de duas fases, a primeira com todas as agremiações e a segunda com as oito mais bem classificadas. Na etapa inicial, os times foram divididos em dois grupos – um continha os 16 melhores do ano anterior e o outro os 12 piores somados aos dois clubes recém-promovidos da segunda divisão. Alocado no primeiro bloco, o Verdão liderou esta etapa com folga, terminando com 19 triunfos, 6 empate e 5 derrotas. O desempenho credenciou o Verdão a disputar, em turno e returno, com Guarani, Rio Branco e Ferroviária uma das vagas para a final. Vencendo todos os compromissos diante de campineiros, americanenses e araraquarenses, o Alviverde garantiu, com facilidade, a presença na finalíssima. A vítima na quebra do tabu foi justamente o Corinthians, que, antes de cruzar com os palestrinos, eliminou São Paulo, Santos e Novorizontino. Porém, com apenas 13 minutos de decisão, Neto cobrou falta para a área e Viola completou, abrindo o placar para os corintianos. Na comemoração, o atacante imitou um porco, fato que irritou a torcida e foi usado por Vanderlei Luxemburgo para motivar seus atletas para partida de volta. O Palmeiras voltou com outra postura para o histórico embate do dia 12 de junho, realizando uma partida quase perfeita. Com pouco mais de meia hora de jogo, Evair protegeu bem a bola e serviu Zinho, que, de perna direita, colocou os palmeirenses na frente. O regulamento previa que qualquer vitória, independentemente da diferença de gols, levaria o prélio para prorrogação, mas, para não deixar dúvidas, o Matador tratou de ampliar, após pela jogada de Mazinho. Edílson ainda teve tempo de marcar o terceiro, levando o confronto para o tempo extra. Atordoado, o adversário não conseguiu reagir e Evair anotou novamente – Ricardo cometeu pênalti e o camisa 9 converteu com a maestria que lhe era familiar. O sofrimento chegou ao fim e uma nova era começou. A Era Parmalat. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 38 (26 vitórias, 6 empates e 6 derrotas)
Gols marcados: 72
Gols sofridos: 30
Palmeiras 4×0 Corinthians
Campeonato Paulista (Final – 2º jogo)
12/06/1993
Estádio do Morumbi. São Paulo-SP
Público: 104.401
Árbitro: José Aparecido de Oliveira (SP)
Expulsões: Ezequiel (COR), Henrique (COR), Tonhão (PAL) e Ronaldo (COR)
Palmeiras: Sérgio; Mazinho, Antônio Carlos, Tonhão e Roberto Carlos; César Sampaio, Daniel Frasson, Edílson (Jean Carlo) e Zinho; Edmundo e Evair (Alexandre Rosa). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Corinthians: Ronaldo; Leandro Silva, Marcelo Djian, Henrique e Ricardo; Ezequiel, Marcelinho Paulista e Neto; Paulo Sérgio, Adil (Tupãzinho) (Wilson) e Viola. Técnico: Nelsinho Baptista.
Gols: Zinho (36’ do 1ºT), Evair (29’ do 2ºT), Edílson (38’ do 2ºT) e Evair (9’ do 1ºT da prorrogação).
Campeonato Paulista – 1976
Muitas vezes lembrado como o último título de Ademir da Guia e a derradeira conquista da Academia, o título estadual de 1976, entretanto, merece outros destaques. Como, por exemplo, os 28 jogos disputados com apenas uma única derrota, o recorde de público do Estádio Palestra Italia ou os primorosos lances protagonizados por Divino e companhia. Na primeira fase do torneio, 18 equipes jogaram em turno único, divididas em três grupos, nos quais as quatro melhores avançaram. Alocado no grupo C, o Verdão teve nove triunfos, sete empates e uma derrota, avançando como líder. Na segunda etapa, as 12 agremiações restantes se enfrentaram para, em pontos corridos, definir o campeão. O Alviverde largou com quatro vitórias seguidas e não deixou mais da ponta, brigando com XV de Piracicaba, Guarani, Botafogo, América e São Paulo. Na antepenúltima rodada, o Palmeiras foi até o Morumbi, onde enfrentou justamente os rivais são-paulinos. O time da casa precisava desesperadamente da vitória, porém Ademir logo tratou de eliminar o adversário, marcando aos três minutos de jogo e garantindo o 1 a 0. No penúltimo compromisso, uma igualdade diante dos piracicabanos dava o título ao clube, fato que levou 40.283 palmeirenses ao Estádio Palestra Italia, um recorde que permanece até os dias atuais. Não decepcionando a torcida, Edu Bala levantou a bola na área e Jorge Mendonça marcou o tento da conquista. Na semana seguinte, os palestrinos ainda enfrentaram o Corinthians só para cumprir tabela – Jorge Mendonça marcou duas vezes, encerrando a participação esmeraldina com mais um êxito. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 28 (17 vitórias, 10 empates e 1 derrota)
Gols marcados: 39
Gols sofridos: 18
Palmeiras 1×0 XV de Piracicaba
Campeonato Paulista de 1976 (Segunda fase – 10ª rodada)
18/08/1976
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Público: 40.283
Árbitro: Romualdo Arppi Filho (SP)
Palmeiras: Leão; Valdir, Samuel, Arouca e Ricardo Longhi; Pires e Ademir da Guia; Edu Bala, Jorge Mendonça, Toninho e Nei. Técnico: Dudu.
XV de Piracicaba: Doná; Volmil, Fernando, Elói e Almeida; Muri e Vágner; Pitanga, Nardela (Capitão), Benê (Paulinho) e João Paulo. Técnico: Dema.
Gol: Jorge Mendonça (39’ do 1ºT).
Campeonato Paulista – 1974
Sem seus principais atletas no início da temporada por causa da Copa do Mundo, o Palmeiras fracassou no Campeonato Brasileiro e na Libertadores da América. Mas quando os craques voltaram, o clube faturou mais um Paulistão e aumentou o jejum do Corinthians que já durava quase 20 anos. Servindo a seleção brasileira, Leão, Luís Pereira, Alfredo Mostarda, Ademir da Guia, Levinha e César Maluco desfalcaram o Verdão durante boa parte do ano, mas chegaram a tempo de calar um Morumbi com mais de 100 mil corintianos. A fase final do estadual de 1974 reuniu 14 equipes de Bauru, Campinas, Ribeirão Preto, Santos, São Caetano do Sul, São José do Rio Preto, São Paulo e Sorocaba, que se enfrentaram em ida e volta, sendo que os campeões de cada turno fizeram a final. Dividindo atenções com título do Troféu Ramón de Carranza, disputado na Espanha, o Verdão terminou a primeira parte do certame na quinta colocação. Já no segundo turno, o Alviverde enfrentou o maior rival na última rodada, precisando da vitória para garantir a última vaga na finalíssima. O resultado foi um show: 4 a 1 – Leivinha, Brito (contra), Nei e Dudu anotaram; Peri descontou. Com a vitória, o Palmeiras enfrentou o próprio Corinthians nas finais, um adversário pressionado pela seca de títulos, porém confiante pela qualidade de seu elenco. No Pacaembu, Edu Bala abriu o placar logo no primeiro ataque do duelo e Lance empatou na sequência, deixando os times em iguais condições para o segundo jogo. Quatro dias depois, o Morumbi recebeu mais de 100 mil corintianos, porém foi a minoria quem festejou – aos 24 minutos da segunda etapa, Jair Gonçalves levantou a bola na área, Leivinha ganhou de cabeça e ajeitou para Ronaldo, de pé direito, calar a multidão. O 1 a 0 garantiu o 17º Paulista para a sala de troféus do Palestra Italia. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 28 (15 vitórias, 11 empates e 2 derrotas)
Gols Marcados: 40
Gols sofridos: 20
Palmeiras 1×0 Corinthians
Campeonato Paulista de 1974 (Final – 2º jogo)
22/12/1974
Estádio do Morumbi. São Paulo-SP
Público: 120.522
Árbitro: Dulcídio Wanderley Boschillia (SP)
Palmeiras: Leão; Jair Gonçalves, Luís Pereira, Alfredo Mostarda e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Edu Bala, Leivinha, Ronaldo e Nei. Técnico: Oswaldo Brandão.
Corinthians: Bullice; Zé Maria, Brito, Ademir e Vladimir; Tião e Rivellino; Vaguinho, Lance, Zé Roberto (Ivan) e Adãozinho (Pita). Técnico: Sílvio Pirillo.
Gol: Ronaldo (24’ do 2°T-PAL).
Campeonato Paulista – 1972
A renovação de atletas mais experientes por jovens promessas não mudou o estilo de jogo cadenciado e ofensivo da Academia de Futebol do Palmeiras, mantendo a qualidade e o protagonismo da equipe mesmo durante a transição de gerações. Entre este título estadual e o de 1966, a troca foi grande – Valdir de Moraes deu lugar a Émerson Leão no gol, Djalma Santos e Ferrari deixaram as laterais para as entradas de Eurico e Zeca, enquanto, no ataque, Julinho Botelho, Servílio, Ademar Pantera e Rinaldo passaram o posto para Edu Bala, Leivinha, César Maluco e Nei. Junto com as equipes da capital, as melhores agremiações de Araraquara, Campinas, Piracicaba, Santos, São José do Rio Preto e Sorocaba disputaram o Paulistão de 1972 em pontos corridos, turno e returno. Após 21 rodadas, mais de trinta gols marcados e apenas oito sofridos, o Verdão chegou invicto ao último confronto do certame, precisando de um empate para garantir o troféu. O adversário foi justamente o São Paulo, vice-líder, em um Pacaembu lotado. Com um time superior, o Alviverde dominou a primeira etapa, com direito a bola tirada em cima da linha pela zaga são-paulina, e grandes chances de Leivinha e César Maluco arrematadas para fora. No segundo tempo, Ademir da Guia esbanjou dribles e passes, enquanto no setor defensivo Luís Pereira e Alfredo Mostarda seguraram Toninho Guerreiro, artilheiro do torneio. O Palmeiras conquistou seu 16º título paulista e, pela sexta vez, sobre o rival do Morumbi. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 22 (15 vitórias e 7 empates)
Gols marcados: 33
Gols sofridos: 8
Palmeiras 0x0 São Paulo
Campeonato Paulista de 1972 (22ª rodada)
03/09/1972
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Público: 41.974
Árbitro: Oscar Scolfaro (SP)
Palmeiras: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo Mostarda e Zeca; Dudu (Madurga) e Ademir da Guia; Edu Bala (Fedato), Leivinha, César Maluco e Nei. Técnico: Oswaldo Brandão.
São Paulo: Sérgio; Pablo Forlán, Samuel, Arlindo e Gilberto; Edson e Pedro Rocha; Paulo, Terto, Toninho Guerreiro (Zé Carlos) e Paraná (Wilson). Técnico: Alfredo Ramos.
Campeonato Paulista – 1966
A primeira geração da Academia de Futebol já tinha vencido o Paulistão de 1963 e o Rio-São Paulo de 1965 antes de faturar mais um campeonato estadual, desta vez em 1966, e impedir um novo tri do Santos de Pelé (a equipe da Baixada havia sido campeã em 1960, 1961, 1962, 1964 e 1965). Com um Ademir da Guia mais experiente, o Palmeiras conquistou seu 15º Paulistão e, com isso, tornou-se o maior vencedor da história do torneio à época. Disputado em pontos corridos, em turno e returno, o certame reuniu 15 clubes das cidades de Bauru, Bragança Paulista, Campinas, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto, Sorocaba e capital. Comandado por Mário Travaglini, o Verdão disparou na liderança e chegou ao antepenúltimo jogo, diante do Comercial, com condições de encaminhar o troféu de maneira antecipada, esperando, apenas, um tropeço do Santos no dia seguinte. O palco do duelo foi o Estádio Palma Travassos, em Ribeirão, porém o embate começou com um grande susto – o atacante Paulo Bim abriu o placar para os donos da casa. Mas a Academia logo mostrou que o gol sofrido foi um mero fruto do acaso, virando o marcador ainda no primeiro tempo, graças aos gols de Gallardo e Ademar Pantera. Com mais tranquilidade na segunda etapa, os tentos saíram naturalmente – Gallardo (duas vezes) e Servílio deram números finais ao confronto. Bastava, então, torcer para que o Santos não vencesse a Portuguesa no dia seguinte, no complemento da rodada. E foi o que aconteceu. Derrotado por 1 a 0, o Alvinegro Praiano viu acabar as esperanças de igualar o número de pontos dos palmeirenses, que festejaram mais uma conquista. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 28 (20 vitórias, 3 empates e 5 derrotas)
Gols marcados: 65
Gols sofridos: 31
Palmeiras 5×1 Comercial
Campeonato Paulista de 1966 (26ª rodada)
07/12/1966
Estádio Palma Travassos. Ribeirão Preto-SP
Público: 16.108
Árbitro: Ethelvino Rodrigues (SP)
Expulsos: Rinaldo (PAL) e Jorge (COM)
Palmeiras: Valdir de Moraes; Djalma Santos, Djalma Dias, Minuca e Ferrari; Zequinha e Ademir da Guia; Gallardo, Servílio, Ademar Pantera e Rinaldo. Técnico: Mário Travaglini.
Comercial: Rosan; Ferreira, Jorge, Píter e Nonô; Amauri e Jair Bala; Peixinho, Luís, Paulo Bim e Carlos César. Técnico: Alfredinho.
Gols: Paulo Bim (21’ do 1ºT-COM), Gallardo (33’ do 1ºT-PAL), Ademar Pantera (45’ do 1ºT-PAL), Gallardo (25’ do 2ºT-PAL), Servílio (33’ do 2ºT-PAL) e Gallardo (45’ do 2ºT-PAL).
Campeonato Paulista – 1963
O Campeonato Paulista de 1963 foi o primeiro título de uma geração que ficaria conhecida como Academia de Futebol – apelido ganho devido à cadência e ao talento dentro de campo, dando verdadeiras aulas de como se deve praticar o esporte. O esquadrão alviverde foi o único capaz de impedir o decacampeonato estadual do Santos de Pelé entre 1960 a 1969 e, além deste título de 1963, ainda faturou outro Paulistão, um Torneio Rio-São Paulo e três Campeonatos Brasileiros. A conquista inicial desse elenco multivencedor veio sob a batuta de um jovem Ademir da Guia, amparado pela experiência dos ídolos Djalma Santos, Valdemar Carabina e Julinho Botelho. Nenhum dos principais rivais foi páreo para este verdadeiro esquadrão (1 a 0 no Santos, 5 a 2 no Corinthians e 1 a 0 no São Paulo), além de destacáveis goleadas frente a Jabaquara (5×0), São Bento (5×1) e Portuguesa (5×1). Disputado em pontos corridos, o Verdão chegou à penúltima rodada do certame precisando de uma vitória simples, diante de um Noroeste sem maiores pretensões, para sagrar-se campeão. Para não depender do resultado dos vice-líderes são-paulinos, o técnico Sílvio Pirilo colocou seu time pressionando os bauruenses desde o início, porém os rivais do interior resistiram bravamente durante toda a primeira etapa. Mas após o intervalo a história foi outra – Servílio (duas vezes) e Julinho vazaram a defesa adversária, garantindo o 14º título Paulista para a sala de troféus do Palestra Italia. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 30 (22 vitórias, 6 empates e 2 derrotas)
Gols marcados: 67
Gols sofridos: 28
Palmeiras 3×0 Noroeste
Campeonato Paulista de 1963
11/12/1963
Estádio do Pacaembu. São Paulo
Público: 37.023
Árbitro: Anacleto Pietrobom (SP)
Palmeiras: Picasso; Djalma Santos, Djalma Dias e Vicente; Zequinha e Valdemar Carabina; Julinho Botelho, Servílio, Vavá, Ademir de Guia e Gildo. Técnico: Sílvio Pirilo.
Noroeste: Evaristo; Aracito, Virgílio e Gualberto; Romualdo e Gildésio; Daniel, Araras, Zé Carlos, Lourival e Aílton. Técnico: Balbino Simões.
Gols: Servílio (14’ do 2ºT-PAL), Julinho Botelho (17’ do 2ºT-PAL) e Servílio (43’ do 2°T-PAL).
Campeonato Paulista – 1959
Após oito anos sem festejar um título oficial, a torcida palmeirense lotou o Estádio do Pacaembu para testemunhar a histórica vitória do Verdão sobre o Santos de Pelé, no terceiro jogo extra da decisão do Paulistão de 1959. As finais tiveram tanta qualidade técnica e equilíbrio que renderam ao torneio o apelido de Supercampeonato Paulista. Com dois empates e uma vitória, o Alviverde comemorou sua 13ª conquista estadual. Reunindo 20 equipes da capital e do interior, o torneio foi disputado no sistema de pontos corridos, em turno e returno. Com 29 vitórias em 38 jogos, O Palmeiras acumulou grandes goleadas sobre Guarani (6×0), Comercial de São Paulo (6×1), Nacional (7×1), Comercial de Ribeirão Preto (5×1), América (4×0), Taubaté (5×0) e Ponte Preta (6×1). Além de triunfar sobre as equipes menores, os principais rivais também sofreram com a força palestrina (2 a 0 no São Paulo e 3 a 0 no Corinthians), além do show aplicado nos santistas (5×1). Apesar da goleada sofrida, o Santos era um verdadeiro esquadrão, tendo vencido três dos últimos quatro Campeonatos Paulistas. Nesta edição, terminou os turnos com o mesmo número de pontos dos palmeirenses, forçando uma série de jogos de desempate. As forças se equivaliam tanto que os dois primeiros embates acabaram em igualdades. No terceiro duelo, o Santos contou com a volta do atacante Pagão, desfalque nas primeiras partidas, e o reforço logo deu resultado – foi dele o passe para Pelé abrir o placar. Ainda no primeiro tempo, a defesa adversária vacilou e a bola sobrou nos pés de Julinho Botelho. O ponta-direita não perdoou e deixou tudo igual. No início da segunda etapa, Romeiro acertou uma bomba em cobrança de falta e deu números finais ao Supercampeonato de 1959. Foi o terceiro Paulistão conquistado sobre o adversário da Baixada, repetindo os feitos de 1927 (Palestra Italia 3×2 Santos) e 1947 (Palmeiras 2×1 Santos). Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 41 (30 vitórias, 7 empates e 4 derrotas)
Gols marcados: 112
Gols Sofridos: 36
Palmeiras 2×1 Santos
Campeonato Paulista de 1959 (3º jogo de desempate)
10/01/1960
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: Anacleto Pietrobom (SP)
Palmeiras: Valdir de Moraes; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Geraldo Scotto; Zequinha e Chinesinho; Julinho Botelho, Américo, Romeiro e Nardo. Técnico: Oswaldo Brandão.
Santos: Laércio; Urubatão, Getúlio e Dalmo; Formiga e Zito; Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão, Pelé e Pepe. Técnico: Lula.
Gols: Pelé (14′ do 1ºT-SAN), Julinho Botelho (43′ do 1ºT-PAL) e Romeiro (3′ do 2ºT-PAL).
Campeonato Paulista – 1950
Faturando a segunda das Cinco Coroas, o Palmeiras foi campeão estadual pela 12ª vez e novamente sobre o São Paulo, repetindo as conquistas de 1933 (Palestra Italia 1×0 São Paulo da Floresta), 1940 (Palestra Italia 4×1 São Paulo), 1942 (Palmeiras 3×1 São Paulo) e 1944 (Palmeiras 3×1 São Paulo). Os são-paulinos estavam praticamente com o tricampeonato inédito em mãos, porém uma série de tropeços aliada à liderança de Jair Rosa Pinto e um heroico gol do atacante Achilles levaram o Verdão ao título. Reunindo as 12 melhores equipes das cidades de Campinas, Piracicaba, Santos e São Paulo, o campeonato foi disputado por pontos corridos, em turno e returno. Com destaque para as goleadas diante de Guarani (4×0) e Nacional (6×0), o Alviverde chegou às últimas rodadas precisando de muita sorte para ficar com o título – em uma época na qual as vitórias rendiam dois pontos, o rival do Morumbi liderava a tabela com três de vantagem e precisava de apenas dois triunfos simples para levantar o troféu. O Palmeiras fez sua parte, vencendo XV de Piracicaba (1×0) e Portuguesa Santista (3×0), enquanto o São Paulo perdeu para Ypiranga (1×2) e Santos (1×2). Na última rodada, ambos se enfrentaram no Pacaembu, em uma tarde na qual a chuva castigou tanto o gramado que o embate foi batizado de Jogo da Lama. A vantagem do empate era palmeirense, mas quem começou melhor foi o adversário – Teixeirinha abriu o placar logo no início, enquanto a linha média composta por Rui, Bauer e Noronha segurou a criação ofensiva do Verdão e garantiu a vantagem mínima até o intervalo. Foi neste instante que o genial Jair Rosa Pinto fez a diferença, pois, usando de sua liderança dentro do grupo, deu uma das maiores duras já testemunhadas pelos vestiários do estádio municipal. E deu certo, já que, no começo da etapa derradeira, Jair começou a jogada e entregou a bola nos pés de Achilles: o atacante não desperdiçou e acabou com as esperanças do tricampeonato são paulino. Em entrevista ao site oficial do clube, o responsável pelo gol do título definiu seu feito como “a coisa mais importante” que fez na vida. Campanha: Jogo do título:
Jogos: 22 (13 vitórias, 6 empates e 3 derrotas)
Gols marcados: 45
Gols sofridos: 22
Palmeiras 1×1 São Paulo
Campeonato Paulista de 1950 (22ª rodada)
28/01/1951
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: Alwin Bradley (ING)
Palmeiras: Oberdan; Turcão e Oswaldo; Waldemar Fiúme, Luiz Villa e Sarno; Lima, Canhotinho, Achilles, Jair Rosa Pinto e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon.
São Paulo: Mário; Savério e Mauro; Rui, Bauer e Noronha; Dido, Remo, Friaça, Leopoldo e Teixeirinha. Técnico: Vicente Feola.
Gols: Teixeirinha (4’ do 1ºT-SPA) e Achilles (15’ do 2ºT-PAL).
Campeonato Paulista – 1947
O título paulista de 1947 ficou marcado por ser o primeiro de muitos conquistados pelo técnico recordista de vitórias pelo clube, o mito Oswaldo Brandão. Com quase 350 triunfos à frente do time palestrino, 17 deles neste Paulista, o comandante faturou o 11º estadual da história alviverde e, pela segunda vez, a conquista esmeraldina foi sobre os santistas, repetindo o feito de 1927. Assim como nos regulamentos anteriores, o Campeonato Paulista teve 11 agremiações, sendo disputado por pontos corridos, em turno e returno. Vencendo todos os rivais e com oito triunfos consecutivos (3×0 Portuguesa Santista, 3×0 Juventus, 1×0 Santos, 2×0 Portuguesa, 1×0 Nacional, 3×1 Corinthians, 4×3 São Paulo e 7×1 Comercial de São Paulo), o Palmeiras chegou à penúltima rodada dependendo só de suas próprias forças para ficar com o troféu. No compromisso que valeu o título, o clube visitou os santistas na Vila Belmiro, porém nem o caldeirão da Baixada conseguiu frear o esquadrão palmeirense – o zagueiro Turcão abriu o placar logo no início e o atacante Arturzinho ampliou antes do término da primeira etapa. O ponta-direita Odair ainda diminuiu de pênalti, mas a reação dos donos da casa parou por aí. Com quatro pontos de vantagem sobre os corintianos, os palmeirenses não foram mais alcançados, assim Oswaldo Brandão e seus comandados puderam, enfim, comemorar a conquista. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 20 (17 vitórias, 2 empates e 1 derrota)
Gols marcados: 51
Gols sofridos: 16
Palmeiras 2×1 Santos
Campeonato Paulista de 1947 (19ª rodada)
28/12/1947
Estádio Vila Belmiro. Santos-SP
Árbitro: Francisco Kohn Filho (SP)
Expulso: Arturzinho (PAL)
Palmeiras: Oberdan; Caieira e Turcão; Zezé Procópio, Túlio e Waldemar Fiúme; Lula, Arturzinho, Oswaldinho, Lima e Canhotinho. Técnico: Oswaldo Brandão.
Santos: René; Dinho e Expedito; Nenê, Dacunto e Alfredo; Odair, Zeferino, Adolfrizes, Antoninho e Leonaldo. Técnico: Abel Picabéa.
Gols: Turcão (14’ do 1ºT-PAL), Arturzinho (37’ do 1ºT-PAL) e Odair (5’ do 2ºT-PAL).
Campeonato Paulista – 1944
Repetindo o feito da Arrancada Heroica, o Palmeiras sagrou-se campeão estadual em 1944 após uma vitória sobre o São Paulo. Nem a controversa ausência do médio Dacunto foi suficiente para frear o esquadrão alviverde, que conquistou o troféu com duas rodadas de antecedência. Foi o 10º título paulista do Verdão e a quarto sobre os são paulinos – como nos anos de 1933 (Palestra Italia 1×0 São Paulo da Floresta), 1940 (Palestra Italia 4×1 São Paulo) e 1942 (Palmeiras 3×1 São Paulo). O Paulistão de 1944 foi composto por 11 equipes, disputado por pontos corridos, em turno e returno. Com destaque para vitórias diante de Corinthians (4×1) e Santos (2×1), além de goleadas diante da Portuguesa (5×1) e do Comercial de São Paulo (5×1), o Palmeiras chegou ao antepenúltimo jogo do campeonato precisando de um triunfo simples para ficar como título. Mas, às vésperas da final antecipada, uma polêmica. O São Paulo defendeu a tese de que Dacunto, por ter sido excluído (na época não havia cartão vermelho) da partida anterior contra o Juventus, não poderia mais atuar na competição. Uma tese, aliás, que não constava no regulamento. Instaurou-se, então, um Tribunal de Penas Desportivas, que decidiu suspender o argentino por conta da pressão de bastidores exercida pelos são-paulinos. Com a ausência de Dacunto, o jovem atacante vindo da base Waldemar Fiúme foi o escolhido para atuar no meio e não decepcionou: o Verdão acabou vencendo por 3 a 1 (dois de Caxambu e um de Villadoniga; Pardal descontou) e garantiu a taça. Na comemoração, a torcida palmeirense adaptou uma marchinha de Carnaval da época e deixou o Pacaembu cantando “Com Dacunto ou sem Dacunto, eu ganho! Com Dacunto ou sem Dacuto, o São Paulo é defunto!”. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 20 (15 vitórias, 2 empates e 3 derrotas)
Gols marcados: 50
Gols sofridos: 19
Palmeiras 3×1 São Paulo
Campeonato Paulista de 1944 (18ª rodada)
17/09/1944
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: João Etzel (SP)
Palmeiras: Oberdan; Caieira e Junqueira; Og Moreira, Waldemar Fiúme e Gengo; González, Lima, Caxambu, Villadoniga e Jorginho. Técnico: Ventura Cambon.
São Paulo: King; Piolim e Virgílio; Zezé Procópio, Rui e Noronha; Luizinho Mesquita, Sastre, Leônidas da Silva, Tim e Pardal. Técnico: Jorge de Lima.
Gols: Caxambu (12’ do 1ºT-PAL), Caxambu (13’ do 1ºT-PAL), Pardal (16’ do 1ºT-SPA) e Villadoniga (34’ do 2ºT-PAL).
Campeonato Paulista – 1942
Em meio à Segunda Guerra Mundial e às fortes pressões políticas exercidas tanto pela opinião pública quanto pelo presidente Getúlio Vargas, os atletas palestrinos foram obrigados a superar todas as dificuldades fora de campo para faturar o 9º título estadual da história do clube, justamente sobre o São Paulo, agremiação que mais incentivou a perseguição aos italianos. Em menos de um ano, o Palestra Italia foi obrigado a mudar de nome duas vezes e quase perdeu seu próprio estádio, mas nem assim o talento e a valentia do time de Oberdan, Junqueira, Og Moreira, Echevarrieta e companhia foi superado. Em março de 1942, as críticas sobre todas as instituições que tinham quaisquer relações com os países do Eixo na Segunda Guerra se tornam insustentáveis. O Germânia virou Pinheiros, o Hespanha virou Jabaquara e o Palestra Italia virou Palestra de São Paulo. A primeira competição oficial com a nova nomenclatura foi justamente o Paulistão deste mesmo ano, disputado por outras 10 equipes, em pontos corridos, turno e returno. No entanto, ao longo do torneio, as autoridades não se deram por satisfeitas e exigiram a extinção da palavra “Palestra”. Com medo de pesadas sanções governamentais, o clube cedeu e decidiu pela nova alcunha de Sociedade Esportiva Palmeiras. O Palestra de São Paulo deixou o campeonato na liderança, com 16 vitórias, dois empates e nenhuma rodada, enquanto o Palmeiras fez seu primeiro jogo contra o São Paulo e valendo o título. Ironicamente, o triunfo garantiu a taça logo no primeiro jogo da história do Palmeiras e em cima de um dos adversários que mais pressionou as raízes italianas do clube. Quando o time entrou em campo no dia 20 de setembro de 1942, a expectativa era de ser recebido como o traidor da pátria, sob vaias e talvez até pedradas. A solução foi adentrar o gramado do Pacaembu com a bandeira brasileira e um legítimo representante nacional, o Capitão do Exército Adalberto Mendes, acalmando, assim, o público presente no estádio. Dentro das quatro linhas, o Verdão abriu o marcador aos 20 minutos com Cláudio, mas Waldemar de Brito empatou logo na sequência. Antes do intervalo, Del Nero ampliou e Echevarrieta fez o terceiro no começo do segundo tempo. Quatro minutos após o gol argentino, o são paulino Virgílio foi expulso ao derrubar Og Moreira na área, fato que deixou os rivais tão revoltados com a marcação da penalidade que decidiram abandonaram a partida. Os palmeirenses ficaram livres para comemorar mais um título estadual – a nomenclatura era outra, porém a tradição e a qualidade se mantiveram as mesmas. O Palestra, que morreu invicto, viu o Palmeiras nascer campeão! Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 20 (17 vitórias, 2 empates e 1 derrota)
Gols marcados: 65
Gols sofridos: 19
Palmeiras 3×1 São Paulo
Campeonato Paulista de 1942 (19º rodada)
20/09/1942
Expulsão: Virgílio
Palmeiras: Oberdan; Junqueira e Begliomini; Zezé Procópio, Og Moreira e Del Nero; Cláudio, Waldemar Fiúme, Villadoniga, Lima e Echevarrieta. Técnico: Del Debbio.
São Paulo: Doutor; Piolin e Virgílio; Lola, Noronha e Silva; Luizinho Mesquita, Waldemar de Brito, Leônidas da Silva, Remo e Pardal. Técnico: Conrado Ross.
Gols: Cláudio (19’ do 1º-PAL), Waldemar de Brito (23’ do 1ºT-SPA), Del Nero (43’ do 1ºT-PAL) e Echevarrieta (14’ do 2ºT-PAL)
Campeonato Paulista – 1940
Ao vencer o São Paulo por 4 a 1, o Palestra conquistou seu oitavo torneio estadual e o primeiro da história do Pacaembu, local onde o Verdão foi o protagonista na inauguração e até hoje é o principal vencedor. Na primeira partida do novo campo, um triunfo sobre Coritiba por 6 a 2. Na semana seguinte, um 2 a 1 no Corinthians garantiu o primeiro troféu do estádio, a Taça Cidade de São Paulo. Depois deste, foram mais quase 30 títulos no local, com destaque para três Torneios Rio-São Paulo, três Campeonatos Brasileiros e sete Paulistas. O primeiro destes Campeonatos Paulistas foi justamente no mesmo ano de 1940, certame disputado por 11 equipes, no sistema de pontos corridos, em turno e returno. Com goleadas diante de Juventus (4×0), Comercial de São Paulo (5×0) e Ypiranga (5×1), o Alviverde chegou à última rodada com 14 vitórias, três empates e apenas duas derrotas. Porém, se perdesse o derradeiro duelo frente aos são paulinos, poderia ver a Portuguesa alcançá-lo no número de pontos, forçando uma sequência de jogos extras. Mas esta hipótese esteve longe de se concretizar, pois, antes dos 15 minutos de bola rolando, o ponta-esquerda Pipi inaugurou o marcador, e antes do término da etapa inicial, o avante Echevarrieta ampliou para o Palestra. Os comandados de Caetano de Domenico voltaram do intervalo com a mesma volúpia apresentada no começo do embate e o artilheiro argentino marcou novamente, seguido pelo gol do ponta-esquerda Luizinho Mesquita; Hemédio diminuiu. Este título ficou marcado por ser o último com a nomenclatura original de fundação, pois, a partir de 1942, o clube se tornou Palestra de São Paulo e, posteriormente, Palmeiras. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 22 (16 vitórias, 4 empates e 2 derrotas)
Gols marcados: 59
Gols sofridos: 21
Palestra Italia 4×1 São Paulo
Campeonato Paulista de 1940 (20ª rodada)
08/12/1940
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: Elpídio Fiorda (SP)
Palestra Italia: Gijo; Carnera e Junqueira; Garro, Oliveira e Del Nero; Luizinho Mesquita, Canhoto, Echevarrieta, Lima e Pipi. Técnico: Caetano de Domenico.
São Paulo: Pedrosa; Juarez e Squarza; Felipelli, Lola e Orozimbo; Mendes, Jofre, Hemédio, Remo e Paulo. Técnico: Ramón Platero.
Gols: Pipi (14’ do 1ºT-PAL), Echevarrieta (44’ do 1ºT-PAL), Echevarrieta (9’ do 2ºT-PAL), Luizinho Mesquita (17’ do 2ºT-PAL) e Hemédio (42’ do 2ºT-SPA).
Campeonato Paulista – 1938 (Extra)
O Palestra Italia venceu o Corinthians na final da edição extra do Campeonato Paulista em 1938, torneio realizado pela LFESP (Liga de Futebol do Estado de São Paulo), entidade associada à CBD e organizadora do estadual do mesmo ano, que teve como intuito manter as equipes em atividade já que o Paulistão ficou quase seis meses paralisado em virtude da Copa do Mundo. Foi o bicampeonato Extra do clube, que havia vencido o Sírio por 1 a 0 na final da primeira edição disputada em 1926. O certame contou com 12 times que se enfrentaram em ida e volta dentro de grupos com quatro agremiações cada, sendo que apenas o líder avançou de fase. Diante de Hespanha (atual Jabaquara), São Paulo e Ypiranga, o Verdão acumulou cinco vitórias e uma derrota, ficando com o primeiro lugar. Na semifinal, o adversário foi o São Paulo Railway (atual Nacional de São Paulo) e, após um empate (1×1) e uma vitória (3×0), o Palestra chegou à final diante do maior rival. Em um duelo muito nervoso, ambas as equipes não conseguiram transpassar as defesas adversárias, deixando a definição do título para o segundo jogo. Na tarde do dia 18 de setembro de 1938, a história foi outra – logo aos 16 minutos, o avante Barrilote abriu o placar para os palestrinos. No início da segunda etapa, Rolando ampliou a vantagem, levantando ao delírio o público que compareceu em peso ao Estádio Palestra Italia. Teleco ainda descontou, mas nada que tirasse o brilho do bicampeonato Paulista Extra do Verdão. Desta vez sobre os corintianos. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 10 (7 vitórias, 2 empates e 1 derrota)
Gols marcados: 21
Gols sofridos: 7
Palestra Italia 2×1 Corinthians
Campeonato Paulista Extra de 1938 (Final – 2º jogo)
18/09/1938
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Árbitro: José Alexandrino (SP)
Palestra Italia: Jurandyr; Carnera e Junqueira (Begliomini); Ruiz, Goliardo e Del Nero; Filó, Luizinho Mesquita, Barrilote, Rolando e Mathias III. Técnico: Ramón Platero.
Corinthians: José I (Faustino); Miro e Carlos; Jango (Munhoz), Brandão e Tião; Lopes, Servílio (Carlito), Teleco, Carlinhos e Wilson. Técnico: Del Debbio.
Gols: Barrilote (16’ do 1ºT-PAL), Rolando (9’ do 2ºT-PAL) e Teleco (25’ do 2ºT-COR).
Campeonato Paulista – 1936
Na primeira final estadual envolvendo Palestra e Corinthians, os italianos levaram a melhor em uma disputa de três jogos. Com duas vitórias e um empate, o Verdão conquistou o sétimo Paulistão de sua história, o quarto em cinco anos (1932, 1933, 1934 e 1936). Novamente rachado, o torneio teve duas ligas disputadas de forma paralela, uma patrocinada pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD, atual CBF) e outra dissidente, apoiada pela Federação Brasileira de Futebol. Indo contra a tendência mundial, a CBD era defensora da manutenção do amadorismo no esporte, entrando em colisão ideológica com a principal entidade organizadora dos Campeonatos Paulistas até então, a APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos). Visando enfraquecê-la, a CBD criou a LPF (Liga Paulista de Futebol) e, sendo a entidade oficial do Brasil na FIFA, atraiu as principais equipes, como Palestra Italia, Corinthians e Santos. Já equipes como a Portuguesa e o Ypiranga optaram por permanecer na liga favorável ao profissionalismo. O torneio organizado pela LPF foi disputado por pontos corridos e em dois turnos, sendo que o campeão de cada um deles se credenciou para disputar a final. Os corintianos conquistaram a primeira metade de maneira invicta, mas, depois de incríveis seis derrotas, viram o Verdão levar o segundo turno. Nas finais, o Palestra se mostrou muito superior psicologicamente – no primeiro jogo, assistiu ao rival abandonar o campo aos 31 minutos do segundo tempo, após Frederico garantir a vitória palestrina por 1 a 0. Já no Parque São Jorge, segurou um nervoso 0 a 0. E no terceiro e último embate, precisou de 10 minutos para garantir o triunfo e o título – Luizinho e Moacyr marcaram; Filó descontou. Campanha: Jogo decisivo
Jogos: 24 (17 vitórias, 4 empates e 3 derrotas)
Gols marcados: 71
Gols sofridos: 16
Palestra Italia 2×1 Corinthians
Campeonato Paulista (LPF) de 1936 (Final – Terceiro Jogo)
09/05/1937
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Público: 18.000
Juiz: Antônio Sotero de Mendonça (SP)
Palestra Italia: Jurandyr; Carnera e Begliomini; Tunga, Dula e Del Nero; Frederico, Luizinho, Niginho, Moacyr e Gino Imparato. Técnico: Matturio Fabbi.
Corinthians: José I; Jaú e Jango; Brito, Brandão e Munhoz; Filó, Lopes, Teleco, Rato I e Carlinhos. Técnico: Antônio Pereira e Neco.
Gols: Luizinho (1’ do 1°T-PAL), Moacyr (10’ do 1ºT-PAL) e Filó (16’ do 2ºT-COR).
Campeonato Paulista – 1934
No mesmo dia no qual completou 20 anos de fundação, o Palestra Italia venceu o Atlético Paulista na penúltima rodada do campeonato estadual e entrou para o seleto grupo de times que conseguiram conquistar três títulos paulistas em sequência, juntando-se a São Paulo Athletic, Paulistano e Corinthians. Mantendo a base dos anos anteriores e se reforçando com os irmãos Aymoré e Zezé Moreira, o clube conquistou o sexto Paulistão de sua história. Em um torneio relativamente curto – disputado em pontos corridos, por oito equipes que se enfrentaram em turno e returno –, não houve tempo para errar. O time palestrino engatou grandes goleadas diante do Ypiranga (7×1 e 5×0), Sírio (6×0 e 4×0) e do rival Santos (5×0), chegando à penúltima rodada com 11 vitórias e um empate. Era preciso um triunfo simples sobre o penúltimo colocado para ficar com o título, fato que se mostrou mais difícil do que o imaginado quando o primeiro tempo acabou em 0 a 0. As palavras do técnico Humberto Cabelli surtiram efeito no intervalo, pois o time voltou diferente para a segunda etapa. Gabardo abriu o placar aos 5 minutos e, logo na sequência, Gutierrez e Lara ampliaram. Zuta ainda diminui para os donos da casa, mas nada que tirasse o brilhantismo da equipe com o melhor ataque, melhor defesa e detentora do artilheiro do campeonato – Romeu Pellicciari, com 13 gols em 14 jogos. Campanha: Jogo decisivo:
Jogos: 14 (12 vitórias, 1 empate e 1 derrota)
Gols marcados: 45
Gols sofridos: 8
Palestra Italia 3×1 Atlético Paulista
Campeonato Paulista de 1934 (13ª rodada)
26/08/1934
Estádio Antônio Alonso. São Paulo-SP
Juiz: Victor Carratu (SP)
Palestra Italia: Aymoré; Carnera e Junqueira; Zezé Moreira, Dula e Tuffy; Álvaro, Elísio Gabardo, Romeu Pellicciari (Gutierrez), Lara e Vicente. Técnico: Humberto Cabelli.
Atlético Paulista: Rossetti; Pinheiro e Pedro; Antunes, Del Popolo e Atílio; Guilherme, Zuta, Heitor, Del Vecchio e Jaime.
Gols: Elísio Gabardo (5’ do 2ºT-PAL), Gutierrez (13’ do 2ºT-PAL), Lara (19’ do 2ºT-PAL) e Zuta (32’ do 2ºT-APA).
Campeonato Paulista – 1933
O quinto Campeonato Paulista do Palestra, o segundo em sequência, ficou marcado por ser o primeiro da era profissional do futebol. Com jogos que valiam pontos tanto no torneio estadual quanto para o Rio-São Paulo, o Verdão sagrou-se campeão vencendo o São Paulo da Floresta e ainda aplicou a maior goleada da história dos clássicos diante do Corinthians.
Com oito equipes participantes – Corinthians, Palestra Italia, Portuguesa, Santos, São Bento da capital, São Paulo, Sírio e Ypiranga –, o certame foi disputado no sistema de pontos corridos e em dois turnos. Mas, tão marcante quanto o título, a partida disputada na tarde do dia 5 de novembro marcou a maior goleada do Alviverde sobre os corintianos. Liderados por Romeu Pellicciari e Gino Imparato, os palestrinos marcaram implacáveis oito gols e não sofreram nenhum; Romeu (quatro vezes), Elísio Gabardo e Imparato (três vezes) anotaram.
Na última rodada, o adversário foi o São Paulo da Floresta. O lotado Estádio Palestra Italia, recém-reinaugurado, assistia a um 0 a 0 que teimava em continuar no placar. Até que, na metade da segunda etapa, o decisivo Avelino deixou sua marca – o ponta-direita, que neste mesmo ano marcou na reabertura do Parque Antártica (6 a 0 contra o Bangu), deixou sua marca novamente e a vitória alviverde.
Campanha:
Jogos: 14 (12 vitórias, 1 empate e 1 derrota)
Gols marcados: 48
Gols sofridos: 13
Jogo decisivo:
Palmeiras 1×0 São Paulo da Floresta
Campeonato Paulista de 1933 (14ª rodada)
12/11/1933
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Público: 35.000
Juiz: Alzemiro Ballio (SP)
Palestra Italia: Nascimento; Carnera e Junqueira; Tunga, Dula e Tuffy; Avelino, Elísio Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara e Gino Imparato. Técnico: Humberto Cabelli.
São Paulo da Floresta: José; Sílvio e Iracino; Rafa, Zarzur e Orozimbo; Luizinho, Armandinho, (Friedenreich), Valdemar de Brito, Araken Patusca e Hércules.
Gols: Avelino (24’ do 2ºT-PAL).
Campeonato Paulista – 1932
Apesar de vencer os Campeonatos Paulistas de 1920, 1926 e 1927, a consolidação futebolística do Palestra Italia ocorreu mesmo nos anos 30, com um título do Rio-São Paulo e mais cinco troféus estaduais. A primeira destas conquistas foi a de 1932, com direito a 100% de aproveitamento e maior goleada em clássicos diante do Santos.
Naquele ano, em decorrência da Revolução Constitucionalista, o torneio sofreu quatro meses de paralisação, forçando seus organizadores a encurtarem a disputa, realizada em turno único entre as 12 agremiações participantes. Com vitórias sobre Sírio (4×0), São Paulo da Floresta (3×2), São Bento de São Paulo (2×1), Internacional (3×1), Juventus (3×1), Atlético Santista (7×0), Ypiranga (4×2) e Corinthians (3×0), o Alviverde chegou à antepenúltima rodada precisando de um triunfo simples para levantar a taça.
Em mais uma tarde inspirada de Romeu Pellicciari, artilheiro desta edição de Campeonato Paulista, o Palestra venceu a Portuguesa por 3 a 0 – dois gols dele e um de Avelino. Porém mesmo com o título garantido, o Verdão não diminuiu seu ímpeto e nos seus últimos dois compromissos, goleou o Germânia por 9 a 1 e o Santos por 8 a 0, sendo esta a maior goleada em clássicos entre palestrinos e santistas.
Campanha:
Jogos: 11 (11 vitórias)
Gols marcados: 48
Gols sofridos: 8
Jogo decisivo:
Palestra Italia 3×0 Portuguesa
Campeonato Paulista de 1932 (9ª rodada)
20/11/1932
Estádio da União Artística e Recreativa Cambuci. São Paulo-SP
Juiz: Antônio Sotero de Mendonça (SP)
Palestra Italia: Nascimento; Loschiavo e Junqueira; Tunga, Goliardo e Adolfo; Avelino, Sandro, Romeu Pellicciari, Lara e Gino Imparato. Técnico: Humberto Cabelli.
Portuguesa: Valdemar; Raposo e Machado; Pixo, Barros e Xaxá; Teixeira, Dimas, Russinho, Pasqualino e Luna.
Gols: Avelino (24’ do 1ºT-PAL), Romeu Pellicciari (34’ do 1ºT-PAL) e Romeu Pellicciari (11’ do 2ºT-PAL).
Campeonato Paulista – 1927
Embalado pela conquista do Paulista de 1926, o Palestra Italia repetiu o feito na temporada seguinte e sagrou-se, pela primeira vez em sua história, bicampeão estadual. A vitória que garantiu o troféu ocorreu em plena Vila Belmiro e diante de um dos melhores times que o Santos já montou – liderado por Araken Patusca e Feitiço, o ataque santista marcou 100 gols em 16 jogos, atingindo uma impressionante média de 6,25 tentos por partida. Mas nem esse poderio ofensivo foi capaz de superar a combinação entre a defesa comandada por Bianco e o ataque chefiado por Heitor.
O campeonato novamente teve duas ligas, uma favorável à profissionalização do esporte (APEA) e outra defensora da manutenção dos ideais amadores (LAF). Como na edição passada, o Palestra optou por disputar a primeira delas, composta por 14 equipes que se enfrentaram em turno único, sendo que as quatro mais bem classificadas avançaram para um quadrangular final, também disputado apenas em jogos de ida.
O Alviverde terminou a primeira etapa do torneio de maneira invicta e na liderança da classificação – apenas um empate e 12 triunfos, incluindo grandes goleadas frente ao Primeiro de Maio (9×0), ao Barra Funda (8×0) e ao Corinthians de São Bernardo (11×2). Já na reta decisiva do certame, o Verdão venceu o Guarani e visitou o Santos na penúltima rodada, precisando de uma vitória para ficar com o título. Nem o talento de Araken, artilheiro desta edição, conseguiu tirar a taça das mãos dos italianos – Tedesco, Lara e Perillo marcaram para os palestrinos; Siriri e Camarão descontaram.
Campanha:
Jogos: 16 (14 vitórias, 1 empate e 1 derrota)
Gols marcados: 78
Gols sofridos: 22
Jogo decisivo:
Palestra Italia 3×2 Santos
Campeonato Paulista de 1927 (Quadrangular Final – 3ª rodada)
04/03/1928
Estádio Vila Belmiro. Santos-SP
Público: 15.000
Juiz: Anthero Molinaro (SP)
Palestra Italia: Perth; Bianco e Miguel; Xingo, Goliardo e Serafini; Tedesco, Heitor, Armandinho, Lara e Perillo. Técnico: Joaquim Almeida (Bororó).
Santos: Athiê; Bilu e Meira; Hugo, Júlio e Alfredo; Omar, Camarão, Siriri, Araken Patusca e Evangelista.
Gols: Siriri (2’ do 1ºT-SAN), Tedesco (15’ do 1ºT-PAL), Lara (12’ do 2ºT-PAL), Perillo (21’ do 2ºT-PAL) e Camarão (30’ do 2ºT-SAN).
Campeonato Paulista – 1926 (Extra)
Visando diminuir a lacuna de competições entre o final de 1926 e começo de 1927, a APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos) organizou um Campeonato Paulista Extra, vencido pelo Palestra Italia. O estadual deste mesmo ano se encerrou em setembro, com a vitória palestrina diante do Sílex, por 7 a 1, e como o torneio seguinte tinha previsão de início somente para maio, o longo período de inatividade motivou os dirigentes a realizarem pela primeira vez esta disputa.
O regulamento determinou a divisão das oito equipes participantes em duas chaves de quatro times, sendo que os líderes de cada uma fizeram a final. O primeiro grupo foi formado por Internacional de São Paulo, Santos, Sírio e Ypiranga, enquanto Palestra, Portuguesa, São Bento de São Paulo e Sílex completaram o segundo. Na fase inicial, o Alviverde venceu bem todos os seus adversários (5 a 3 no São Bento, 4 a 2 no Sílex e 6 a 3 nos portugueses), credenciando-se para a finalíssima.
Na partida decisiva o embate foi diante do Sírio, que venceu o Ypiranga, empatou com o Internacional e se classificou com um WO sobre os santistas. Disputada no Estádio Palestra Italia, a partida foi decidida no segundo tempo, graças ao gol do experiente Amílcar Barbuy, depois de jogada iniciada pelo ponta-esquerda Perillo. Lembrando que, antes desta conquista, o Verdão venceu o Campeonato Paulista de 1926 e posteriormente a ela, a torcida teve mais um motivo para celebrar – triunfo estadual sobre o Santos na edição de 1927.
Campanha:
Jogos: 4 (4 vitórias)
Gols marcados: 16
Gols sofridos: 8
Jogo decisivo:
Palestra Italia 1×0 Sírio
Campeonato Paulista Extra de 1926 (Final)
13/02/1927
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Árbtiro: Alzemiro Ballio (SP)
Palestra Italia: Primo; Bianco e Pepe; Xingo, Amílcar Barbuy e Serafini; Tedesco, Heitor, Miguelzinho, Carrazzo e Perillo. Técnico: Ramon Platero.
Sírio: Athiê; Gilry e Raphael; Feliciano, Milanesi e Arthur; Bizoca, Caetano, Petro, Alvariza e Mamá.
Gol: Amílcar Barbuy (2ºT-PAL).
Campeonato Paulista – 1926
Após seu primeiro título paulista em 1920, o Palestra Italia amargou três vice-campeonatos e uma desistência em protesto contra más arbitragens, mas sua segunda conquista veio de maneira especial – invicto e com 100% de aproveitamento. Não participando da edição de 1924, o Alviverde ficou na segunda colocação em 1921, 1922 e 1923, porém, em 1926, o time novamente comandado pelo experiente defensor Bianco despachou todos os adversários e venceu as nove partidas que disputou.
Neste ano, o atrito entre o profissionalismo e o amadorismo no futebol de São Paulo chegou a um nível insustentável, ao ponto de serem realizados dois torneios no mesmo ano, uma liga a favor do esporte remunerado (APEA) e outra a favor dos ideais menos comerciais (LAF). Os clubes que até hoje seguem com suas atividades profissionais, como Corinthians, Santos, Portuguesa e o próprio Palestra, optaram pela primeira. Já as entidades mais antigas e que participaram das primeiras edições do torneio estadual, como Paulistano, Germânia e A. A. das Palmeiras, resolveram jogar a segunda.
No campeonato disputado pelo Verdão, as 10 equipes se enfrentaram em turno único, definindo o campeão no sistema de pontos corridos. Auto Sport (3×0), Sírio (5×1), Santos (3×2), Internacional (1×0), Ypiranga (3×1), Portuguesa (3×1), Corinthians (3×2), São Bento (5×0) e Sílex (7×1) foram as vítimas do Palestra Italia. Na última rodada, a torcida ainda teve o privilégio de assistir um massacre alviverde, em sua própria casa, com direito a quatro gols do maior artilheiro da história do clube, Heitor.
Campanha:
Jogos: 9 (9 vitórias)
Gols marcados: 33
Gols sofridos: 8
Jogo decisivo:
Palestra Italia 5×0 São Bento da Capital
Campeonato Paulista de 1926 (8ª rodada)
29/08/1926
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Juiz: Nicollella
Palestra Italia: Primo; Bianco e Loschiavo; Xingo, Amílcar Barbuy e Serafini; Mathias I, Carrone, Heitor, Caetano Imparato e Melle. Técnico: Renzo Mangiande.
São Bento: João, Aprá, Miguel, Paulo, Isidoro, Nico, Feitiço, Varella, Pauly, Botelho e Dica. Técnico: não encontrado.
Gols: Mathias I, Melle, Heitor, Carrone (2).
Campeonato Paulista – 1920
Após anos de desenvolvimento, taças de menor expressão e dois vice-campeonatos paulistas, o jovem Palestra Italia conquistou em 1920 seu primeiro título de grande importância. E o melhor: ganhou do fortíssimo time do Paulistano, que dominava o futebol à época (vinha de três troféus estaduais consecutivos) e contava com o grande craque Arthur Friedenreich. Fundado em 1914, o Alviverde jogou amistosos e participou de pequenos torneios até 1916, quando participou de seu primeiro Paulistão. Ficando em segundo lugar nas edições de 1917 e 1919, finalmente conquistou a disputa em 1920 de forma épica, mediante a um emocionante jogo extra.
O torneio contou com nove equipes que se enfrentaram no sistema de pontos corridos, em turno e returno. Os palestrinos tiveram campanha de destaque, vencendo seus oito primeiros compromissos, incluindo grandes goleadas como os 7 a 0 diante do combinado Mackenzie-Portuguesa e um massacrante 11 a 0 no Internacional da capital, garantindo a liderança até a rodada derradeira. No último jogo, bastava um empate em casa para o time do artilheiro Heitor garantir o troféu, porém Friedenreich adiou o sonho dos italianos – marcou o gol da vitória para o Paulistano, que, com o triunfo, igualou o número de pontos do Verdão e forçou uma partida de desempate em campo neutro.
Marcado para o estádio Chácara da Floresta, o Palestra teve a dura missão de vencer a tradição do já heptacampeão paulista. Sem gols nos 45 minutos iniciais, o atacante Martinelli inaugurou o placar para o Alviverde logo no início do segundo tempo, mas a alegria durou pouco, pois Mário Andrade logo igualou. Mateus Forte, conhecido também como Forte II, ganhou vaga no time titular justamente para atuar neste confronto extra e foi decisivo – a poucos minutos do fim, marcou o tento que garantiu o primeiro Campeonato Paulista da história do clube.
Campanha:
Jogos: 17 (13 vitórias, 2 empates e 2 derrotas)
Gols marcados: 56
Gols sofridos: 10
Jogo decisivo:
Palestra Italia 2×1 Paulistano
Campeonato Paulista de 1920 (Jogo desempate)
19/12/1920
Estádio: Chácara da Floresta. São Paulo-SP
Juiz: Herman Friese (SP)
Palestra Italia: Primo; Bianco e Oscar; Bertolini, Picagli e Severino; Ministro, Mateus Forte, Heitor, Federici e Martinelli. Técnico: Giuseppe Roberti e Frediano De Lucca.
Paulistano: Arnaldo; Guarany e Carlito; Sérgio, Zito e Mariano; Agnello, Mário Andrade, Friedenreich, Cassiano e Carneiro Leão.
Gols: Martinelli (5’ do 2ºT-PAL), Mário Andrade (14’ do 2ºT-PAU) e Mateus Forte (29’ do 2ºT-PAL).
Torneio dos Campeões Rio-São Paulo-1948
A Taça dos Campeões Rio-São Paulo foi criada na primeira metade do século passado com o intuito de medir forças entre os vencedores dos principais campeonatos de futebol da época. Em um período no qual as competições nacionais não existiam, o embate entre cariocas e paulistas era muito valorizado. Entretanto, a criação do Torneio Rio-São Paulo e sua posterior evolução para o atual Campeonato Brasileiro fez com que esta tradicional disputa fosse gradualmente perdendo importância.
O Palmeiras faturou a Taça dos Campeões Rio-São Paulo quatro vezes: em 1926, 1933, 1943 e 1948. O primeiro destes títulos veio entre a conquista invicta do Paulista de 1926 e a vitória no Campeonato Paulista Extra daquela mesma temporada, mas que terminou somente no ano seguinte. O São Cristóvão, campeão carioca na oportunidade, foi o rival da equipe palestrina, sendo que o clube do Rio de Janeiro não resistiu e sofreu um revés por 3 a 0, no Estádio Palestra Italia.
O torneio de 1933, porém, chegou com uma novidade. A taça interestadual foi decidida em dois encontros. O duelo inicial, em agosto, reuniu os vencedores do primeiro turno dos dois Estaduais, já o outro colocou frente a frente, em dezembro, os ganhadores do segundo turno. Por coincidência, Palestra e Bangu predominaram em seus estados e lideraram os dois turnos disputados, colocando-os na briga pelo troféu. Após uma vitória para cada lado, o Palestra ficou com o título por ter um maior número de gols marcados.
Dez anos depois, em 1943, foi a vez do Palmeiras (que já havia mudado de nome por causa da Segunda Guerra Mundial) encontrar o Flamengo pela primeira vez na história em uma decisão de campeonato. O jogo foi único e juntou os dois campeões estaduais de 1942. O time verde e branco, por sua vez, aplicou um sonoro 3 a 0 no adversário carioca, sagrando-se tricampeão da competição.
Em 1948, porém, foi a vez de outro grande do Rio de Janeiro cruzar o caminho do Verdão. Vencedores do Paulista e do Carioca de 1947, Palmeiras e Vasco se encontraram três vezes na temporada seguinte para decidir quem seria o principal time dos dois estados. Em janeiro, um triunfo para cada um. O primeiro embate, no Pacaembu, terminou com vitória palmeirense, já o segundo, no Estádio São Januário, no Rio, acabou com resultado favorável ao Vasco. No mês seguinte, a terceira e decisiva partida, também no Pacaembu, sagrou o Verdão campeão após nova vitória sobre os cariocas.
Jogos decisivos:
Palestra Italia 3×0 São Cristóvão
Taça dos Campeões Rio-São Paulo em 1926 (Final)
26/12/1926
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Árbitro: Guilherme Pastore
Palestra Italia: Primo; Bianco e Loschiavo; Pepe, Amílcar Barbuy e Serafini; Tedesco, Carrone, Heitor, Caetano Imparato e Melle.
Gols: Caetano Imparato (1ºT-PAL), Caetano Imparato (1ºT-PAL) e Tedesco (2ºT-PAL).
Palestra Italia 3×4 Bangu
Taça dos Campeões Rio-São Paulo, em 1933 (Final – 2º jogo)
03/12/1933
Estádio São Januário. Rio de Janeiro-RJ
Árbitro: Enéas Sgarzi
Palestra Italia: Nascimento; Carnera e Junqueira; Tunga, Dula e Cambon; Vicente, Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara e Imparato III. Técnico: Humberto Cabelli.
Gols: Romeu Pellicciari (1°T-PAL), Tunga (1°T-PAL), Tunga (1°T-PAL), Tião (1º-BAN), Plácido (1º-BAN), Plácido (1º-BAN) e Médio (2º-BAN).
*Mesmo com a derrota no Rio, o Palestra sagrou-se campeão pela soma de gols marcados, já que em São Paulo havia goleado o Bangu por 6 a 0
Palmeiras 3×0 Flamengo
Taça dos Campeões Rio-São Paulo, em 1943 (Final)
03/03/1943
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: Jorge Miguel (SP)
Palmeiras: Oberdan; Celestino e Junqueira; Brandão (Américo), Og Moreira e Gengo; Peixe, Lima, Cabeção, Villadoniga e Minguinho. Técnico: Del Debbio.
Gols: Lima (28’ do 1ºT-PAL), Peixe (2’ do 2ºT-PAL) e Peixe (36’ do 2ºT-PAL).
Palmeiras 2×1 Vasco
Taça dos Campeões Rio-São Paulo, em 1948 (Final – 3º jogo)
04/02/1948
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: João Etzel (SP)
Palmeiras: Oberdan (Rodrigues); Caieira e Turcão; Zezé Procópio, Túlio e Waldemar Fiúme; Lula, Arturzinho, Bóvio, Lima e Canhotinho. Técnico: Cláudio Cardoso.
Gols: Lima (23’ do 1ºT-PAL), Arturzinho (24’ do 2ºT-PAL) e Chico (30’ do 2ºT).
Torneio dos Campeões Rio-São Paulo-1943
A Taça dos Campeões Rio-São Paulo foi criada na primeira metade do século passado com o intuito de medir forças entre os vencedores dos principais campeonatos de futebol da época. Em um período no qual as competições nacionais não existiam, o embate entre cariocas e paulistas era muito valorizado. Entretanto, a criação do Torneio Rio-São Paulo e sua posterior evolução para o atual Campeonato Brasileiro fez com que esta tradicional disputa fosse gradualmente perdendo importância.
O Palmeiras faturou a Taça dos Campeões Rio-São Paulo quatro vezes: em 1926, 1933, 1943 e 1948. O primeiro destes títulos veio entre a conquista invicta do Paulista de 1926 e a vitória no Campeonato Paulista Extra daquela mesma temporada, mas que terminou somente no ano seguinte. O São Cristóvão, campeão carioca na oportunidade, foi o rival da equipe palestrina, sendo que o clube do Rio de Janeiro não resistiu e sofreu um revés por 3 a 0, no Estádio Palestra Italia.
O torneio de 1933, porém, chegou com uma novidade. A taça interestadual foi decidida em dois encontros. O duelo inicial, em agosto, reuniu os vencedores do primeiro turno dos dois Estaduais, já o outro colocou frente a frente, em dezembro, os ganhadores do segundo turno. Por coincidência, Palestra e Bangu predominaram em seus estados e lideraram os dois turnos disputados, colocando-os na briga pelo troféu. Após uma vitória para cada lado, o Palestra ficou com o título por ter um maior número de gols marcados.
Dez anos depois, em 1943, foi a vez do Palmeiras (que já havia mudado de nome por causa da Segunda Guerra Mundial) encontrar o Flamengo pela primeira vez na história em uma decisão de campeonato. O jogo foi único e juntou os dois campeões estaduais de 1942. O time verde e branco, por sua vez, aplicou um sonoro 3 a 0 no adversário carioca, sagrando-se tricampeão da competição.
Em 1948, porém, foi a vez de outro grande do Rio de Janeiro cruzar o caminho do Verdão. Vencedores do Paulista e do Carioca de 1947, Palmeiras e Vasco se encontraram três vezes na temporada seguinte para decidir quem seria o principal time dos dois estados. Em janeiro, um triunfo para cada um. O primeiro embate, no Pacaembu, terminou com vitória palmeirense, já o segundo, no Estádio São Januário, no Rio, acabou com resultado favorável ao Vasco. No mês seguinte, a terceira e decisiva partida, também no Pacaembu, sagrou o Verdão campeão após nova vitória sobre os cariocas.
Jogos decisivos:
Palestra Italia 3×0 São Cristóvão
Taça dos Campeões Rio-São Paulo em 1926 (Final)
26/12/1926
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Árbitro: Guilherme Pastore
Palestra Italia: Primo; Bianco e Loschiavo; Pepe, Amílcar Barbuy e Serafini; Tedesco, Carrone, Heitor, Caetano Imparato e Melle.
Gols: Caetano Imparato (1ºT-PAL), Caetano Imparato (1ºT-PAL) e Tedesco (2ºT-PAL).
Palestra Italia 3×4 Bangu
Taça dos Campeões Rio-São Paulo, em 1933 (Final – 2º jogo)
03/12/1933
Estádio São Januário. Rio de Janeiro-RJ
Árbitro: Enéas Sgarzi
Palestra Italia: Nascimento; Carnera e Junqueira; Tunga, Dula e Cambon; Vicente, Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara e Imparato III. Técnico: Humberto Cabelli.
Gols: Romeu Pellicciari (1°T-PAL), Tunga (1°T-PAL), Tunga (1°T-PAL), Tião (1º-BAN), Plácido (1º-BAN), Plácido (1º-BAN) e Médio (2º-BAN).
*Mesmo com a derrota no Rio, o Palestra sagrou-se campeão pela soma de gols marcados, já que em São Paulo havia goleado o Bangu por 6 a 0
Palmeiras 3×0 Flamengo
Taça dos Campeões Rio-São Paulo, em 1943 (Final)
03/03/1943
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: Jorge Miguel (SP)
Palmeiras: Oberdan; Celestino e Junqueira; Brandão (Américo), Og Moreira e Gengo; Peixe, Lima, Cabeção, Villadoniga e Minguinho. Técnico: Del Debbio.
Gols: Lima (28’ do 1ºT-PAL), Peixe (2’ do 2ºT-PAL) e Peixe (36’ do 2ºT-PAL).
Palmeiras 2×1 Vasco
Taça dos Campeões Rio-São Paulo, em 1948 (Final – 3º jogo)
04/02/1948
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: João Etzel (SP)
Palmeiras: Oberdan (Rodrigues); Caieira e Turcão; Zezé Procópio, Túlio e Waldemar Fiúme; Lula, Arturzinho, Bóvio, Lima e Canhotinho. Técnico: Cláudio Cardoso.
Gols: Lima (23’ do 1ºT-PAL), Arturzinho (24’ do 2ºT-PAL) e Chico (30’ do 2ºT).
Torneio dos Campeões Rio-São Paulo-1933
A Taça dos Campeões Rio-São Paulo foi criada na primeira metade do século passado com o intuito de medir forças entre os vencedores dos principais campeonatos de futebol da época. Em um período no qual as competições nacionais não existiam, o embate entre cariocas e paulistas era muito valorizado. Entretanto, a criação do Torneio Rio-São Paulo e sua posterior evolução para o atual Campeonato Brasileiro fez com que esta tradicional disputa fosse gradualmente perdendo importância.
O Palmeiras faturou a Taça dos Campeões Rio-São Paulo quatro vezes: em 1926, 1933, 1943 e 1948. O primeiro destes títulos veio entre a conquista invicta do Paulista de 1926 e a vitória no Campeonato Paulista Extra daquela mesma temporada, mas que terminou somente no ano seguinte. O São Cristóvão, campeão carioca na oportunidade, foi o rival da equipe palestrina, sendo que o clube do Rio de Janeiro não resistiu e sofreu um revés por 3 a 0, no Estádio Palestra Italia.
O torneio de 1933, porém, chegou com uma novidade. A taça interestadual foi decidida em dois encontros. O duelo inicial, em agosto, reuniu os vencedores do primeiro turno dos dois Estaduais, já o outro colocou frente a frente, em dezembro, os ganhadores do segundo turno. Por coincidência, Palestra e Bangu predominaram em seus estados e lideraram os dois turnos disputados, colocando-os na briga pelo troféu. Após uma vitória para cada lado, o Palestra ficou com o título por ter um maior número de gols marcados.
Dez anos depois, em 1943, foi a vez do Palmeiras (que já havia mudado de nome por causa da Segunda Guerra Mundial) encontrar o Flamengo pela primeira vez na história em uma decisão de campeonato. O jogo foi único e juntou os dois campeões estaduais de 1942. O time verde e branco, por sua vez, aplicou um sonoro 3 a 0 no adversário carioca, sagrando-se tricampeão da competição.
Em 1948, porém, foi a vez de outro grande do Rio de Janeiro cruzar o caminho do Verdão. Vencedores do Paulista e do Carioca de 1947, Palmeiras e Vasco se encontraram três vezes na temporada seguinte para decidir quem seria o principal time dos dois estados. Em janeiro, um triunfo para cada um. O primeiro embate, no Pacaembu, terminou com vitória palmeirense, já o segundo, no Estádio São Januário, no Rio, acabou com resultado favorável ao Vasco. No mês seguinte, a terceira e decisiva partida, também no Pacaembu, sagrou o Verdão campeão após nova vitória sobre os cariocas.
Jogos decisivos:
Palestra Italia 3×0 São Cristóvão
Taça dos Campeões Rio-São Paulo em 1926 (Final)
26/12/1926
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Árbitro: Guilherme Pastore
Palestra Italia: Primo; Bianco e Loschiavo; Pepe, Amílcar Barbuy e Serafini; Tedesco, Carrone, Heitor, Caetano Imparato e Melle.
Gols: Caetano Imparato (1ºT-PAL), Caetano Imparato (1ºT-PAL) e Tedesco (2ºT-PAL).
Palestra Italia 3×4 Bangu
Taça dos Campeões Rio-São Paulo, em 1933 (Final – 2º jogo)
03/12/1933
Estádio São Januário. Rio de Janeiro-RJ
Árbitro: Enéas Sgarzi
Palestra Italia: Nascimento; Carnera e Junqueira; Tunga, Dula e Cambon; Vicente, Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara e Imparato III. Técnico: Humberto Cabelli.
Gols: Romeu Pellicciari (1°T-PAL), Tunga (1°T-PAL), Tunga (1°T-PAL), Tião (1º-BAN), Plácido (1º-BAN), Plácido (1º-BAN) e Médio (2º-BAN).
*Mesmo com a derrota no Rio, o Palestra sagrou-se campeão pela soma de gols marcados, já que em São Paulo havia goleado o Bangu por 6 a 0
Palmeiras 3×0 Flamengo
Taça dos Campeões Rio-São Paulo, em 1943 (Final)
03/03/1943
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: Jorge Miguel (SP)
Palmeiras: Oberdan; Celestino e Junqueira; Brandão (Américo), Og Moreira e Gengo; Peixe, Lima, Cabeção, Villadoniga e Minguinho. Técnico: Del Debbio.
Gols: Lima (28’ do 1ºT-PAL), Peixe (2’ do 2ºT-PAL) e Peixe (36’ do 2ºT-PAL).
Palmeiras 2×1 Vasco
Taça dos Campeões Rio-São Paulo, em 1948 (Final – 3º jogo)
04/02/1948
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: João Etzel (SP)
Palmeiras: Oberdan (Rodrigues); Caieira e Turcão; Zezé Procópio, Túlio e Waldemar Fiúme; Lula, Arturzinho, Bóvio, Lima e Canhotinho. Técnico: Cláudio Cardoso.
Gols: Lima (23’ do 1ºT-PAL), Arturzinho (24’ do 2ºT-PAL) e Chico (30’ do 2ºT).
Torneio dos Campeões Rio-São Paulo
A Taça dos Campeões Rio-São Paulo foi criada na primeira metade do século passado com o intuito de medir forças entre os vencedores dos principais campeonatos de futebol da época. Em um período no qual as competições nacionais não existiam, o embate entre cariocas e paulistas era muito valorizado. Entretanto, a criação do Torneio Rio-São Paulo e sua posterior evolução para o atual Campeonato Brasileiro fez com que esta tradicional disputa fosse gradualmente perdendo importância.
O Palmeiras faturou a Taça dos Campeões Rio-São Paulo quatro vezes: em 1926, 1933, 1943 e 1948. O primeiro destes títulos veio entre a conquista invicta do Paulista de 1926 e a vitória no Campeonato Paulista Extra daquela mesma temporada, mas que terminou somente no ano seguinte. O São Cristóvão, campeão carioca na oportunidade, foi o rival da equipe palestrina, sendo que o clube do Rio de Janeiro não resistiu e sofreu um revés por 3 a 0, no Estádio Palestra Italia.
O torneio de 1933, porém, chegou com uma novidade. A taça interestadual foi decidida em dois encontros. O duelo inicial, em agosto, reuniu os vencedores do primeiro turno dos dois Estaduais, já o outro colocou frente a frente, em dezembro, os ganhadores do segundo turno. Por coincidência, Palestra e Bangu predominaram em seus estados e lideraram os dois turnos disputados, colocando-os na briga pelo troféu. Após uma vitória para cada lado, o Palestra ficou com o título por ter um maior número de gols marcados.
Dez anos depois, em 1943, foi a vez do Palmeiras (que já havia mudado de nome por causa da Segunda Guerra Mundial) encontrar o Flamengo pela primeira vez na história em uma decisão de campeonato. O jogo foi único e juntou os dois campeões estaduais de 1942. O time verde e branco, por sua vez, aplicou um sonoro 3 a 0 no adversário carioca, sagrando-se tricampeão da competição.
Em 1948, porém, foi a vez de outro grande do Rio de Janeiro cruzar o caminho do Verdão. Vencedores do Paulista e do Carioca de 1947, Palmeiras e Vasco se encontraram três vezes na temporada seguinte para decidir quem seria o principal time dos dois estados. Em janeiro, um triunfo para cada um. O primeiro embate, no Pacaembu, terminou com vitória palmeirense, já o segundo, no Estádio São Januário, no Rio, acabou com resultado favorável ao Vasco. No mês seguinte, a terceira e decisiva partida, também no Pacaembu, sagrou o Verdão campeão após nova vitória sobre os cariocas.
Jogos decisivos:
Palestra Italia 3×0 São Cristóvão
Taça dos Campeões Rio-São Paulo em 1926 (Final)
26/12/1926
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Árbitro: Guilherme Pastore
Palestra Italia: Primo; Bianco e Loschiavo; Pepe, Amílcar Barbuy e Serafini; Tedesco, Carrone, Heitor, Caetano Imparato e Melle. Técnico: Renzo Mangiande.
Gols: Caetano Imparato (1ºT-PAL), Caetano Imparato (1ºT-PAL) e Tedesco (2ºT-PAL).
Palestra Italia 3×4 Bangu
Taça dos Campeões Rio-São Paulo, em 1933 (Final – 2º jogo)
03/12/1933
Estádio São Januário. Rio de Janeiro-RJ
Árbitro: Enéas Sgarzi
Palestra Italia: Nascimento; Carnera e Junqueira; Tunga, Dula e Cambon; Vicente, Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara e Imparato III. Técnico: Humberto Cabelli.
Gols: Romeu Pellicciari (1°T-PAL), Tunga (1°T-PAL), Tunga (1°T-PAL), Tião (1º-BAN), Plácido (1º-BAN), Plácido (1º-BAN) e Médio (2º-BAN).
*Mesmo com a derrota no Rio, o Palestra sagrou-se campeão pela soma de gols marcados, já que em São Paulo havia goleado o Bangu por 6 a 0
Palmeiras 3×0 Flamengo
Taça dos Campeões Rio-São Paulo, em 1943 (Final)
03/03/1943
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: Jorge Miguel (SP)
Palmeiras: Oberdan; Celestino e Junqueira; Brandão (Américo), Og Moreira e Gengo; Peixe, Lima, Cabeção, Villadoniga e Minguinho. Técnico: Del Debbio.
Gols: Lima (28’ do 1ºT-PAL), Peixe (2’ do 2ºT-PAL) e Peixe (36’ do 2ºT-PAL).
Palmeiras 2×1 Vasco
Taça dos Campeões Rio-São Paulo, em 1948 (Final – 3º jogo)
04/02/1948
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Árbitro: João Etzel (SP)
Palmeiras: Oberdan (Rodrigues); Caieira e Turcão; Zezé Procópio, Túlio e Waldemar Fiúme; Lula, Arturzinho, Bóvio, Lima e Canhotinho. Técnico: Cláudio Cardoso.
Gols: Lima (23’ do 1ºT-PAL), Arturzinho (24’ do 2ºT-PAL) e Chico (30’ do 2ºT).
Torneio Rio-São Paulo – 2000
No último ano da parceria com a multinacional Parmalat, o Palmeiras conquistou mais um Rio-São Paulo, o quinto em sua história, colocando o clube no topo da lista de maiores campeões deste tão tradicional torneio. A vitória frente ao Vasco, na final, também serviu para reerguer o moral do time, que vinha abatido após o vices mundial e da Copa Mercosul no final de 1999. O título ainda qualificou o Verdão para a disputa da Copa dos Campeões, disputada meses depois e também vencida pelo clube.
Antes de enfrentar os vascaínos na final, o Alviverde se classificou em primeiro no grupo B, com quatro vitórias, um empate e uma derrota. O regulamento previa que as oito equipes participantes fossem alocadas em dois grupos, nos quais todas se enfrentaram dentro de suas respectivas chaves, em partidas de ida e volta, sendo que se classificaram as duas primeiras de cada. Na semifinal, um 0 a 0 no Maracanã e um 3 a 1 no Palestra Italia, diante do Botafogo, credenciaram os comandados de Luiz Felipe Scolari à final – César Sampaio, Euller e Alex marcaram; Zé Carlos descontou.
Contando com um excelente time, o Vasco do lateral Gilberto, do meio-campo Juninho Pernambucano e dos atacantes Edmundo, Romário e Viola chegou como favorito às finais, mas os gols marcados por César Sampaio e Pena, em pleno Maracanã, botaram em cheque o favoritismo carioca. Após o 2 a 1 conquistado no Rio de Janeiro, o Palmeiras chegou tranquilo ao Morumbi e precisou de pouco mais do que sete minutos para vazar três vezes a meta do goleiro Helton – no final da primeira etapa, Pena, Argel e Euller abriram a vantagem palestrina. No segundo tempo, Arce converteu pênalti sofrido pelo Filho do Vento e garantiu o penúltimo título da Era Parmalat.
Campanha:
Jogos: 10 (7 vitórias, 2 empates e 1 derrota)
Gols marcados: 26
Gols sofridos: 11
Jogo decisivo:
Palmeiras 4×0 Vasco
Torneio Rio-São Paulo de 2000 (Final – 2º jogo)
01/03/2000
Estádio do Morumbi. São Paulo-SP
Juiz: Jorge Travassos dos Santos (RJ)
Cartões amarelos: Amaral (VAS), Edmundo (VAS), Gilberto (VAS), Júnior (PAL) e Pena (PAL)
Palmeiras: Marcos; Arce, Argel, Roque Júnior e Júnior (Tiago Silva); Galeano, César Sampaio, Rogério e Alex; Pena (Asprilla) e Euller (Jackson). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Vasco: Helton; Paulo Miranda (Maricá), Odvan, Mauro Galvão e Gilberto; Amaral, Válber, Juninho Pernambucano e Alex Oliveira (Pedrinho); Edmundo e Romário (Viola). Técnico: Antônio Lopes.
Gols: Pena (27’ do 1°T-PAL), Argel (31’ do 1ºT-PAL), Euller (34’ do 1ºT-PAL) e Arce (23’ do 2°T-PAL).
Torneio Rio-São Paulo – 1993
O Palmeiras quebrou um longo jejum de títulos em junho de 1993 ao golear o arquirrival Corinthians na final do Campeonato Paulista e, menos de um mês depois, repetiu a dose, vencendo novamente o maior rival, mas agora na decisão do Torneio Rio-São Paulo. Com as contratações de Antônio Carlos, Roberto Carlos, Edílson e Edmundo naquele primeiro semestre, o time se tornou uma verdadeira máquina de conquistar títulos.
Ainda comemorando o Paulistão, o Alviverde começou mal o torneio interestadual, empatando com o Flamengo em casa (1 a 1) e perdendo para o Santos na Vila Belmiro (0 a 2). O certame foi curto, não admitindo uma sequência de resultados negativos – contou com apenas oito equipes, divididas em dois grupos, com jogos de ida e volta dentro de suas respectivas chaves, sendo que somente os líderes avançaram para a final. Após as derrotas iniciais, o Verdão voltou a jogar bem e se classificou vencendo o Fluminense duas vezes (3 a 0 e 2 a 0) e o Santos (3 a 0).
Na final, o adversário foi um invicto Corinthians (cinco vitórias e um empate), mas que não conseguiu parar ímpeto de Edmundo – no primeiro jogo, o atacante precisou de meros cinco minutos para vazar duas vezes a meta do goleiro Ronaldo. No segundo confronto, com o Verdão atuando praticamente com sua equipe reserva, bastou um 0 a 0 para garantir mais um título palmeirense sob o maior rival e o quarto Torneio Rio-São Paulo da história do clube.
Campanha:
Jogos: 8 (4 vitórias, 2 empates e 2 derrotas)
Gols marcados: 12
Gols sofridos: 6
Jogo decisivo:
Palmeiras 0x0 Corinthians
Torneio Rio-São Paulo de 1993 (Final – 2º jogo)
07/08/1993
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Público: 28.363
Juiz: Márcio Rezende de Freitas (SP)
Cartões amarelos: Luiz Carlos Winck (COR), Admílson (COR), Rivaldo (COR), Flávio Conceição (PAL), Sérgio (PAL) e Roberto Carlos (PAL)
Palmeiras: Sérgio; Cláudio, Tonhão, Alexandre Rosa e Roberto Carlos; César Sampaio, Amaral e Flávio Conceição (Paulo Sérgio); Edílson, Maurílio e Jean Carlo. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Corinthians: Ronaldo; Luiz Carlos Winck (Leandro Silva), Marcelo Djian, Henrique e Admílson (Bobô); Ezequiel, Marcelinho Paulista e Válber; Leto, Viola e Rivaldo. Técnico: Nelsinho Baptista.
Torneio Rio-São Paulo – 1965
A conquista do terceiro Torneio Rio-São Paulo da história do Palmeiras representou o primeiro título interestadual da Academia, um conceito de jogar que encantou os espectadores, realizando jogos que, até hoje, são considerados verdadeiras aulas de futebol. Composto por duas gerações, os times tiveram em comum a batuta do divino maestro Ademir da Guia, sendo que, neste campeonato, a Primeira Academia varreu os adversários, tendo a melhor defesa, o melhor ataque e o artilheiro do certame.
O torneio foi composto de dois turnos, sendo que o campeão de cada um se enfrentaria na final, fato que não ocorreu, já que o Verdão venceu ambos. No primeiro, todos jogaram contra todos, porém os clubes estavam divididos em dois grupos, um com os paulistas e outro com os cariocas – o último de cada foi eliminado. No segundo, as oito agremiações restantes se enfrentaram mais uma vez e novamente o Alviverde conquistou o maior número de pontos, sagrando-se campeão.
Alguns jogos foram marcantes, como a goleada frente ao Vasco por 4 a 1, na qual o ponta-direita palestrino Gildo abriu o placar com apenas sete segundos de partida – registrando o que até hoje é o gol mais rápido da história do Palmeiras. A Academia ainda massacrou o Santos por 7 a 1, com direito a hat-trick do futuro artilheiro do campeonato, Ademar Pantera (Servílio, duas vezes, Tupãzinho e Rinaldo completaram o placar).
Na última rodada do segundo turno, o Palmeiras só não ficaria com o título se sofresse uma goleada, em casa, frente ao Botafogo, e se a Portuguesa goleasse o Flamengo no Rio de Janeiro. Mesmo se esses dois resultados atípicos se concretizassem, palmeirenses e lusitanos ainda disputariam uma final, porém a Lusa não saiu do 0 a 0 diante dos flamenguistas e o Verdão atropelou. Tupãzinho abriu o placar logo no início. Já na etapa derradeira, Ademir da Guia e Dario completaram.
Campanha:
Jogos: 16 (12 vitórias, 3 empates e 1 derrota)
Gols marcados: 49
Gols sofridos: 20
Jogo decisivo:
Palmeiras 3×0 Botafogo
Torneio Rio-São Paulo de 1965 (2º Turno – 7ª rodada)
23/05/1965
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Público: 46.577
Juiz: José Teixeira de Carvalho (RJ)
Expulsões: Gérson (BOT) e Germano (PAL)
Palmeiras: Valdir; Djalma Santos (Nélson), Djalma Dias, Valdemar Carabina e Geraldo Scotto; Dudu (Germano) e Ademir da Guia; Gildo, Servílio, Tupãzinho (Dario) e Rinaldo. Técnico: Filpo Núñez
Botafogo: Manga; Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo (Dimas); Airton e Gérson; Bené Canavieira, Turcão (Sicupira), Bianchini e Artur (Rildo). Técnico: Admildo Chirol.
Gols: Tupãzinho (13’ do 1ºT-PAL), Ademir da Guia (23’ do 2ºT-PAL) e Dario (44’ do 2ºT-PAL).
Torneio Rio-São Paulo – 1951
A conquista do Torneio Rio-São Paulo de 1951 representou o terceiro título de um total de cinco vencidos em sequência e que ficaram conhecidos como as cinco coroas – Taça Cidade de São Paulo de 1950, Campeonato Paulista de 1950, Rio-São Paulo de 1951, Taça Cidade de São Paulo de 1951 e Mundial Interclubes de 1951. E esta terceira coroa teve um gosto mais do que especial, pois foi conquistada diante do maior rival.
O certame foi disputado por oito equipes, em jogos só de ida e por pontos corridos, com partidas extras em caso de empate na pontuação. A campanha alviverde foi boa, conquistando cinco vitórias, sendo quatro delas por goleada, incluindo a maior da história entre Palmeiras e Flamengo (7 a 1). Além dos rubro-negros, Portuguesa (4 a 1), Bangu (4 a 2) e Vasco (4 a 1) sofreram com a força do ataque comandado por Lima, Aquiles, Liminha, Jair Rosa Pinto e Rodrigues. Os palestrinos ainda venceram o São Paulo (2 a 0) e perderam duas vezes, uma para o América-RJ (4 a 6) e outra para o Corinthians (0 a 3).
Esta última derrota foi vingada, pois, empatados ao final do turno, palmeirenses e corintianos se enfrentaram mais duas vezes com o intuito de definir o campeão. No primeiro jogo, o Verdão esteve à frente do placar duas vezes com gols de Liminha e Homero (contra), mas os rivais buscaram o empate. Até que o artilheiro torneio resolveu a partida – Aquiles marcou e definiu o 3 a 2. No segundo embate, Jair Rosa Pinto e novamente Aquiles abriram boa vantagem. Luizinho até descontou, mas Jair deu números finais à disputa e levou o bicampeonato do Torneio Rio-São Paulo para a sala de troféus do Palestra Italia.
Campanha:
Jogos: 9 (7 vitórias e 2 derrotas)
Gols marcados: 31
Gols sofridos: 17
Jogo decisivo:
Palmeiras 3×1 Corinthians
Torneio Rio-São Paulo de 1951 (Partida de desempate – 2º jogo)
11/04/1951
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Público: 54.465
Juiz: Dante Rossi (SP)
Expulsos: Luiz Villa (PAL) e Cláudio (COR)
Palmeiras: Oberdan; Salvador e Oswaldo; Waldemar Fiúme, Luiz Villa e Dema; Lima, Aquiles, Liminha, Jair Rosa Pinto e Rodrigues. Técnico: Ventura Cambon.
Corinthians: Cabeção; Homero e Rosalém; Idário, Touguinha (Lorena) e Julião; Cláudio, Luizinho, Baltazar (Jackson), Nardo e Nelsinho. Técnico: Newton Senra.
Gols: Jair Rosa Pinto (17’ do 1ºT-PAL), Aquiles (33’ do 1°T-PAL), Luizinho (34’ do 1ºT-COR) e Jair Rosa Pinto (7’ do 2ºT-PAL).
Torneio Rio-São Paulo – 1933
O final da década de 20 foi apreensiva para o Palestra Italia, pois a geração bicampeã paulista em 1926 e 1927 já não estava presente e, além da aposentadoria de Bianco, o clube acertou as transferências de Heitor (para o Americano-SP), Ministrinho (para a Juventus-ITA) e Serafini (para a Lazio). O lado positivo foi que, a partir destas mudanças, entraram em cena os gols de Romeu Pellicciari e os desarmes de Junqueira. Assim, não demorou muito para o clube voltar à rotina de levantar troféus.
Ostentando o título de campeão estadual de 1932, o Verdão venceu logo no ano seguinte a primeira edição do Torneio Rio-São Paulo, competição marcada por ser a primeira da era do profissionalismo e cujas partidas somavam pontos tanto na competição interestadual quanto nos Campeonatos Paulista e Carioca – ou seja, os embates entre os clubes do mesmo estado valiam pelas duas competições.
O certame foi disputado por 12 equipes, no sistema de pontos corridos e jogos de ida e volta. Além dos confrontos com os paulistas (Corinthians, Portuguesa, Santos, São Bento, São Paulo e Ypiranga), o Palestra teve como adversários cinco cariocas (América, Bangu, Bonsucesso, Fluminense e Vasco).
Algumas das 22 partidas foram históricas, como a vitória por 6 a 0 diante do Bangu, já que foi o primeiro jogo do Estádio Palestra Italia após a sua primeira grande reforma. Porém, o principal embate deste campeonato foi mesmo o Palestra 8 x 0 Corinthians do dia 5 de novembro – com um verdadeiro show dos atacantes Romeu Pellicciari e Gino Imparato, os comandados de Humberto Cabelli marcaram oito vezes sobre o rival, aplicando a maior goleada da história do confronto (Romeu marcou quatro, Imparato três e Gabardo completou). A conquista veio na última rodada com um triunfo frente ao Fluminense por 2 a 1, gols de Gabardo e Dula.
Campanha:
Jogos: 22 (17 vitórias, 2 empates e 3 derrotas)
Gols marcados: 67
Gols sofridos: 25
Jogo decisivo:
Palmeiras 2×1 Fluminense
Torneio Rio-São Paulo de 1933 (22ª rodada)
10/12/1933
Estádio Palestra Italia. São Paulo-SP
Juiz: Loris Cordovil (RJ)
Palestra Italia: Nascimento; Carnera e Junqueira; Tunga, Dula e Tuffy; Avelino, Gabardo, Romeu Pellicciari, Lara e Imparato. Técnico: Humberto Cabelli
Fluminense: Armandinho; Ernesto e Nariz; Marcial, Brant e Ivan (Casilandro); Álvaro, Vicentino, Russo, Bermudes e Salvyo. Técnico: Artur de Azevedo Filho
Gols: Gabardo (15’ do 2ºT-PAL), Dula (19’ do 2ºT-PAL) e Bernardes (39’ do 2ºT-FLU)
Copa dos Campeões – 2000
A Copa dos Campeões teve a sua primeira edição em 2000 e reuniu os vencedores dos principais estaduais e interestaduais do ano, visando determinar um dos quatro representantes brasileiros na Copa Libertadores da América de 2001. O título foi o último da Era Parmalat, parceria firmada em 1992 com a multinacional italiana e que ajudou o clube a conquistar pelo menos 11 títulos de grande importância, como o bicampeonato brasileiro (1993 e 1994) e a Libertadores (1999).
Luiz Felipe Scolari havia deixado o comando técnico do time um mês antes da estreia, mas seu braço direito, Flávio Teixeira, o Murtosa, permaneceu no Verdão até o final do torneio. O Palmeiras garantiu sua vaga graças à conquista do Rio-São Paulo meses antes frente ao Vasco. O primeiro adversário foi o Cruzeiro e, com jogos de ida e volta, em campo neutro, os vice-campeões da Copa Sul-minas não foram páreos para o jovem time palmeirense (3 a 1 e 1 a 1). Nas semifinais, o Flamengo venceu a primeira partida por 2 a 1, porém, no embate seguinte, os bicampeões cariocas sucumbiram pelo placar de 1 a 0 e perderam a classificação nos pênaltis, com direito a defesa de Sérgio na última cobrança flamenguista.
A finalíssima foi realizada no Estádio Rei Pelé, em partida única diante do Sport, que se credenciou ao jogo decisivo após eliminar América Mineiro e São Paulo. Logo na etapa inicial, o lateral-direito Neném cobrou escanteio com maestria e o colombiano Asprilla completou de cabeça, abrindo o placar. Já no início do segundo tempo, o veloz Basílio arrancou pela ponta esquerda e carregou a bola até ela sobrar para o atacante Alberto, que, de primeira, ampliou a vantagem. Aos 41 minutos, Nildo ainda diminuiu para os pernambucanos, mas nada que tirasse o sorriso dos palmeirenses. Um belo desfecho para uma parceria tão vitoriosa.
Campanha:
Jogos: 5 (3 vitórias, 1 empate e 1 derrota)
Gols marcados: 8
Gols sofridos: 5
Jogo decisivo:
Palmeiras 2×1 Sport
Copa dos Campeões de 2000 (Final)
25/07/2000
Estádio Rei Pelé. Maceió-AL
Público: 22.560
Juiz: Carlos Eugênio Simon (RS)
Cartões amarelos: Leomar (SPO), Russo (SPO), Sérgio (PAL), Taddei (PAL), Almir (SPO) e Agnaldo (PAL)
Palmeiras: Sérgio; Neném, Paulo Turra, Agnaldo e Jorginho; Fernando, Taddei, Juninho Paulista e Asprilla; Alberto (Titi) e Basílio (Adriano). Técnico: Flávio Teixeira.
Sport: Bosco; Russo, Erlon, Márcio Goiano e Evaldo (Marquinhos); Leomar, Sidney, Nildo e Adriano; Almir e Sandro Gaúcho. Técnico: Emerson Leão.
Gols: Asprilla (32’ do 1ºT-PAL), Alberto (9’ do 2ºT-PAL) e Nildo (41’ do 2ºT-SPO).
Copa do Brasil – 2015
Após temporada turbulenta em 2014, a palavra “reestruturação” foi a principal cartada palmeirense para o ano de 2015. O primeiro passo foi dado na diretoria de futebol, com Alexandre Mattos, que encabeçou a reformulação do departamento trazendo novos profissionais de diversas áreas e 25 novos jogadores ao longo da temporada. Além disso, o clube acertou o patrocínio máster da camisa com a Crefisa e viu seu programa de sócio-torcedor Avanti decolar e atingir o topo da lista entre os clubes brasileiros. O ano foi marcado também pela consolidação do Allianz Parque como aliado na ascensão alviverde.
Depois de ficar com o vice-campeonato paulista, o Verdão, ainda comandado por Oswaldo de Oliveira, fez bonito logo na estreia da Copa do Brasil ao atropelar o Vitória da Conquista por 4 a 1. Na fase seguinte, empate em 1 a 1 contra o Sampaio Correa, fora de casa, e goleada por 5 a 1 no Palestra para acabar com qualquer aflição palmeirense.
Já sob o comando do treinador Marcelo Oliveira, o Palmeiras ficou frente a frente com um velho conhecido na terceira fase. O ASA de Arapiraca ameaçou complicar a classificação após empate sem gols no Allianz Parque. No entanto, com gol de Gabriel Jesus na partida de volta, o Alviverde carimbou o passaporte às oitavas de final.
Com duas disputas de título na história, Palmeiras e Cruzeiro estavam novamente na briga por uma vaga na fase seguinte da Copa do Brasil. No duelo de ida, em casa, 2 a 1 para o Verdão. No Mineirão, a estrela de Jesus brilhou novamente e, com dois gols e uma assistência, o garoto comandou a vitória por 3 a 2. Já nas quartas, contra o Internacional, empate suado por 1 a 1 na partida de ida, no Beira-Rio. Com o Allianz Parque lotado, o jogo de volta não foi nada fácil: após abrir 2 a 0, o time verde viu a equipe colorada empatar, mas, no lance seguinte ao gol do Inter, Allione cruzou para Andrei Girotto, de cabeça, colocar o Verdão na próxima fase.
A cada degrau alcançado, os rivais palmeirenses criavam maiores dificuldades. Na semifinal, o Fluminense largou no Maracanã com 2 a 0 a seu favor. O que parecia decidido para uns virou esperança para outros após Zé Roberto diminuir em cobrança de pênalti: 2 a 1. O clima da partida de volta era apreensivo, e Barrios tratou de fazer explodir o Allianz Parque ao marcar duas vezes e assegurar momentaneamente a vaga à final. No entanto, o gol de Fred no segundo tempo e a defesa milagrosa de Fernando Prass à queima roupa no último minuto levaram a partida para as penalidades máximas. O Verdão inaugurou as cobranças, e, após dois pênaltis perdidos pelo Flu, Allione converteu a bola que colocou a equipe na finalíssima: 4 a 1.
Algoz no Paulista, o Santos novamente cruzou o caminho verde numa final de campeonato. No duelo de ida, 1 a 0 para o rival. Provocações à parte, o duelo de volta contou com quase 40 mil palmeirenses no Allianz Parque e festa espetacular da torcida com direito a mosaicos e muita cantoria. Finalista em quatro das últimas cinco edições, o treinador Marcelo Oliveira colocou o Verdão para frente e, na segunda etapa, viu Dudu marcar duas vezes para delírio da massa alviverde. No entanto, os santistas diminuíram a vantagem e, novamente, os pênaltis decidiriam o título. O Alvinegro abriu as cobranças e chutou a primeira para fora. Em seguida, Zé Roberto converteu e viu Prass voar na bola de Gustavo Henrique. Apesar do pênalti desperdiçado por Rafael Marques, o Verdão manteve a regularidade, e Fernando Prass, gigante, converteu a bola decisiva: 4 a 3 e conquista da 12ª taça nacional do maior campeão do Brasil.
Campanha:
Jogos: 13 (8 vitórias, 3 empates e 2 derrotas)
Gols marcados: 25
Gols sofridos: 14
Jogo decisivo:
Palmeiras 2 (4) x (3) 1 Santos
Copa do Brasil de 2015 (Final – 2º jogo)
02/12/2015
Arena Allianz Parque, São Paulo-SP
Público: 39.660
Juiz: Heber Roberto Lopes (SC)
Gols: Dudu (11′ – 1º Tempo; 39′ – 2º Tempo) (PAL); Ricardo Oliveira (41′ – 2º Tempo) (SAN)
Cartões amarelos: Matheus Sales e João Pedro (PAL); Gabriel (SAN)
Cartão vermelho: –
PÊNALTIS:
PALMEIRAS: Fizeram: Zé Roberto, Jackson, Cristaldo e Fernando Prass; Errou: Rafael Marques
SANTOS: Fizeram: Geuvânio, Lucas Lima, Ricardo Oliveira; Erraram: Marquinhos Gabriel, Gustavo Henrique
PALMEIRAS: Fernando Prass; João Pedro (Lucas Taylor, 26’/2ºT), Vitor Hugo, Jackson e Zé Roberto; Matheus Sales, Arouca e Robinho; Gabriel Jesus (Rafael Marques, 40’/1ºT), Dudu e Lucas Barrios (Cristaldo, 26’/2ºT). Técnico: Marcelo Oliveira
SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, David Braz (Werley, 28’/1ºT), Gustavo Henrique e Zeca; Renato, Thiago Maia (Paulo Ricardo, 35’/2ºT) e Lucas Lima; Gabriel (Geuvânio, 18’/2ºT), Marquinhos Gabriel e Ricardo Oliveira. Técnico: Dorival Júnior
Copa do Brasil – 2012
Quebrando um jejum de mais de dez anos sem títulos nacionais, Luiz Felipe Scolari e seus comandados conquistaram, em julho de 2012, a segunda Copa do Brasil da história do Palmeiras. Após a conquista da Copa dos Campeões em 2000, a torcida palestrina só comemorou um Campeonato Paulista em 2008 até a cabeçada de Betinho, na final contra o Coritiba, quebrar esta escrita.
A invicta trajetória começou com dois triunfos frente ao Coruripe – 1 a 0 em Alagoas e 3 a 0 em São Paulo. Pela segunda fase, outra viagem ao Nordeste, mas desta vez só de ida, pois, graças a um 3 a 1 sobre o Horizonte, o Verdão eliminou o jogo de volta. Depois, o time de Felipão visitou o sul do país, sendo que a primeira parada foi em Curitiba, frente ao Paraná. Graças a uma eficiente cobrança de falta de Marcos Assunção e uma firme cobrança de pênalti convertida por Henrique, a torcida palestrina pôde comemorar a vitória por 2 a 1. O segundo confronto foi mais tranquilo – triunfo por 4 a 0, com tentos de Valdivia, Maikon Leite e Mazinho (duas vezes).
Ainda no estado do Paraná, a vida do Palmeiras continuou difícil, mas Barcos e Maikon Leite arrancaram um suado empate com o Atlético Paranaense, no Estádio Durival de Britto. Já na Arena Barueri, Luan e Henrique foram os nomes do 2 a 0 que garantiu vaga nas semifinais. Na sequência, a viagem foi um pouco mais longe – o time de Felipão teve a dura missão de enfrentar o Grêmio em Porto Alegre. No finalzinho de uma partida que se encaminhava para uma igualdade sem gols, Mazinho e Barcos marcaram, bastando ao time segurar o empate por 1 a 1 em São Paulo para ir à decisão.
Na final, foi a vez de o Coritiba encarar o Palmeiras e, assim como os outros dois times paranaenses que já haviam cruzado o caminho do Verdão, a equipe coxa-branca sentiu a força da bola parada de Marcos Assunção. Logo no primeiro jogo, disputado em Barueri, o volante levantou a bola na área e Betinho foi derrubado, resultando em pênalti convertido por Valdivia. No segundo tempo, Assunção cobrou nova falta e Thiago Heleno converteu, garantindo uma boa vantagem para o confronto de volta. No Couto Pereira, o lateral Ayrton ainda tentou estragar a festa palestrina, mas novamente Marcos Assunção cobrou infração com maestria e Betinho marcou de cabeça. Invicto, com o melhor ataque e melhor defesa, o Verdão faturou mais um título nacional.
Campanha:
Jogos: 11 (8 vitórias e 3 empates)
Gols marcados:23
Gols sofridos: 6
Jogo decisivo:
Palmeiras 1×1 Coritiba
Copa do Brasil de 2012 (Final – 2º jogo)
11/07/2012
Estádio Couto Pereira. Curitiba-PR
Público: 31.382
Juiz: Sandro Meira Ricci (PE)
Cartões amarelos: Juninho (PAL), Rafinha (COR), João Vítor (PAL), Artur (PAL), Marcos Assunção (PAL), Henrique (PAL) e Lincoln (COR)
Cartão vermelho: Pereira (COR)
Palmeiras: Bruno; Artur, Maurício Ramos, Thiago Heleno (Leandro Amaro) e Juninho; Henrique, João Vítor (Márcio Araújo), Marcos Assunção e Daniel Carvalho (Luan); Mazinho e Betinho. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Coritiba: Vanderlei; Jonas (Ayrton), Pereira, Démerson e Lucas Mendes; Willian Farias, Sérgio Manoel (Lincoln),Rafinha e Éverton Ribeiro; Roberto (Anderson Aquino) e Éverton Costa. Técnico: Marcelo Oliveira.
Gols: Ayrton (16’ do 2ºT-COR) e Betinho (20’ do 2ºT-PAL).
Copa do Brasil – 1998
Após uma década de 80 frustrada, o Palmeiras voltou ao protagonismo nacional nos anos 90, vencendo três Campeonatos Paulistas (1993, 1994 e 1996), um Torneio Rio-São Paulo (1993), dois Campeonatos Brasileiros (1993 e 1994) e a Copa do Brasil de 1998. Esta última conquista foi marcante, pois, após vencer tudo o que podia no Brasil, garantiu a vaga que possibilitou a conquista da América no ano seguinte.
O planejamento de Luiz Felipe Scolari era justamente esse – vencer a competição doméstica e, na sequência, sagrar-se campeão da Libertadores. Com o apoio da diretoria, que trouxe Arce do Grêmio e Paulo Nunes do Benfica, o time estreou com facilidade, superando o CSA de Alagoas pelos placares de 1 a 0 e 3 a 0. Na fase seguinte, uma igualdade no primeiro jogo frente ao Ceará deixou os palmeirenses apreensivos, porém um 6 a 0 no Palestra Italia acabou com qualquer dúvida.
Nas oitavas de final, o primeiro grande susto – com gols de França e Zé Carlos, derrota para o Botafogo no Maracanã; Cris descontou para o Verdão. Apoiado pela torcida, o time conseguiu um suado 1 a 0 na partida de volta, com gol de Agnaldo, e avançou graças ao tento marcado fora de casa. Nas quartas, o resultado foi definido na casa do adversário, com um 2 a 0 na Ilha do Retiro – Paulo Nunes e Oséas anotaram. No segundo jogo, empate sem maiores sustos contra o Sport e presença garantida no clássico diante do Santos nas semifinais.
Novamente, o decisivo Oseás deixou sua marca, agora nos dois jogos contra os rivais da baixada – um gol no 1 a 1 disputado na capital paulista e outro no 2 a 2 jogado na Vila Belmiro. O Alviverde classificou-se novamente graças aos gols marcados fora de seus domínios e enfrentou o Cruzeiro, algoz na Copa do Brasil de 1996. Depois de perder o primeiro jogo no Mineirão, o Palmeiras faturou o título com um belo passe de Oséas para Paulo Nunes, logo no início da partida, estufar as redes do goleiro Paulo César. Aos 44 minutos da etapa final, quando tudo indicava que o desfecho seria nos pênaltis, um chute sem ângulo do predestinado baiano dono da camisa 9 explodiu os palestrinos presentes no Estádio do Morumbi.
Campanha:
Jogos: 12 (6 vitórias, 4 empates e 2 derrotas)
Gols marcados: 21
Gols sofridos: 8
Jogo decisivo:
Palmeiras 2×0 Cruzeiro
Copa do Brasil de 1998 – Final (2º jogo)
30/05/1998
Estádio do Morumbi. São Paulo-SP
Público: 45.237
Juiz: Sidrack Marinho dos Santos (SE)
Palmeiras: Velloso; Neném, Roque Júnior, Cléber e Júnior; Galeano, Rogério, Alex (Arílson) e Zinho; Paulo Nunes (Almir) e Oséas (Pedrinho). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Cruzeiro: Paulo César; Gustavo, Marcelo Djian, Wilson Gottardo e Gilberto; Valdir Benedito, Ricardinho, Marcos Paulo e Elivélton (Geovanne); Bentinho (Caio) e Marcelo Ramos. Técnico: Levir Culpi.
Gols: Paulo Nunes (12’ do 1ºT-PAL) e Oséas (44’ do 2°T-PAL).
Campeonato Brasileiro – 2018
A conquista do Campeonato Brasileiro de 2018 ampliou a vantagem do Verdão como o Maior Campeão do Brasil: além dos dez troféus do Brasileirão, o time faturou a Copa do Brasil três vezes e a Copa dos Campeões em uma oportunidade, totalizando 14 taças nacionais.
Pela primeira vez na história do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras conquistou o título ou foi vice-campeão em três temporadas consecutivas – as taças vieram em 2016 e neste ano, enquanto a equipe ficou na segunda colocação em 2017. De quebra, o time assegurou a participação na Conmebol Libertadores pela quarta vez seguida, o que nunca havia ocorrido antes.
A campanha palmeirense contou com 23 vitórias, 11 empates e apenas 4 derrotas. O Alviverde marcou 64 gols e foi vazado 26 vezes. Foram 19 jogos em casa, sendo 15 no Allianz Parque e 4 no estádio do Pacaembu, com 16 vitórias, 2 empates e uma única derrota, e 19 longe de seus domínios – 7 triunfos, 9 igualdades e 3 reveses.
Campeão com 77 pontos e uma rodada de antecedência, o Alviverde terminou o primeiro turno na 6ª posição, com oito pontos de distância para o Flamengo, até então líder do torneio. A histórica campanha na segunda metade da competição, no entanto, foi mais do que suficiente para trazer o título para o Palestra Italia. Ao fim do certame, o Alviverde encerrou sua participação com 80 pontos, após bater o Vitória na derradeira rodada, no Allianz Parque.
Foram 47 pontos em 19 jogos no segundo turno, sem ter sido derrotado sequer uma vez. Antes de o segundo turno começar, inclusive, o Verdão já somava três partidas de invencibilidade, o que fez com que o time somasse, ao todo, 23 duelos invictos, atingindo o recorde de invencibilidade da era dos pontos corridos (ou seja, a partir de 2003), superando as 19 partidas sem revés do rival Corinthians, sequência obtida em 2017 – até então o Alvinegro era o dono da marca.
Vale lembrar que os comandados de Luiz Felipe Scolari, com isso, igualaram a segunda maior marca invicta da história do clube no Nacional, imposta em 1994, também de 23 encontros sem derrotas. No entanto, a série recordista em toda a história continua sendo de 26 partidas, emplacada entre 1972 e 1973.
Além de ter somado mais pontos do que o restante dos clubes do Campeonato Brasileiro (80), o Verdão liderou diversos quesitos ao longo da competição: mais vitórias (22), menos derrotas (4), melhor ataque (64), melhor defesa (-26) e melhor saldo de gols (37), além de, segundo números do Footstats, ser o clube que mais driblou (267), mais interceptou bolas (222), mais desarmou (860), mais fez lançamentos (1651) e mais fez viradas de bola (171).
Ao longo da competição, o time foi dirigido por dois técnicos: Roger Machado (6 vitórias, 5 empates e 4 derrotas) e Luiz Felipe Scolari (16 vitórias e 5 empates), além de Wesley Carvalho (uma vitória) e Paulo Turra (um empate), que utilizaram, ao todo, 29 atletas. Treinador mais vitorioso do país, Felipão conquistou o Brasileirão pela segunda vez – a primeira foi em 1996, pelo Grêmio.
O meio-campista Lucas Lima encerrou a competição como o atleta do Palmeiras que mais atuaram na competição nacional – foram 34 jogos, enquanto Bruno Henrique, segundo colocado, atuou 33 vezes. Já a artilharia da equipe verde e branca ficou com Willian Bigode, que balançou as redes 10 vezes, seguido pela dupla Bruno Henrique e Deyverson, ambos com 9 gols. E o responsável do time por mais assistências no campeonato foi Dudu (14).
No elenco campeão brasileiro de 2018, 11 jogadores também fizeram parte da vitoriosa campanha do título do Brasileirão de 2016 e, portanto, são bicampeões pelo clube: os goleiros Fernando Prass e Jailson, os zagueiros Edu Dracena e Thiago Martins, os meio-campistas Thiago Santos, Jean, Moisés, Vitinho e Tchê Tchê e os atacantes Artur e Dudu.
Dos 19 adversários do Alviverde no campeonato, a equipe venceu 18 deles ao menos uma vez. Apenas o Flamengo não foi superado pelo Verdão nesta edição do Brasileirão – os times empataram em 1 a 1 os dois jogos.
Campanha:
Jogos: 38 (23 vitórias, 11 empates e 4 derrotas)
Gols marcados: 64
Gols sofridos: 26
Jogo decisivo:
Vasco 0x1 Palmeiras
Campeonato Brasileiro de 2018 (37ª rodada)
25/11/2018
São Januário. Rio de Janeiro-RJ
Público: 21.066
Juiz: Rafael Traci (PR)
Cartões amarelos: Desábato, Leandro Castan, Andrey e Andrés Ríos, no banco (VASCO); Felipe Melo, Bruno Henrique, Gustavo Gómez, Deyverson e Jean (PALMEIRAS)
Vasco: Fernando Miguel, Luiz Gustavo, Werley, Leandro Castan e Henrique (Willian Maranhão, 22 do 1°); Desábato (Raul, 11 do 2°), Andrey, Thiago Galhardo, Yago Pikachu e Kelvin (Marrony, 31 do 2°); Maxi López. Técnico: Alberto Valentim
Palmeiras: Weverton, Mayke, Luan, Gustavo Gómez e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique, Lucas Lima (Gustavo Scarpa, 23 do 2°), Dudu e Willian (Jean, 29 do 2°); Borja (Deyverson, 14 do 2°). Técnico: Luiz Felipe Scolari
Gol: Deyverson (27’ do 2ºT-PAL).
Campeonato Brasileiro – 2016
A torcida do Palmeiras aguardou 22 anos para voltar a comemorar o título do Campeonato Brasileiro, mas o time de 2016 tratou de compensar a longa espera com uma temporada acima da média. Incontestável, a equipe dirigida por Cuca quebrou tabus, bateu recordes e garantiu o tão esperado eneacampeonato. Com 80 pontos, o Verdão obteve a segunda melhor campanha da competição desde 2006, quando o nacional passou a ser disputado por 20 clubes, e parou a Avenida Paulista na celebração que levou milhares de palmeirenses à rua.
Consistência, eficiência e apoio incondicional da torcida palestrina marcaram a caminhada que terminou em festa no Allianz Parque. O time levantou a taça com uma rodada de antecedência, depois de o Palmeiras derrotar a Chapecoense, por 1 a 0, no último jogo da equipe catarinense antes da tragédia que vitimou sua delegação. O jogo também marcou a despedida de Gabriel Jesus, que deixou o clube com dois títulos em dois anos no Profissional, e o bateu o recorde de público da história do estádio Palestra Italia (40.986 torcedores).
O Palmeiras foi campeão com o melhor ataque, tendo anotado 62 gols. Além disso, terminou com a defesa menos vazada (32 gols sofridos), o maior número de vitórias (24 em 38 partidas) e o menor número de derrotas – apenas seis. Oito palmeirenses foram eleitos para a seleção do Brasileiro: Jailson, Jean, Mina, Tchê Tchê, Moisés, Dudu, Gabriel Jesus e o técnico Cuca – Jesus ainda foi escolhido o craque da competição. Pela primeira vez na história do Brasileirão disputado em pontos corridos, um time não foi punido com nenhum cartão vermelho.
A trajetória eneacampeã começou no dia 14 de maio, quando mais de 33 mil torcedores assistiram à goleada por 4 a 0 sobre o Atlético-PR, no Allianz Parque. Após alternar bons e maus resultados nas rodadas iniciais, o time de Cuca engatou uma sequência de ótimas exibições no mês de junho, vencendo adversários importantes como Grêmio, Flamengo e Corinthians. Mas foi entre agosto e outubro que o Palmeiras construiu a sua maior sequência invicta no campeonato: 15 partidas sem perder (dez vitórias e cinco empates).
No período, o Verdão obteve resultados importantes e venceu Vitória, Atlético-PR (acabando com um jejum de oito anos sem vencer o rival em Curitiba-PR), Fluminense, São Paulo, Corinthians (na casa do adversário), Coritiba, Santa Cruz, América-MG, Figueirense e Sport, abrindo vantagem na liderança. Os 44 pontos conquistados no returno fizeram o clube terminar com a melhor campanha da história em um só turno no atual formato do Brasileirão.
A partir daí, com muita garra e sabedoria, foi só questão de administrar a distância sobre os adversários e esperar para comemorar o título, que, de quebra, ampliou a supremacia do Palmeiras como o maior campeão do Brasil: ao todo, são 13 troféus (nove Brasileiros, três Copas do Brasil e uma Copa dos Campeões). Na última rodada, a equipe alviverde coroou a campanha derrotando o Vitória, em Salvador-BA, em rodada marcada pelas homenagens às vítimas do acidente da Chapecoense.
Campanha:
Jogos: 38 (24 vitórias, 8 empates e 6 derrotas)
Gols marcados: 62
Gols sofridos: 32
Jogo decisivo:
Palmeiras 1×0 Chapecoense
Campeonato Brasileiro de 2016 (37ª rodada)
27/11/2016
Allianz Parque. São Paulo-SP
Público: 40.986
Juiz: Anderson Daronco (RS)
Cartões amarelos: Fabiano (SEP), Marcelo (CHA) e Bruno Rangel (CHA)
Palmeiras: Jailson (Fernando Prass); Fabiano (Gabriel), Edu Dracena, Vitor Hugo e Zé Roberto; Tchê Tchê (Thiago Santos), Jean e Moisés; Dudu, Róger Guedes e Gabriel Jesus. Técnico: Cuca
Chapecoense: Danilo; Gimenez, Marcelo, Filipe Machado e Alan Ruschel; Matheus Biteco, Cleber Santana (Gil), Sérgio Manoel, Tiaguinho (Ailton Canela) e Lucas Gomes; Bruno Rangel (Kempes). Técnico: Caio Júnior
Gol: Fabiano (25’ do 1ºT-PAL).
Campeonato Brasileiro – 1994
Igualando o feito da Segunda Academia, o Palmeiras, em 1994, conquistou o país pela segunda vez consecutiva, mas agora o gosto era ainda mais especial – o finalista derrotado foi o Corinthians. Após o tabu de mais de uma década sem títulos ser superado um ano antes, o Verdão chegou ao Brasileirão de 1994 com o status de bicampeão paulista e atual vencedor nacional.
Mantendo a base de 1993, porém ainda mais reforçado com a chegada de Rivaldo, o Palmeiras iniciou o torneio de maneira arrasadora – foram 9 vitórias e 1 empate nos 10 primeiros jogos, classificando-se tranquilamente para a etapa seguinte. Na segunda fase, foi alocado no grupo B, ao lado de Bahia, Botafogo, Flamengo, Paraná, Santos, São Paulo e Sport. Com apenas uma derrota, conquistou a primeira colocação e confirmou presença nas quartas de final.
Graças a duas vitórias pelo placar de 2 a 1, o Alviverde passou sem maiores dificuldades pelo Bahia – Roberto Carlos e Maurílio marcaram no jogo de ida e César Sampaio e Evair sacramentaram a classificação na volta. Nas semifinais, a vítima foi o Guarani, que, com gols de Cléber, Zinho e Evair, saiu de São Paulo derrotado por 3 a 1. Já em Campinas, Rivaldo foi o nome da partida, marcando os dois tentos que garantiram a vaga na final. Finalíssima esta que foi disputada contra o Corinthians, justamente o último clube de Rivaldo.
O habilidoso canhoto não se firmou no rival e caiu cirurgicamente no meio-campo de Vanderlei Luxemburgo. Pior para o adversário – ele foi fundamental nas finais, marcando em ambos os jogos. No primeiro confronto, abriu o marcador em uma arrancada sensacional e ampliou após desarmar o lateral Branco. Edmundo ainda marcou o terceiro após belo passe de Evair, e Marques descontou, porém nada que colocasse o título em risco. O mesmo Marques ainda tentou estragar a festa dos bicampeões no segundo jogo, abrindo o placar, mas Rivaldo apareceu novamente para finalizar bela jogada de Edmundo.
Campanha:
Jogos: 31 (20 vitórias, 6 empates e 5 derrotas)
Gols marcados: 58
Gols sofridos: 30
Jogo decisivo
Palmeiras 1×1 Corinthians
Campeonato Brasileiro de 1994 – Final (2º jogo)
18/12/1994
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Público: 35.271
Juiz: Márcio Rezende de Freitas (MG)
Cartões vermelhos: Zinho (PAL), Branco (COR) e Luizinho (COR)
Palmeiras: Velloso; Cláudio, Antônio Carlos, Cléber e Wágner; César Sampaio, Flávio Conceição (Amaral), Zinho e Rivaldo; Edmundo (Tonhão) e Evair. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Corinthians: Ronaldo; Paulo Roberto, Henrique, Gralak e Branco; Luizinho, Marcelinho Paulista e Souza (Tupãzinho); Marcelinho Carioca, Viola e Marques. Técnico: Jair Pereira.
Gols: Marques (3’ do 1ºT-COR) e Rivaldo (36’ do 2ºT-PAL).
Campeonato Brasileiro – 1993
Colhendo os primeiros frutos dos investimentos da multinacional Parmalat, o Palmeiras encerrou em 1993 um jejum de quase 20 anos sem títulos nacionais – o último havia sido em 1973 com a Segunda Academia. A parceria ítalo-brasileira firmada um ano antes financiou as conquistas do Campeonato Paulista e do Torneio Rio-São Paulo de 1993, porém, no âmbito nacional, este Brasileirão foi o primeiro título. A temporada começou com os reforços de Antônio Carlos e Roberto Carlos para a defesa, além de Edmundo e Edílson para o ataque. Aliados a este quarteto, Mazinho, César Sampaio, Zinho e Evair realizaram um certame quase perfeito.
Alocado no grupo B, o Verdão terminou a primeira fase na liderança, após jogos de ida e volta contra sete adversários. Na segunda fase, a chave do Alviverde era composta por Guarani, Remo e São Paulo, novamente jogando entre si em turno e returno. Na antepenúltima rodada, os bugrinos e o remistas já estavam eliminados, enquanto Palmeiras e São Paulo se enfrentaram no Morumbi, decidindo o finalista. Com um chute certeiro de perna direita, Edmundo abriu o placar na segunda etapa após bela jogada de César Sampaio. Quando Sérgio sofria grande pressão na meta palmeirense, o mesmo Sampaio, em uma arrancada épica do campo de defesa, só parou depois de deixar o goleiro Zetti no chão e a bola na rede, carimbando a vaga palestrina na final.
O time de Vanderlei Luxemburgo jogou contra o Vitória nas finais. Os baianos chegaram após uma boa campanha, eliminando Corinthians, Flamengo e Santos, tendo Dida como principal destaque. No primeiro embate, na Fonte Nova, Edílson decidiu no finalzinho, garantindo o 1 a 0 e dando confiança para o jogo de volta, realizado no Morumbi. Apoiado pela torcida, o Verdão decidiu o confronto em menos de meia hora – Evair abriu o placar e, antes dos 25 minutos, Edmundo ampliou. Depois de quase duas décadas longe do protagonismo nacional, a Sociedade Esportiva Palmeiras estava de volta e a Era Parmalat estava só começando.
Campanha:
Jogos: 22 (16 vitórias, 4 empates e 2 derrotas)
Gols marcados: 40
Gols sofridos: 17
Jogo decisivo:
Palmeiras 2×0 Vitória
Campeonato Brasileiro de 1993 (Final – jogo de volta)
19/12/1993
Estádio do Morumbi. São Paulo-SP
Público: 88.644
Juiz: Márcio Rezende de Freita (MG)
Cartões amarelos: Gil Sergipano (VIT), Rodrigo (VIT), João Marcelo (VIT) e Renato Martins (VIT)
Cartão vermelho: China (9’ do 2ºT-VIT)
Palmeiras: Sérgio; Gil Baiano, Antônio Carlos, Cléber (Tonhão) e Roberto Carlos; César Sampaio, Mazinho, Edílson e Zinho; Edmundo e Evair (Sorato). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Vitória: Dida; Rodrigo, João Marcelo, China e Renato Martins; Gil Sergipano, Roberto Cavalo e Paulo Isidoro; Alex Alves, Claudinho e Giuliano Pariz (Fabinho) (Evandro). Técnico: Fito Neves.
Gols: Evair (4’ do 1ºT-PAL) e Edmundo (23’ do 1ºT-PAL).
Campeonato Brasileiro – 1973
O empate frente ao São Paulo, já no início de 1974, rendeu à Segunda Academia de Futebol do Palmeiras o último título nacional de sua era e o sexto da história do clube. A brilhante geração que se formou no final da década de 1960 comemorou sua segunda conquista nacional de forma consecutiva, tendo uma das melhores defesas da história dos Brasileiros, com uma média de apenas 0,3 gols sofridos por jogo.
Baseada na política de interesses da ditadura militar, a CBD (Confederação Brasileira de Desportos) aboliu a disputa de uma segunda divisão e inflou o Brasileirão com 40 equipes de 20 diferentes estados. A primeira fase era composta de dois turnos – no primeiro, dois grupos de 10 times jogavam dentro de suas chaves em jogos só de ida, e no segundo o procedimento foi o mesmo, porém os grupos tinham metade do número de agremiações. Na final desta confusa fase, os 20 melhores na classificação geral avançaram, sendo o Palmeiras o time de melhor campanha e mais sólida defesa.
Juntaram-se a ele, América (MG), Atlético (MG), Bahia (BA), Ceará (CE), Corinthians (SP), Coritiba (PR), Internacional (RS), Tiradentes (PI) e Vasco (RJ), jogando no mesmo formato da primeira etapa da competição, porém agora só os dois primeiros avançaram para um quadrangular final. Invicto e sofrendo apenas um gol, o Verdão liderou sem maiores dificuldades e chegou favoritíssimo aos últimos jogos do certame.
Com um belo chute de Edu Bala, o Palmeiras iniciou bem a última fase do campeonato, vencendo o Cruzeiro de Nelinho, Perfumo e Dirceu Lopes em pleno Mineirão. No Pacaembu, o Internacional de Figueroa, Falcão e Rubens Minelli também se rendeu à eficiência alviverde, deixando o time de Oswaldo Brandão a um empate do título brasileiro. Nem Waldir Peres, Pablo Forlán ou Pedro Rocha conseguiram parar Ademir da Guia e seus comandados – um 0x0 com o São Paulo garantiu o hexacampeonato nacional para o clube de Palestra Italia e o bicampeonato consecutivo da segunda geração da Academia de Futebol.
Campanha:
Jogos: 40 (25 vitórias, 12 empates e 3 derrotas)
Gols marcados: 52
Gols sofridos: 13
Jogo decisivo:
Palmeiras 0x0 São Paulo
Campeonato Brasileiro de 1973 – Quadrangular final (3ª rodada)
20/02/1974
Estádio do Morumbi. São Paulo-SP
Juiz: Arnaldo Cezar Coelho (RJ)
Público: 66.549
Palmeiras: Leão; Eurico, Luís Pereira, Alfredo Mostarda e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Ronaldo, Leivinha, César Maluco e Nei. Técnico: Oswaldo Brandão.
São Paulo: Waldir Peres; Pablo Forlán (Nélson Baptista), Paranhos, Arlindo e Gilberto Sorriso; Chicão e Pedro Rocha; Terto, Zé Carlos (Ratinho), Mirandinha e Piau. Técnico: José Poy.
Campeonato Brasileiro – 1969
A conquista do Campeonato Brasileiro de 1969, também chamado de Torneio Roberto Gomes Pedrosa, é o quarto título nacional do Palmeiras e representa tanto o último da Primeira Academia de Futebol, quanto os primeiros passos da segunda geração – Leão e Luís Pereira já estavam no elenco, porém ambos com 20 anos seriam muito mais importantes para o clube na década de 1970. Com a extinção da Taça Brasil em 1968, o Robertão foi o único campeonato nacional do ano, sendo disputado por 17 equipes de sete estados diferentes.
Os clubes jogaram todos contra todos, em turno único, mas separados em dois grupos – um com oito agremiações e outro com sete, sendo que os dois mais bem colocados de cada chave avançaram. Com gols de César Maluco e assistências de Ademir da Guia, o Verdão liderou o grupo B com nove vitórias, um empate e seis derrotas, avançando para um quadrangular final com Corinthians, Cruzeiro e Botafogo.
O primeiro jogo foi logo contra o maior rival, mas em uma tarde marcada pelo nervosismo, ficaram no 0 a 0. Precisando vencer, o Palmeiras iniciou o embate frente ao Cruzeiro liderando o placar, graças a um tento de César, mas Palhinha deixou tudo igual. Na última rodada, o Alviverde precisou torcer por uma derrota do Corinthians e vencer o Botafogo por uma diferença maior de gols do que a vitória do Cruzeiro. Ao final do primeiro tempo, a torcida palestrina já comemorava três gols – Ademir marcou duas vezes e César uma. Ferretti ainda descontou para os cariocas, mas não foi suficiente para tirar o título do Palestra Italia, pois os mineiros venceram por apenas 2 a 1. A Sociedade Esportiva Palmeiras alcançou o tetra campeonato nacional de forma emocionante, no saldo de gols, enquanto assistia os últimos lances da Primeira Academia e o nascimento da geração seguinte.
Campanha:
Jogos: 19 (10 vitórias, 3 empates e 6 derrotas)
Gols marcados:28
Gols sofridos: 21
Jogo decisivo:
Campeonato Brasileiro de 1969 – Quadrangular final (3ª rodada)
Palmeiras 3×1 Botafogo
07/12/1969
Estádio do Morumbi. São Paulo-SP
Juiz: Armando Marques (SP)
Palmeiras: Leão; Eurico, Baldocchi, Nélson e Zeca; Dudu e Ademir da Guia; Cardoso (Serginho), Jaime, César Maluco e Pio (Copeu). Técnico: Rubens Minelli.
Botafogo: Cao; Luís Carlos, Chiquinho, Moisés (Ademir) e Valtencir; Leônidas e Afonsinho; Jairzinho, Humberto, Ferretti e Torino (Zequinha). Técnico: Zagallo.
Gols: Ademir da Guia (11’ 1ºT-PAL), César Maluco (27’ do 1ºT-PAL), Ademir da Guia (44’ do 1ºT-PAL) e Ferretti (10’ do 2ºT-BOT).
Campeonato Brasileiro – 1967 (Taça Brasil)
A temporada de 1967 foi marcante para a consolidação da Primeira Academia de Futebol do Palmeiras como um dos mais fantásticos times da história. Só naquele ano foram dois títulos brasileiros, o segundo conquistado em dezembro com a equipe comandada por Mário Travaglini. Diferente do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, realizado no primeiro semestre, a Taça Brasil foi disputada em sistema eliminatório, composta apenas pelo atual campeão e pelos vencedores dos estaduais de 1966, indicando, ao final do certame, os representantes do Brasil na Taça Libertadores da América do ano seguinte.
Favorecido por ostentar o título de campeão paulista, o Alviverde entrou diretamente na semifinal, encarando um forte Grêmio, pentacampeão gaúcho na época. Primeiros em uma na chave com Ferroviário (Paraná) e Perdigão (Santa Catarina), os gaúchos receberam os palmeirenses e obtiveram um indigesto 2 a 1 no Estádio Olímpico; Alcino e Joãozinho marcaram para os donos da casa, enquanto Áureo (contra) foi o autor do tento palestrino. Mas, contando com um inspirado César Maluco e com toda a força de seu torcedor, o Verdão, com duas vitórias no Pacaembu, avançou à fase final – 3 a 1 e 2 a 1.
Na final, encarou seu algoz no Campeonato Brasileiro de 1966, quando caiu para o mesmo Náutico nas quartas de final. O então pentacampeão pernambucano passava por um dos melhores momentos de sua história – eliminou o América (Sergipe) na 3ª fase, o Atlético-MG (Minas Gerais) nas quartas e na semifinal passou pelo campeão da edição de 1966, o Cruzeiro (Minas Gerais). No primeiro encontro, César, Zequinha e Lula surpreenderam os nordestinos e garantiram a vitória para o Palmeiras em plena Ilha do Retiro, porém, na partida de volta foi a vez de Fraga e Ladeira garantirem um 2 a 1 para o Náutico; Baldocchi descontou. A última e decisiva partida foi marcada para o Maracanã e, assim como no título mundial de 1951, o Verdão deixou a capital carioca com o título – César Maluco e Ademir da Guia garantiram o triunfo por 2 a 0. A Academia de Futebol se consagrava no cenário nacional.
Campanha:
Jogos: 6 (4 vitórias, 0 empates e 2 derrotas)
Gols pró: 12
Gols sofridos: 7
Jogo decisivo:
Campeonato Brasileiro de 1967 (Taça Brasil) – Final (jogo de desempate)
Palmeiras 2×0 Náutico
29/12/1967
Estádio do Maracanã. Rio de Janeiro-RJ
Juiz: Armando Marques (RJ)
Público: 16.567
Palmeiras: Perez; Geraldo Escalera, Baldocchi, Minuca e Ferrari; Dudu e Zequinha; César Maluco, Ademir da Guia, Tupãzinho e Lula. Técnico Mário Travaglini.
Náutico: Válter Serafim; Gena, Mauro, Fraga e Clóvis; Rafael e Ivan; Miruca, Ladeira, Nino e Lala. Técnico: Duque.
Gols: César Maluco (7’ do 1ºT-PAL), Ademir da Guia (34’ do 2ºT-PAL).
Campeonato Brasileiro – 1967 (Torneio Roberto Gomes Pedrosa)
A vitória por 2 a 1 frente ao Grêmio, na noite do dia 8 de junho de 1967, representou a primeira conquista no âmbito nacional da famosa Academia de Futebol do Palmeiras, um time que dava aulas de como jogar, encantando não só os amantes do Alviverde, mas todos os apaixonados pelo esporte. Com sólida base formada de atletas do calibre de Djalma Santos, Minuca, Ferrari, Dudu, Ademir da Guia, Servílio e César Maluco, o Verdão jogou com elegância e dominou o país no ano de 1967.
Organizado pelas federações paulista e carioca, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi resultado da ampliação do Torneio Rio-São Paulo, incrementado com clubes de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, ou seja, a primeira grande competição não disputada em sistema de mata-matas, como as Taças Brasil, e que reuniu mais de dois estados. As 15 equipes participantes se enfrentaram todas contra todas em turno único, divididas em dois grupos – um com 7 agremiações e outro com 8, sendo que os dois mais bem colocados de cada chave avançaram. O clube de Palestra Italia liderou o grupo B com 7 vitórias, 5 empates e 2 derrotas, ostentando o melhor ataque até então – 31 gols em 14 jogos.
Em segundo lugar ficou o Grêmio, e ambos se juntaram a Corinthians e Internacional, formando um quadrangular final de rivais, jogado em turno e returno, definindo o grande vencedor. Com duas vitórias e três empates, os comandados do lendário técnico Aymoré Moreira chegaram à última rodada precisando apenas de um empate no Pacaembu, mas o Alviverde não se contentou apenas com a igualdade – antes da primeira meia hora de embate, o artilheiro do campeonato, César Maluco, já havia marcado duas vezes. Ari Ercílio ainda descontou para os gaúchos, mas nada que tirasse o brilho da primeira conquista nacional da inesquecível Academia de Futebol.
Campanha:
Jogos: 20 (10 vitórias, 8 empates e 2 derrotas)
Gols marcados: 39
Gols sofridos: 26
Jogo decisivo:
08/06/1967
Palmeiras 2×1 Grêmio
Campeonato Brasileiro de 1967 (Taça Roberto Gomes Pedrosa)
Quadrangular final (6ª rodada)
Estádio do Pacaembu. São Paulo-SP
Juiz: João Carlos Ferrari (RS)
Cartão vermelho: Ferrari (PAL)
Palmeiras: Perez; Djalma Santos, Baldocchi, Minuca e Ferrari; Dudu e Ademir da Guia; Dario (Zico), Servílio, César e Tupãzinho (Rinaldo). Técnico: Aymoré Moreira.
Grêmio: Arlindo; Everaldo, Ari Ercílio, Paulo Souza e Ortunho; Áureo (Paíca) e Cléo; Babá (Loivo), João Severiano, Beto (Vieira) e Volmir. Técnico: Carlos Frôner.
Gols: César Maluco (8’ do 1ºT-PAL), César Maluco (24’ do 1ºT-PAL) e Ari Ercílio (40’ do 2ºT-GRE)
Campeonato Brasileiro – 1960
A conquista do Campeonato Paulista de 1959 rendeu ao Palmeiras o direito de participar do Campeonato Brasileiro de 1960, conhecido também como Taça Brasil e cuja primeira edição havia sido realizada no ano anterior. A competição reuniu 17 campeões estaduais, que se enfrentaram em sistema eliminatório de ida e volta.
A CBD (Confederação Brasileira de Desportos, atual CBF), organizadora do evento, decidiu que as Seleções Estaduais que chegaram à final do Campeonato Brasileiro de Seleções de 1959 dariam ao clube de seu estado o direito de entrar diretamente nas semifinais do torneio nacional. Como a Seleção Paulista foi campeã e a Pernambucana ficou com o vice, Palmeiras e Santa Cruz foram comtemplados.
O Verdão encarou o Fluminense, campeão da Chave Sul – composta pelos estados do Espírito Santo, da Guanabara, de Minas Gerais, do Paraná, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Após um empate por 0 a 0 no Pacaembu, o Alviverde mostrou que o Maracanã também é seu palco e, assim como no Mundial Interclubes de 1951, saiu vitorioso – Humberto marcou o gol da vitória por 1 a 0 aos 44 minutos do segundo tempo.
No primeiro jogo final, o Palmeiras viajou até o Ceará, onde enfrentou o time o Fortaleza. O Estádio Presidente Vargas lotado não intimidou os palmeirenses – com dois gols de Romeiro e um de Humberto, a partida já estava 3 a 0 em menos de 20 minutos. Benedito ainda descontou, mas nada que tirasse o favoritismo dos comandados de Oswaldo Brandão. Expectativas mais do que confirmadas no jogo de volta – 40 mil palestrinos abarrotaram-se no Pacaembu e assistiram a Zequinha, Chinesinho (duas vezes), Romeiro, Julinho, Cruz (duas vezes) e Humberto marcarem em um inesquecível 8 a 2. Com o título invicto, a Sociedade Esportiva Palmeiras conquistou o Brasil pela primeira vez e assegurou vaga para, em 1961, debutar na Copa Libertadores da América.
Campanha:
4 jogos (3 vitórias e 1 empate)
12 gols marcados
3 gols sofridos
Jogo decisivo:
28/12/1960
Campeonato Brasileiro de 1960 (Taça Brasil) – Final (segundo jogo)
Palmeiras 8×2 Fortaleza
Estádio: Pacaembu. São Paulo-SP
Juiz: Ricardo Bonadies (CE)
Público: 40.000
Palmeiras: Valdir; Djalma Santos, Valdemar Carabina, Aldemar e Jorge; Zequinha e Chinesinho; Julinho Botelho, Romeiro, Humberto e Cruz. Técnico: Oswaldo Brandão.
Fortaleza: Pedrinho; Mesquita e Sanatiel; Toinho, Sapenha e Ninoso; Benedito, Walter Vieira, Moésio, Charuto e Bececê. Técnico: França.
Gols: Charuto (FOR-6’ do 1ºT), Zequinha (PAL-8’ do 1ºT), Chinesinho (PAL-10’ do 1ºT), Romeiro (PAL-12’ do 1ºT), Julinho Botelho (PAL-21’ do 1ºT), Charuto (FOR-44’ do 1ºT), Cruz (PAL-8’ do 2ºT), Cruz (PAL-11’ do 2ºT), Chinesinho (PAL-24’ do 2ºT) e Humberto (PAL-32’ do 2ºT).
Outras conquistas
Internacionais
Troféu Ramón de Carranza: 1969, 1974 e 1975
Torneio do México: 1959 e 1963
Torneio Euro-América: 1991 e 1996
Troféu Estevão Ronai: 1929
Taça Fanfulla: 1929
Taça C. Giusti: 1931
Torneio das Missões: 1947
Taça Peñarol: 1951
Troféu Cidade do México: 1952
Torneio Quadrangular de Lima: 1962
Torneio Cidade de Manizales: 1962
Torneio de Florença: 1963
Copa IV Centenário do Rio de Janeiro: 1965
Taça Independência Brasil-Uruguai: 1965
Torneio Internacional João Havelange: 1966
Copa Brasil-Japão: 1967
Troféu Cidade de Barcelona: 1969
Copa da Grécia: 1970
Torneio Mar Del Plata: 1972
Copa Centenário da Imigração Italiana: 1975
Copa Kirin: 1978
Troféu Ademir da Guia: 1982
Copa Brasil-Itália: 1994
Torneio Lev Yashin: 1994
Copa da China: 1996
Torneio Naranja: 1997
Florida Cup: 2020
Nacionais
Campeonato Brasileiro – Série B: 2003 e 2013
Interestaduais
Troféu Falchi: 1918
Troféu Rio de Janeiro: 1920
Taça Dr. Machado Lima: 1921
Taça Colônia Gaúcha: 1926
Taça ANEA: 1926
Taça A.A. das Palmeiras: 1930
Taça Porto Alegre: 1936
Torneio do Paraná: 1938
Torneio de Fortaleza: 1938
Torneio dos Campeões (Inauguração do Pacaembu): 1940
Troféu Rio Grande do Sul: 1946
Torneio Quadrangular São Paulo-Rio: 1952
Torneio Quadrangular do Recife: 1955
Torneio do Café: 1984
Torneio Maria Quitéria: 1997
Taça Governador de Góias: 1997
Estaduais
Taça Competência: 1920, 1926, 1927 e 1932
Taça Cidade de São Paulo: 1945, 1946, 1950 e 1951
Taça dos Invictos: 1933/1934, 1972/1973 e 1989
Troféu Piratininga – Quadrangular dos Grandes Clubes: 1963, 1965 e 1966
Taça Ballor: 1926 e 1927
Taça A Gazeta Esportiva: 1947 e 1979
Torneio Roberto Ugolini: 1959 e 1960
Taça Pinoni: 1919
Taça Prefeitura de São Paulo: 1925
Torneio de Piracicaba: 1926
Torneio Estadual Pró-Estádio: 1931
Troféu Campeoníssimo – Triangular dos Grandes Clubes: 1942
Taça Laudo Natel: 1972
Troféu José Maria Marin: 1987
Troféu Athiê Jorge Couri: 1993
Taças e Troféus
Internacionais
Taça Guarani: 1922
Copa Atilio Narâncio: 1923
Troféu Malmoe: 1949
Taça Ribeiro de Carvalho: 1952
Taça Presidente da República: 1952
Troféu Valentin Suarez: 1956
Taça Adhemar de Barros: 1960
Troféu João Mendonça Falcão: 1962
Taça Saprissa: 1964
Taça Osaka: 1975
Troféu Cidade de Lima: 1985
Troféu Oviedo: 1989
Troféu América: 1991
Taça Lazio: 1992
Taça Reggiana: 1993
Copa Nagoya: 1994
Taça Jihan – China: 1996
Taça Xangai – China: 1996
Taça Pequim – China: 1996
Taça da Amizade-Copa Reebok: 1997
Troféu Julinho Botelho l DirecTV: 2014
Nacionais
Taça Jornal do Comércio: 1918
Taça Montenegro: 1920
Taça City: 1922
Taça Orminda O’Valle: 1923
Taça King: 1924
Taça Palestra Italia: 1925
Taça Fiat: 1926
Taça Sul América: 1927
Troféu Palestra Italia: 1928
Taça Flamengo: 1929
Taça Conde Matarazzo: 1929
Troféu Lineu Prestes: 1930
Taça Revanche: 1934
Taça Dante Delmanto: 1934
Taça Prefeito Dr. Guilherme: 1934
Taça Fluminense: 1934
Taça Palestra Italia: 1937
Taça Aniversário: 1937
Taça Conde Francisco Matarazzo: 1938
Taça Máquinas Tonnanin: 1939
Troféu Leader Sportivo: 1940
Taça Armando Albano: 1946
Taça 7 de Setembro: 1947
Taça Mito: 1948
Taça O Esporte: 1951
Troféu Jornal dos Sports: 1961
Taça Rio Grande do Sul: 1965
Taça Cidade de Curitiba: 1966
Taça Julio Botelho: 1967
Taça Apucarana: 1967
Taça Cidade de Goiânia: 1975
Taça River: 2002
Troféu Cem Anos de Paulo Coelho Neto: 2002
Interestaduais
Taça dos Campeões RJ-SP: 1926, 1933, 1943 e 1948
Taça dos Campeões SP-BA: 1937 e 1948
Estaduais
Troféu Fair Play FPF: 1996, 2004 e 2007
Festival da APEA: 1927 e 1932
Troféu Tuffy-Fried: 1942 e 1945
Taça Savoia: 1915
Festival Estadual de Taubaté: 1916
Festival Ludovico Bacchiani: 1916
Taça Cruz Vermelha Italiana: 1916
Taça Pró-Ospedale: 1916
Taça Estrela: 1917
Festival Santos-Pró Pátria: 1917
Taça Amyris: 1917
Taça José Castelhano: 1917
Troféu Café Java: 1917
Taça Henrique Catalano: 1917
Taça Luciano: 1917
Torneio de Outono: 1918
Taça Caridade: 1918
Taça Nociti: 1918
Taça Campinas: 1918
Taça Diário Popular: 1918
Taça Touring: 1918
Taça Initium: 1918
Festival da Liga Nacionalista: 1918
Taça Stadium Paulista: 1918
Troféu América Paulista: 1918
Taça Sudan: 1918
Taça Colonia Italiana: 1918
Taça de Prata: 1918
Taça Cruz Vermelha: 1918
Taça Confraternização dos Povos: 1919
Taça Circolo Italiano Uniti: 1919
Taça Castelões: 1919
Taça Gennaro Falci: 1919
Taça Estádio Paulista: 1919
Taça Beirute: 1919
Taça Gabrielle D’Annunzio: 1919
Troféu Comércio de São Carlos: 1919
Taça Montenegro: 1919
Taça Henrique Mortari: 1919
Taça Cruz Vermelha Brasileira: 1919
Taça Matarazzo: 1920
Taça Pietro Ruggeri: 1920
Taça Holmberg Bech: 1920
Taça São Paulo Sportivo: 1920
Taça Unioni dei Viaggiatori Italiani: 1921
Taça Catalani: 1921
Taça Societa Italiana di Mutuo Soccorso: 1921
Taça Giuseppe Verdi: 1921
Taça Mogyana: 1921
Taça Casa Roque de Marco: 1921
Taça Societá Italiana di Beneficenza: 1922
Taça Picchetti: 1922
Taça Itapira: 1922
Taça Concórdia: 1922
Taça Botafogo: 1922
Taça General Caviglia: 1922
Taça Guaraná Espumante: 1922
Taça Carlos Gomes: 1922
Taça Piracicaba: 1922
Taça Zezé Leone: 1923
Taça Mariano Procópio: 1923
Taça Agnello Castellano: 1924
Taça Maternidade de São Carlos: 1924
Taça David Picchetti: 1924
Taça Cavalheiro De Vivo: 1924
Copa Itália: 1924
Taça Centenário de São João da Boa Vista: 1924
Taça Amilcar Barbuy: 1924
Taça Elpídio de Paiva Azevedo: 1924
Taça Palmeiras: 1924
Taça Guazzelli: 1924
Taça Altivez: 1924
Taça Conde Matarazzo: 1924
Taça São Bento: 1925
Taça Delphim Braga: 1925
Taça Automovel Clube: 1925
Taça Il Piccolo: 1925
Taça Kfouri: 1927
Taça Sociedade Italiana Cesare Baptisti: 1927
Taça Umberto Delboni: 1927
Taça A Preferida: 1927
Troféu Lúcio Veiga: 1927
Taça Nerone: 1927
Taça Municipalidade: 1927
Taça Marquez de Pinedo: 1928
Taça Luiz Paiva Azevedo: 1928
Taça Caridade: 1928
Taça Botucatu: 1928
Taça Prefeitura de Jaú: 1928
Taça Luso-Italiana: 1928
Taça Conde Francisco Matarazzo: 1928
Taça Rampla Juniors: 1929
Taça Ramos de Azevedo: 1929
Taça Amizade: 1930
Taça Presidente Hoover: 1930
Taça Dr. Júlio Prestes: 1930
Taça Humberto I: 1930
Taça Neon Brasil: 1930
Taça Luiz Astorri: 1931
Taça Pinon Hauzer: 1931
Taça 14 de Julho: 1931
Taça Diário Nacional: 1931
Taça Saponácio Radium: 1931
Festival de Aniversário do Syrio: 1931
Troféu A Bola: 1932
Taça Giuseppe Garibaldi: 1932
Taça O Dia: 1933
Taça Filizolla: 1934
Taça União: 1934
Taça de Campeões SP-Santos: 1935
Taça Prefeitura Municipal: 1937
Taça Francisco Matarazzo: 1938
Taça Cidade de Birigui: 1938
Troféu Getúlio Vargas: 1938
Torneio do Luzitano: 1939
Taça Cidade de Amparo: 1939
Taça Carlo Nicolino: 1939
Taça Anita Pastore D’Angela: 1940
Taça Sabato D’Angelo: 1940
Taça Sudan: 1940
Taça Lourenço Betti: 1941
Taça Alviverde: 1941
Taça Pinto de Castro: 1941
Taça Cavalheiro Ernesto Giuliano: 1941
Taça Valvula Hidra: 1942
Taça Vida Esportiva Paulista: 1942
Taça Taquaritinga: 1942
Taça Nossa Senhora das Dores: 1943
Taça Choque Rei: 1944
Taça Aniversário do Fortaleza de Sorocaba: 1945
Taça A Semana Inglesa: 1945
Troféu Antonio Feliciano: 1945
Taça A Favorita: 1945
Taça Nicola Avallone: 1946
Taça Nicola Mazziotti: 1946
Taça Alfaiataria De Callis: 1947
Taça Comércio de Batatais: 1947
Taça Comercial: 1948
Troféu Bixio Ciocci: 1948
Troféu Centenário de Barretos: 1954
Troféu Carvalho Pinto: 1959
Taça Jubileu de Prata da TV Record: 1978
Troféu Paulo Machado de Carvalho: 1984
Troféu Diário Popular: 1985
Copa Jornal da Tarde: 1986
Copa Darcy Reis: 1989
Taça Pedreira: 2002
Taça Cidade de Jacutinga: 2002
Taça 177º Aniversário de Rio Claro: 2002
Troféu 90 Anos – Taubaté/Palmeiras: 2004
Taça 125 Anos do Corpo de Bombeiros: 2005
Taça Oswaldo Brandão: 2009
Troféu Gustavo Lacerda Beltrame: 2010
Outras Categorias
Palmeiras do Nordeste
Campeonato Baiano: 2002
Campeonato Baiano – 2º Divisão: 2001
2º Turno do Torneio Seletivo: 2000
Taça Estado da Bahia | Troféu Mario Sérgio Pontes de Paiva: 2003
Palmeiras B
Troféu Algisto Lourenzatto: 2000
Torneio Internacional da Índia: 2001
Torneio China-Brasil | Troféu Cristal: 2004
Troféu Centenário Estudiantes de La Plata: 2005
Troféu Blumenau: 2005
Troféu Nereu Ramos: 2005
Torneio Internacional de Bellinzona: 2007
Troféu Cidade de Taiyuan: 2011
Segundo Quadro
Campeonato Paulista: 1917, 1919, 1920, 1922, 1923, 1926 (extra), 1927, 1928, 1929, 1930, 1931, 1932, 1934 e 1938 (extra)
Amador
Divisão Extra da Federação Paulista de Futebol: 1943, 1944, 1945, 1947, 1948 e 1959
Campeonato Amador da Cidade de São Paulo: 1944, 1945 e 1947
Campeonato Amador do Estado de São Paulo: 1945 e 1947
Aspirantes
Campeonato Paulista: 1952 (Misto), 1956 (Misto), 1958, 1959, 1963 (invicto), 1989
Sub-20
Campeonato Brasileiro: 2018
Copa do Brasil: 2019
Super Copa São Paulo de Futebol Juniores: 1995
Copa Belo Horizonte de Futebol Juniores: 1998 e 2002
Copa Internacional Ipiranga (Copa RS): 2018 (invicto)
Copa Santiago de Futebol Juvenil: 2018 e 2020 (invicto)
Campeonato Paulista: 1992, 1998, 2002, 2004, 2009, 2017, 2018 e 2019
Campeonato Paulista Juvenil A: 1976 e 1977
Campeonato do Estado Juvenil A: 1976 e 1977
Torneio Internacional de Bellinzona-SUI: 2016 e 2017
Terborg Toernooi-HOL: 2018 e 2019
CEE Cup-TCH: 2018 (invicto) e 2019 (invicto)
Aesch Turnier-SUI: 2019 (invicto)
Sub-17
Mundial de Clubes: 2018 (invicto) e 2019 (invicto)
Campeonato Brasileiro Juvenil: 2005
Copa do Brasil: 2017 e 2019
Supercopa do Brasil: 2019
Campeonato Paulista: 1926, 1927, 1937, 1941, 1944, 1952, 1955, 1960, 1961, 1966, 1972, 2011 e 2018
Torneio Início do Campeonato Paulista: 1964
Copa Rio de Futebol Juvenil: 2011
International Cup de Arapongas: 2013
Aspire Tri-Series U-17-QAT: 2014
São Paulo Cup: 2015
Scopigno Cup-ITA: 2017 e 2018
SNAF Mondial Cup-FRA: 2019
Sub-16
Future Cup International Youth Tournament Sub-16-CHN: 2017
Saitama International Football Festival Sub-16-JAP: 2018
Copa Cidade de Blumenau: 2017
Sub-15
Nike Premier Cup: 2017
Copa Brasil de Futebol Infantil: 2018 (invicto)
Copa Brasil: 2012 (invicto)
Campeonato Paulista: 1957, 1959, 1960, 1965, 1985, 2016, 2017 e 2019
Taça São Paulo de Futebol Infantil: 1978, 1981 e 1991
Copa 2 de Julho: 2019
Torneio Brasil-Japão: 1999, 2008, 2010 e 2017
We Love Football Sub-15-ITA: 2018 e 2019
Evergrande Cup U15 International Football Championship-CHN: 2019
Jeju International Youth Football Tournament-COR: 2019 (invicto)
Sub-14
Campeonato Brasileiro Mirim: 2018 (invicto)
Encontro de Futebol Infantil Pan-Americano (EFIPAN): 1983, 1984, 2017 (invicto), 2018 (invicto) e 2020 (invicto)
Paulista Cup: 2017
Dani Cup: 2018
Torneio Brasil-Japão: 2019 (invicto)
Festival Desportivo Brasil: 2019 (invicto)
Tokyo U-14 International Youth Football Tournament-JAP: 2018 (invicto) e 2019 (invicto)
Sub-13
Campeonato Paulista: 2016 e 2018 (invicto)
Copa de Futebol Cidade Verde: 2017
Copa Ouro: 2017 e 2019 (invicto)
Copa Cidade de São Ludgero: 2017 e 2019 (invicto)
Taça Brasil de Campo Bom: 2019 e 2020 (invicto)
Mito HollyHock Cup U-13-JAP: 2018 (invicto) e 2019 (invicto)
Funroots Cup-JAP: 2019 (invicto)
Sub-12
IberCup: 2020 (invicto)
Copa de Futebol Cidade Verde: 2019 (invicto) e 2020 (invicto)
Copa São Carlos de Futebol (Sanca Cup): 2019 (invicto)
Torneio Internacional de Avanhandava: 2018
Copa PUMA Toreros-JAP: 2018 (invicto) e 2019 (invicto)
Hainan Qiongzhong International Cup-CHN: 2019 (invicto)
Carpesol International Challenge-JAP: 2019 (invicto)
Sub-11
Campeonato Paulista: 2008 (invicto), 2015, 2016 e 2017 (invicto)
GO Cup: 2018 (invicto) e 2019 (invicto)
Copa Ouro: 2019 (invicto)
Dani Cup: 2019 (invicto)
Leme Cup: 2019
Belmare International Cup-JAP: 2016 (invicto), 2017 (invicto) e 2018 (invicto)
Sub-10
IberCup: 2018 e 2019 (invicto)
Dani Cup: 2019 (invicto)
Feminino
Campeonato Paulista: 2001
Copa Paulista: 2019 (invicto)
Jogos Regionais: 2005, 2008, 2010